Capítulo 143

Capítulo 143

Quando abri dei de cara com o Luan e uma bandeja , com a minha janta :

- Posso entrar ? Minha mãe mandou eu trazer seu jantar.

- E-entra ... – dei espaço e ele levou a bandeja até a mesinha que tinha ali.

- Passou mal ? Porque não jantou com a gente ?

- Não foi nada ...

- Vou ficar aqui esperando você comer pra gente conversar tá ?

- Tu-tudo bem – fui comer aquele jantar que estava ótimo , enquanto isso o Luan sentado na cama mexeu em seu celular e deu um sorriso , depois guardou o celular , talvez tinha sido mensagem de sua namorada.

Ele olhou para trás e viu que tinha uma caixinha e um sapatinho em cima dela , como o Luan era muito curioso mexeu ali , pegando os sapatinhos :

- Olha que bunitinho rapaz , quem deu ?

- Emanuel  - disse olhando qual seria a sua reação.

- Hmm – ele colocou no mesmo lugar. – Quando pretende comprar as coisinhas do bebê ? Qualquer coisa eu posso te ajudar.

- Quando eu descobrir o sexo eu compro as coisinhas e não precisa se preocupar em nada , tá ? Fica tranquilo.

- Eu fiquei muito feliz em saber que eu vou ser pai , que daqui alguns meses eu vou ter o meu filho ou minha filha em meus braços. Eu só não sabia que seria tão cedo , e mais ainda com uma pessoa que eu já não tinha mais nada.

- Você se arrepende né ? Eu também me arrependi um pouco.

- E-eu não me arrependi , você se arrepende desse filho ?

- Eu me arrependo de ter bebido todas e não me lembrar de nada.

- Ah , entendi – Luan ficou em silêncio , terminei de comer e fui até o banheiro onde eu escovei os dentes e voltei para o quarto , sentando na cama.

- Pode começar.

- Não foi do jeito que eu pensava , mas obrigado por tá me dado esse presente , que é um filho. Nossas vidas vão mudar  a partir do momento que essa criança nascer , mas você sabe que não dá pra ficarmos juntos né ?

- Claro que sei , achei um absurdo vim aqui pra sua casa , com você namorando , o que sua namorada vai pensar quando me ver aqui ?

- Conversei com a Jade contei tudo , desde da sua gravidez , do jeito que aconteceu , até você entrar aqui na minha casa. No começo ela ficou com um pé atrás , mas quem não ficaria né ? Porém , ela entendeu , me apoiou e disse que tá tranquila , já que a nossa ‘’relação’’ é essa , de pai e mãe só apenas , separados , não existe mais nada , fora isso.

- Que bom que ela entendeu , realmente é uma coisa que poucas pessoas entenderiam. Quero que saiba e diga a ela , que eu não quero atrapalhar o relacionamento de vocês , e eu fiquei sabendo que você não vai trazer ela aqui , por minha causa ? – ele me olhou e quando ia falando eu lhe interrompi , já falando. – Não precisa se preocupar , pode trazer ela aqui sem problemas , a casa é sua , você mora aqui , estou de intrusa.

- Eu te respeito , Amanda.

- Mas você trazendo ela aqui , não vai me desrespeitar , sério de coração mesmo , pode trazer ela aqui sem problemas.

Luan apenas deu um sorriso :

- Vejo que continuamos amigos ? – ele me perguntou rindo.

- Claro , sempre fomos.

- Então aperta aqui – Luan esticou sua mão e eu apertei.

O celular dele começou a tocar ele olhou para o visor e para mim , sacudiu o celular e deu um sorriso perfeito , beijou a minha mão e saiu do quarto.

Mas logo voltou :

- Peera , fica no telefone – Luan pegou a bandeja , e desejou boa noite , saiu do quarto dessa vez , quando fechei , encostei a minha testa na porta e fechei os meus  olhos , eu teria que aceitar aquilo. Seria daquele jeito e não tinha mais como mudar, o que eu gostaria muito.

Uma certa madrugada estava conversando com a Jade por telefone e tinha deixado a porta do meu quarto um pouco aberta. Tive a impressão de que tinha visto alguém passar :

- Espera amor , acho que passou alguém aqui no corredor.

- Cuidado , tá Luan ?

- Calma , fica na linha – abri a porta , e vi a pessoa descendo as escadas. – Jade ?

- Oi ?

- Depois eu te ligo , acho que tem alguém aqui na minha casa.

- Você tá sozinho , cadê a Amanda ?

- Estão todos dormindo , daqui a pouco eu te ligo.

- Cuidado pelo amor de Deus , Luan.

- Tá bom , te amo.

- Eu também te amo – desliguei o telefone e desci as escadas também , a pessoa estava tentando abrir a porta , querendo sair , fui rápido e liguei a luz da sala , me assustando.