quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Capítulo 44


Agora eu era uma pessoa desempregada , pelo o jeito que o Eduardo tinha falado , foi sério. Eu nem iria voltar, pediria que o meu pai fosse até lá , para que eu não tivesse problemas com ele e o seu mau humor . Passei no shopping e comprei algumas roupas e lingeries , eu adorava os estilos da lingerie mesmo não usando para alguém.
Fui para casa e contei para o meu pai o que tinha acontecido no trabalho :
- Pensei que esse Eduardo era homem de verdade , ele está é com ciúmes de você.
- Ciúmes ? Pai , ele não sabe que o Luan dormiu aqui.
- Mas ele sabe que você recebe presentes dele , é ciúmes.
- Se é ciúmes ou não ... eu não sei. Mas eu não estou mais trabalhando com o Eduardo , não quero ouvir o nome desse rapaz hoje. Vou tomar um banho , comer os chocolate que o meu querido , Luan me presenteou.
- E vai esquecer o Lippe assim ?
- Ele está quietinho na sua casinha , depois brinco com ele.
- Vai lá apaixonada.
- Não estou apaixonada , para com isso.
- Não vou discutir com você , vai tomar banho – fui para o meu quarto e direto para o banheiro , onde passei um tempão embaixo do chuveiro. Eu deveria está triste , pois estava desempregada , mas eu estava alegre , sorridente , talvez as comprinhas me fizeram um bem enorme. Sai do banheiro , coloquei um shortinho , blusa regada e sai do quarto penteando os meus cabelos , encontrando o Lippe
brincando com o meu pai – Olha sua mãe , vai lá falar com ela.
- Oi meu amor , você se comportou hoje ? – me sentei no chão.
- Quando cheguei ele tinha feito xixi aqui na sala.
- Vou dá uma voltinha com ele , vamos pai ?
- Vamos , deixa eu colocar uma blusa – terminei de pentear o meu cabelo , e peguei a coleira do Lippe. Sai junto com o meu pai , para passear com o Lippe e ele fazer suas necessidades , ainda bem que o céu estava limpo , sem chuva.
- Pai  , poderíamos se mudar né ?
- Se mudar ? E pra onde você quer ir ?
- Nordeste – ele me olhou assustado e começamos a rir.
- Você não está falando sério , não é ?
- Eu queria passar alguns meses lá , já que não estou mais trabalhando.
- A gente pode passar alguns meses lá , não vejo problema.
- Então vamos combinar ?
- Filha , a Ana Paula está chegando.
- Sério ? E quando ela vem ?
- Daqui há três dias e ela vem pra ficar.
- Ficar ? Ficar como ? Na nossa casa ?
- Isso ! Ela vai morar com a gente.
- Tá , se você quiser pode ficar com a Ana Paula. Eu chamo uma amiga ...
 - Iremos com você e não vamos discutir.
- Não gostei da ideia – paramos perto de um poste para o Lippe fazer suas necessidades , o meu pai me olhava curioso , por eu ter falado aquilo – Eu vou segurar vela , eu não gostei.
- Chama o Luan ...
- Para pai de achar que eu tenho algo com o Luan.
Ele apenas ria , voltamos para o prédio e naquele dia falei com o Luan por telefone , ele tinha acabado de  sair do palco , estava dentro da van indo para o hotel. Conversei com a Dagmar também , que até marcou um almoço no final de semana ,
iríamos almoçar juntas.
Os dias foram se passando , encontrei com a Dagmar , onde almoçamos juntas , conversamos e ainda passamos no shopping para fazer algumas comprinhas.

{ ... }

No final daquele mês gravei o meu DVD e fiquei muito chateado quando fui para ao restaurante comemorar e soube que a Jéssica não tinha ido junto com o seu pai. Tentei ligar para ela inúmeras vezes , mas nunca pegava , sempre dava na caixa postal , pedi ao Wellington que fosse comigo e o motorista do carro que tinha me levado para a gravação do DVD , que me deixasse no apartamento da Jéssica. Os meus pais pediram que eu fosse só no dia seguinte , por ser tarde , mas eu precisava saber se ela estava bem, porque nunca mais tinha me ligado ou me chamado para uma conversa de vídeo. Quando chegamos em frente ao seu prédio , vi que não tinha ninguém na rua e sai junto com o Wellington :
- Opa , posso ajudar ? – perguntou o porteiro.
- Eu queria ir no apartamento da Jéssica , filha do Fagner.
- Ah , sinto muito mas não vai ser possível.
- Mas como , eles moram aqui ainda né ?
- Moram sim , mas eles viajaram para o nordeste. Vão passar alguns meses por lá , até a mãe da Jéssica veio da Bolívia para ir com eles.
- Nordeste ? Mãe da Jéssica ?
- É , eu acho que é a mãe da Jéssica. O Fagner estava com uma mulher.
- Não cara , não é a mãe da Jéssica. Você tem o número do Fagner ?
- Ele deixou um número , para que eu ligasse caso acontecesse alguma coisa.
- Pode me passar ?
- Infelizmente ele não me autorizou a passar para ninguém.
- E-eu sou o genro dele.
- Você namora a Jéssica ?
- É cara , me passa o número dele ? É caso de vida ou morte.
- Tudo bem , mas eu não quero problemas com ele.
O porteiro me passou o número do Fagner , agradeci e entrei no carro :
- Vamos pro hotel , Wellington – disse , tentando ligar para o Fagner. Até que pegou e uma mulher atendeu o seu telefone. 

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