quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Capítulo 22


- Não acredito que voltaram , estou muito feliz por vocês – Dagmar falou , se levantando e indo abraçar a Jade.
- Também estou feliz por ter voltado , eu o amo. Não posso ficar longe.
- Sentem-se e vamos começar a reunião.
Luan e sua namorada sentaram , um pouco em frente a mim , ele olhou pra mim e deu um sorriso fechado , também sorri para ele , mas olhei para o Anderson em seguida que começou a falar , alguns planos. O almoço chegou e eu almocei calada , enquanto os outros conversavam e riam , uma vez ou outra , Luan e Jade davam beijos.
Terminei a comida primeiro que todos ali da mesa :
- Com licença gente , eu vou ao banheiro – disse quase correndo indo para o banheiro. Assim que abri a porta , não me importei com que estava ali e comecei a chorar , minhas amigas estavam ali.
- O que aconteceu , Jéssica ? – elas perguntavam.
- Não foi nada gente. Vocês sabem o quanto
eu sou bestona , choro com poucas coisas.
- Mas o que foi essa pouca coisa ?
- Foi apenas ... uma decisão que eu tomei.
- Respira fundo , pega um copo com água pra ela , Nathalie.
Minha outra amiga correu para pegar um copo com água pra mim , tomei a água que ela tinha pego pra mim. Respirei fundo , elas me ajudaram a retocar a maquiagem e assim eu pude sair do banheiro. Nathalie e Débora ficaram de sua mesa , olhando para onde eu iria , ficaram preocupadas :
- Já estava indo atrás de você , Jéssica – Anderson falou.
- Desculpa gente , é que tava meio cheio.
Sentei e o meu celular tocou , era uma mensagem do meu pai :
‘’ Estou indo hoje para Bolívia , não quero te ver sofrendo. Filha , outros trabalham vão vim , você não vai ficar desempregada. Beeeijos , se cuida ‘’ – todos na mesa me chamaram para falar algo da decisão deles.
- Eu tomei uma decisão , agora a pouco.
- Pode nos falar , é uma reunião.
- Eu não vou mais trabalhar na LS Music – abaixei a cabeça , olhando mais uma vez a mensagem do meu pai. – Peço minha demissão.
- Como assim , mas porque , Jéssica ? – Luan agora perguntou.
- Tenho outros projetos e quero segui-los.
- Não pode nos deixar assim ,você é uma ótima profissional.
- Obrigada pelo os elogios , Luan. Mas essa é a minha decisão e eu não vou mudar.
- Quais são esses projetos , pode nos contar ? – perguntou Dagmar.
- São projetos ... No futuro vocês vão saber. Já que eu não tenho mais nada a ver com a equipe , vou me retirar e ir para o aeroporto , preciso me despedir do meu pai.
- Espera , fica com a gente um pouco – pedia o Luan.
- Obrigada , mas eu não quer ficar – peguei a minha bolsa e corri para o lado de fora do restaurante , peguei o primeiro taxi , que encontrei e pedi que fosse para o aeroporto. No caminho chorei , chorei ...
No aeroporto me despedi do meu pai entre lágrimas , foi difícil deixar ele ir , apenas pediu que eu me  cuidasse e que fosse viver a minha vida , sem pensar nas coisas que aconteceram. Ele foi embora , para Bolívia , ficaria um mês fora do Brasil.
Voltei para a minha casa e quando chego , está uma caixa de bombom na portaria com uma cartinha em cima , peguei e levei para o apartamento. Tirei os meus sapatos e joguei a minha bolsa no sofá , e logo abri a cartinha :
‘’ Sei que vai ficar muito triste com o que você vai saber. Mas eu precisava te contar.
Luan apenas ficou com você , para ganhar uma aposta que fizemos ... ‘’ – não tinha assinatura , poderia ser alguma brincadeira ou sei lá , eu apenas senti uma coisa dentro de mim , que me fez sentar no chão. Poderia ser aquilo mesmo , pois ele não me olhava nos olhos , como eu o olhava , no meu momento com ele.
Tirei a roupa que estava e fiquei sentada no sofá , assistindo televisão , falei pra mim mesma que não iria mas chorar , por uma pessoa que não merecia as minhas lágrimas. Comi a caixa inteira de bombom , o meu celular tocou era Nathalie e Débora , elas queriam me chamar para um curso de arte , seria no dia seguinte , talvez elas estivessem sentindo o quanto eu estava triste por ter tomado aquela decisão.
Quando desliguei o meu celular , a campanhia tocou fui até  o olho mágico e tinham colocado o dedo para que eu não visse. Abri uma brecha da porta e encontrei o Luan ali , esperando que eu abrisse a porta para ele entrar. 

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