sexta-feira, 20 de junho de 2014

Capítulo 150


 - Você tá no quarto mês da gestação , e eu vou ser sincera. A sua gravidez é muito delicada , Amanda. Tem que tomar cuidado , qualquer estresse , a sua pressão já aumenta , e o feto se prejudica assim como você também.
- Mas tá tudo bem com o meu bebê ? – perguntei chorando.
- Antes que eu fale isso , eu preciso que você se acalme. Fica calma , se você chorar é pior , você vai ficar mais nervosa.
- Eu só vou ficar calma quando souber do meu bebê , parou de se mexer ,
- Calma a gente vai ver como ele tá – ela pegou um aparelho e eu pude ouvir o coração do meu bebê. – Olha aqui , o coraçãozinho dele.
Me emocionei ao ouvir o coraçãozinho do meu bebê , assim como a Marizete também , que não saia do meu lado :
- Ficou mais tranquila , mãe ? -  perguntou a minha doutora , Aline.
- Estou ...
- Vamos fazer uma ultrassom , vamos tentar descobrir o sexo.
- Mais já dá pra ver ?
- Dá sim , você já vai entrar no quinto mês da gestação.
- Então vamos ver – a doutora colocou aquele gelzinho gelado em cima da minha barriga , com um outro aparelho começou a passar por cima , apertando um pouco , e eu via o meu bebê , todo quietinho.
- Aqui é a cabecinha do bebê , a mãosinha tá no rostinho – ela me mostrava.
- Olha que lindo , com a mãosinha no rosto.
- Aqui é os bracinhos , as perninhas e aqui é a genital dele. Você vai ser mãe de um menininho , e tá bem saudável . Mas a mamãe dele tem que se cuidar,  agora eu vou te dá um calmante e você vai ficar em observação.
- Mas eu vou poder ir pra casa ?
- Só amanhã ... – tomei um remédio o qual eu já me senti sonolenta , me levaram para o quarto e eu quase não enxergava ninguém ,
acabei dormindo. Precisava mesmo daquele sono , isso faria com que eu esquecesse um pouco do que eu tinha visto , algumas horinhas atrás.



Andava de um lado para o outro , preocupado , queria saber como estava a Amanda e a criança , aqueles exames estavam demorando por demais , sai do quarto fiquei olhando as pessoas passarem naquele corredor , algumas paravam e pedia uma foto e um autografo , eu era bem rápido nisso , a minha preocupação era muita , para poder fazer aquilo tipo de coisa , fiquei nervoso , uma enfermeira ficou conversando comigo , e foi ver o que estava acontecendo com a Amanda. Minuto depois vejo a Amanda saindo de uma sala , no fundo do corredor , lá vinha ela , minha mãe , sua doutora e a enfermeira que tinha falado comigo , minutos antes , corri até a minha mãe e tentei ajudar a Amanda , que estava dopada , os olhos fechava e ela era carregada pela minha mãe e a enfermeira :
 - Como ela tá ?
- Vamos pro quarto , lá conversamos sobre isso – dizia a doutora.
Segurei a mão da Amanda e ela estava gelada , entramos no quarto e o Emanuel e o meu pai se levantaram logo , e me ajudou a colocar ela na cama :
- Bom , ela vai dormir agora um pouco precisa se acalmar , ela estava muito nervosa.
- E o bebê ? – perguntei.
- É um menino , filho.
- Menino ? Eu vou ser pai de um menino ? Caramba , cara – estava muito feliz pelo o que eu tinha acabado de ouvir , abracei o meu pai e não consegui segurar a emoção.
- Parabéns, filho ...
- Eu queria pedir uma coisa , pra vocês.
- Pode pedir – disse.
- A gravidez da Amanda é muito delicada , ela não pode pegar peso , ela não pode ter emoções muito forte , porque ela precisa chegar nos nove meses saudável e isso prejudica não só  o bebê , como ela também. Então , peço que vocês evitem algumas dessas coisas , estejam sempre por perto dela, pois até o dia que o bebê nascer muitas coisas vão acontecer , como tonturas frequente , cansaço , enjoos ... Ah ! E não pode jamais dá um remédio pra ela , sem prescrição médica , tá bom ?
- Tudo bem , vamos cuidar dela.
- Espero mesmo , gente. Hoje ela tava muito nervosa !
- Ela tava tão bem hoje de tarde , eu deixei ela na casa dos pais do Luan , ás 21:00 e alguma coisa , não demorou muito e ela passou mal. Você falou alguma coisa com ela , Luan ?
Ri ironicamente :
- Você tá brincando né ? Tá achando que eu disse alguma coisa com a mãe do meu filho , pra ela ficar nervosa e acabar parando em um hospital ? Você é louco , cara.
- Mas porque ela ficou assim então ?  - perguntou ele novamente.
- Cara , vai pro hotel onde você tava. Eu fico aqui com ela , não precisa se preocupar.
- Eu acho melhor você ir , ela não vai querer te ver quando acordar.
- Vamos parar com isso , estamos em um hospital.
- É meninos , já passou. E eu só quero que cuidem da Amanda até a hora do parto – disse a doutora e logo depois saiu do quarto.
- Vou cancelar meus compromissos pra poder ficar aqui com ela, vocês se quiserem podem ir. E muito obrigado Dona Marizete e seu Amarildo , por cuidar tão bem da Amanda.
- Você pode ir fazer seus compromissos , cara. Eu não vou ter show , por tanto eu posso ficar aqui com a Amanda , amanhã cedo ela vai ter alta mesmo.
- Eu te admiro demais como artista , como pessoa. Mas olha o estado que se encontra a Amanda , por sua causa , eu sei disso. Eu sei que foi por sua causa , então vai pra casa , descansar , qualquer coisa eu te ligo , você tem o direito de saber como tá a mãe do seu filho , eu não tiro esse direito. Pode ir pra casa – ele bateu em meu ombro.
- Não vou ... Porque não vai pra casa , você ?
- Luan , eu não quero ser grosso contigo.
- Vamos pra casa filho , vamos ... – dizia meu pai , fiquei encarando o Emanuel , ele tava muito abusado e eu não gostava de nada daquilo.
- E parabéns , Luan !
- Vamos , Luan ... – minha mãe puxou o meu braço , me fazendo sair do quarto , olhei pela última vez para o Emanuel e em seguida a Amanda e sai do quarto.
- Vocês tiraram o pai do neto de vocês de dentro do quarto , mas o cara lá que não é nada dela , apenas empresário , vocês não tiram ? Bom saber , que a minha família está contra mim , que não quer me deixar ficar ao lado da mãe do meu filho. 
- Quando a gente chegar em casa vamos conversar e sério – dizia meu pai.
Fui andando na frente depois do que eu tinha ouvido , sai do hospital , ainda bem que as pessoas não vieram falar comigo , eu sinceramente não estava com cabeça para dá autógrafos ou tirar foto. Entrei em meu carro e sai disparado indo para casa.

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