sexta-feira, 20 de junho de 2014

Capítulo 148


O Luan estava com sua namorada no quarto , em um momento um tanto intimo deles. Ele só poderia ter deixado a porta aberta de propósito para que eu pudesse ver , e ter a certeza que ele estava feliz com ela.

Fui para o meu quarto e bati a porta com toda a força que eu tinha , tranquei ela e me sentei no chão , liberando tudo o que estava engasgado , soltei todo o choro que eu já tinha engolido durante aqueles meses todo :
- Amanda é você ? – perguntou o Luan batendo na porta , e ainda forçando a maçaneta para abrir , resolvi não falar nada. – Amanda ?
- Oi Luan , o que é ? – perguntei revoltada e limpando as lágrimas.
- Abre a porta , onde você tava com o Emanuel ?
- Outra hora a gente se fala , tô cansada vou dormir.
- Abre a porta , poxa.
- Não , eu quero descansar. Amanhã a gente se fala !
- Você chegou agora ?
- Lógico que eu cheguei agora.
- O que ele fez com você , que não abre a porta ?
- Ele não fez nada comigo , ao contrário me fez a mulher mais feliz desse mundo hoje , apenas. Boa noite – sentei na cama e esperei ele falar alguma coisa ,mas ele não disse mais nada. Quando olhei para os meu pés estavam bem inchados , e o bebê começou a se revirar forte em minha barriga o que me causou uma tontura , fora do mundo.
- Não faz isso com a mamãe , que tal descansar um pouquinho ?
Meu bebê se mexia cada vez mais :
- Não quer ? Mas olha ... Bem pequenininho dentro da minha barriga e já diz o que quer e não quer – senti uma dor terrível embaixo da minha barriga, parecia uma cólica e acho que aquilo não era nada bom.
Antes de soltar um gritinho , segurei o travesseiro e levei a boca mordendo.
Me levantei e fui para o banheiro ainda com as dores , tomei um banho quente , mas sempre encostando as mãos na parede :
- Calma , a gente vai pro hospital saber o que é isso. Uii ! – coloquei uma roupa rápida , peguei a minha bolsa e destranquei a porta do quarto , passei pelo o corredor , aquela dor era tanta , que eu nem olhei para o quarto do Luan.
Desci as escadas e escuto vozes na cozinha , era o Luan e a Jade :
- Onde tá sua mãe ? – perguntei encostando o meu corpo na parede e mordendo os lábios para que ele não percebesse que eu sentia dor.
- Foi em uma apresentação da Bruna com o meu pai. Porque ?
- Quando ela chegar pede pra ela ligar pro meu telefone ?
- Você vai sair ?
- Vou ... aai ... Nossa ! – passei a mão na barriga.
- O que aconteceu ? – perguntou a Jade se levantando e vindo até mim , segurando o meu braço.
 - Não foi nada , obrigada por se preocupar.
- Você vai sair pra onde , Amanda ?
Fui para o sofá e cruzei as pernas talvez aliviasse a dor , mas nada :
- Tem número de taxi aqui ? Me dá aí , Jade a lista por favor.
- Amanda , eu tô falando com você.
- Calma , Luan – dizia sua namorada.
- Vou ligar pra minha mãe , você tá surtando.
- Antes fosse ... – peguei o número de um taxi , liguei e atenderam passei todo o endereço , a casa , e mais algumas coisas que pudesse pedir para entrar no condomínio. Olhei no relógio e era 23 horas da noite.
Coloquei uma almofada entre as minhas pernas e sempre que dava a dor , eu mordia a almofada , os meus olhos já estavam marejados e eu começava a ficar com medo. O meu bebê ás vezes dava uma meia volta em minha barriga , me causando um enjoo e uma tontura :
- Pega um copo com água pra ela , Luan.
- Eu não tô passando mal gente , fiquem tranquilos.
- Mas você tá pálida demais. Luan , pega ...
Ele saiu correndo e foi pegar a água , eu tomei toda. 30 minutos depois o taxi chega , peguei a minha bolsa :
- Jade , o Luan vai esquecer mas pede pra Marizete me ligar. Assim que ela chegar pede pra ela me ligar tá bom ?
 - Tá , mas liga pra dá noticias pra eles , vão ficar preocupados.
- Amanda , pra onde você vai ? Me fala , eu te levo.
- Luan , calma. Entra , já tá frio vai descansar.
Entrei no taxi e assim que fechei a porta , mandei o taxista correr , pois eu precisava chegar logo no hospital e descobrir que dor era aquela.
 O caminho todo eu fui chorando lembrando da cena que eu tinha visto , e a dor que eu sentia naquele momento. O meu celular tocou era o Luan :
- Sua mãe chegou ?
- Na-não , Amanda. Me conta o que aconteceu , você tá bem ?
- Quando ela chegar pede pra me ligar , Luan não se esquece disso.
- Porque você tá chorando ? Onde você tá cara ?
- Não se preocupa comigo , mas sim com o seu filho.
- O que tem o meu filho , o que você tá sentindo ?
- Aqui moça ?
- Aqui sim , o senhor me ajuda ?
- Amanda , caramba. Me fala !
- Xau  , Luan – entrei no hospital com ajuda do taxista. Ele ficou o tempo todo comigo até me levarem para uma sala de observação onde eu iria esperar a médica que estava responsável por mim naquela gestação.
Eu nem paguei , ele não quis , pois viu o meu estado , agradeci.

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