sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Capítulo 99


Terminando o show a encontrei no camarim , estava com os olhos vermelhos :
- Eu vou te bater , como você faz isso comigo.
- (risos) Bate não , amor.
- Tapa de amor não dói , Luan – disse o Roberval.
- É verdade , testa. Mas não chora , não meu amor – passei a minha mão em seu rosto e ela me deu um abraço apertado. Saímos do camarim e passamos para a van , seguimos para o hotel lá tinha algumas fãs , o que atendi um pouco rápido estava cansado teve tantas emoções naquele dia.
- Acho que semana que vem , faço o outro exame pra ver como anda o bebê.
- Eu vou com você – disse.
- Amor , você vai está com sua família não quero atrapalhar o seu descanso perto deles. Não precisa , tá bom ? Eu vou com a Ana Paula.
- Eu vou amor , quero ver como é o nosso bebê.
- Tudo bem , você dormir lá no apartamento. Estou muito ansiosa – ela sorria lindamente , se sentou na cama. Nós éramos um casal que estava radiante de felicidade por aquela notícia , por saber que teríamos um filho em breve.
Na semana seguinte já estava no apartamento da Jéssica , já que não iria ter show durante uns quatro dias. Ela estava ansiosa , o seu pai e sua madrasta também e eu estava ficando quase maluco querendo ver algo logo. No outro dia , acordamos cedo nos arrumamos o seu pai nos deixaria na clínica. Já dentro do carro :
- Fagner , você nos deixa lá e eu pego um taxi com a Jéssica.
- Você podem ligar pra Ana Paula , ela vem buscar vocês.
- Não precisa , pegamos um taxi – dizia. Quando enfim chegamos na clínica nos despedimos do Fagner e entramos na clínica , todos nos olhava , sorria e acenava.
Fui com a Jéssica até a recepção , onde ela fez uma fichinha e voltamos para a sala de espera , não queríamos passar na frente de ninguém , éramos todos iguais naquele momento. As pessoas iam entrando em uma salinha enquanto nós esperávamos :
- Tem calma – disse ela quando pegou em minha mão.
- (risos) Estou um pouco nervosa.
- Também estou , amor. Mas você está gelado , não passa mal.
- Não vou passar mal , só estou ansioso.
- Jéssica Oliveira , pode entrar – uma moça nos avisou , era agora. Um homem , um pouco velho nos recebeu , se apresentando pra mim como o doutor da Jéssica.
- Prazer é todo mundo , doutor – disse pra ele.
- Podem vim aqui  ... – seguimos ele e entramos em um outra sala um pouco escura com alguns monitores. – Já sabe o que veio fazer aqui não é moça ?
- Uma ultrasson ?
 - Como você ainda está com poucos meses , não é bem uma ultrasson. Vamos fazer uma ultravaginal , onde vamos ouvir o coração já do querido bebê.
- Ah ! – Jéssica me olhou e sorriu.
- Tudo bem – segurei sua mão. O doutor , pegou um aparelho um pouco compridinho e colocou uma camisinha nele. Fiquei assustado com tudo aquilo.
- Tem que relaxar , Jéssica. Não pode ficar tensa , tudo bem ?
- Tá ... – ela relaxou e então ele introduziu aquele aparelho.
 - Estão prontos para escutar o coração ?
- Claro que sim , ansioso demais doutor.
- Esse bem pequenininho é o meu bebê ? – perguntou Jéssica.
- Sim , Jéssica. Esse que tá pretinho aqui , agora vamos escutar o coração.
Ele clicou em algo e já começamos a escutar um barulho ligeiro :
- Os bebês , todos sem exceções mesmo com o pouco tempo que você estar. Sempre tem esse coração ligeiro , é um bom sinal pro começo de sua gestação , mostra que o seu filho está bem , com o coração batendo.
Surreal , essa era a palavra que eu podia descrever aquele momento. Pela a primeira vez escutando o coração do meu primeiro filho , não tinha como não se emocionar. A Jéssica já chorava ao meu lado e eu segurava sua mão emocionado  :
- Bom , por hoje é só ... – ele tirou o aparelho e pude ver que estava com um pouco de sangue , fiquei preocupado , óbvio.
- É ... normal esse sangue doutor ?
- É normal sim , não se preocupe. Jéssica é só aguardar que sairá em minutos um CD pra você e algumas fotos do seu bebê , tá ?
- Tudo bem , obrigada.
- Vou deixá-los a sós – o doutor saiu da sala e nos deixou sozinhos. Ela arrumava sua roupa e sorria pra mim.
- Não estou acreditando , ainda – ela dizia , vindo me abraçar.
- Eu também não , eu te amo demais. Obrigado , obrigado – a beijei e depois saímos da sala. Esperamos alguns minutos e pegamos os exames. Quando estava saindo do consultório algumas pessoas me parava e eu atendia com maior prazer. Eles me desejavam : Parabéns ! Pelo o meu primeiro filho.
Pegamos um taxi e fomos o caminho inteiro olhando as ‘’fotos’’ dos exames , choramos um pouco até chegarmos em frente ao prédio , paguei ao taxista e ajudei a Jéssica a sair do carro. Assim que chegamos no apartamento , uma surpresa. 

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