Thauan Narrando
Jhow fechou seus olhos segurando em minhas mãos, tentei reanima-lo fazendo massagem cardiaca e nada dele voltar, ouvi os gritos da Pâmela me chamando e eu não tinha voz para gritar por ela, escutei os passos pelo beco e eram muitos e ouvi os gritos da Diana chamando pelo marido, ela deitou no seu corpo e já estava toda suja de sangue ela gritava enquanto a Juliana se encostava na parede e Pâmela abraçava a mesma, logo o beco encheu de pessoas para conferir o que já era comentado, minhas lágrimas desciam e eu não queria ser dono de nada, queria ele aqui, o mesmo era como um pai para mim e eu trocaria tudo pela vida dele, tudo mesmo, até a minha própria vida, me levantei e peguei a Diana, abracei a mesma que ainda chorava não acreditando enquanto os homens pegava o corpo e ia fazer tudo que tinha que ser feito, levei ambos para casa e fomos todo em total silêncio, não tinha o que falar e nessas horas o melhor amigo de todos nós é o silêncio, chamei a Pâmela no canto e pedi que ela cuidasse delas, ela disse pra mim ir socegado e eu fui, desci aquilo lá bolado, eu atirava pro alto de tanta raiva enquanto a rua ficava fazia e todos gritavam e saia correndo, no meio do caminho encontrei a Karen,ela estava subindo sem entender nada, falsa, falsa, falsa
T- O que está fazendo aqui?
K- O que está acontecendo aqui TH, tão dizendo que o Jhow morreu, é verdade?
T- Engraçado, você já percebeu que aonde tem Cadú tem sempre você no meio? Disse com raiva.
K- O que você está dizendo? O que está querendo insinuar?
T- Que você é x-9, que você é a culpada do cara que sempre te amou, sempre te protegeu e te deu as coisas, você é uma desgraçada.
K- Cala a boca Thauan.
T- Cala boca você, já cansei de você a dias, tenho nojo e repulsas de você, não sei como pude ter me apaixonado por você.
K- Talvez porque você seja um idiota!
Não aturei, peguei a mesma pelos cabelos que gritou e encaminhei ela até o corpo do Cadú e joguei a mesma ali em cima que não acreditou: T- Fica com ele, seu sonho não foi sempre ser patroa?
K- Você matou ele?
T- Garota, sai da minha frente tenho mais o que fazer, tenho negócios para cuidar já que sou o novo chefe.
K- Você ... Disse surpresa.
T- Isso mesmo, sou o mais novo dono desse complexo todo.
K- Meus parabéns! Ela sorriu.
Peguei ela pelos cabelos e arrastei a cara dela ali em cima do corpo e a mesma ficou toda suja de sangue e olhei para ela com ódio e disse: T- É só isso que você pensa? Poder?
Chamei meus homens e mandei colocar ela para fora do morro antes que eu acabasse com ela ali mesmo e sei que o Jhow não iria se orgulhar disso, fui para casa, coloquei tudo abaixo e depois comecei a bolar vários baseados, a fixa precisava cair.
Pâmela Narrando
Fiz chá para elas e a Diana jogou longe sujando toda a parede, Juliana havia se trancado no quarto, sentei no sofá enquanto a Diana olhava para o nada e eu abraçava a mesma, senti todas suas lágrimas molhando o meu ombro e eu queria falar algo produtivo, mas achei melhor ficar de boca calada, eu odiava palavras como meus sentimentos, meus pêsames, isso só piorava ainda mais as coisas, ela chorou tanto que abaixo dos seus olhos ficou roxo e depois de tanto chorar a mesma pegou no sono, sei que não seria por muito tempo, ela teria pesadelos e antes de ficar tudo bem, as coisas iriam piorar ainda mais, eu queria chorar, mas eu era a única dali que precisava ficar forte para apoiar a todos, eu não podia desabar, eu tinha que ser forte para ajudar as pessoas que eu amo, deixei ela dormindo e fui até o quarto da Ju, ela estava mal, mas não mais que a Diana a mesma me olhou e eu me sentei na sua cama, coloquei sua cabeça em meu colo e disse:
P- Vai ficar tudo bem amiga, deita aqui, deixe-me te amparar
J- Como está minha mãe?
P- Dormiu e cá estou eu para te ajudar.
J- Obrigada por sempre estar ao nosso lado.
P- Eu sempre vou estar aqui, agora descança.
Ela chorou enquanto eu acariciava seus cabelos, fiquei ali alisando até ela dormir e a mesma falava sozinha enquanto eu apenas concordava, depois de algumas horas ela também dormiu, peguei uma coberta e joguei no corpo dela e apaguei as luzes, fui na sala e cobri a Diana também, agora eu precisava procurar o Th, sai dali e perguntei para os caras e eles disseram que viu o mesmo discutindo com a Karen e que depois ele entrou, era só o que me faltava ele estar la dentro com a Karen, sai entrando e o mesmo estava deitado na cama, parecia aéreo e eu só pude ver as cinzas no chão e o cheiro insuportavel da maconha, ele olhava para o nada, mas não chorava, seus olhos estavam vermelhos e eu beijei as costas dele, ele estava fedorento e eu chamei o mesmo baixinho e pedi que ele tomasse um banho, o mesmo não disse nada e levantou indo para o banheiro, peguei tudo ali e levei para a cozinha, joguei um bom ar detro do quarto e peguei roupas no closet, eu escutava socadas na parede e sábia que era a revolta dele e não fiz nada, deixei ele colocar tudo para fora, depois o mesmo saiu e pegou a roupa, voltou para o banheiro e vestiu, ele praticamente se jogou na cama enquanto eu dietava do seu lado e mechia em seus cabelos, joguei a coberta em cima de seu corpo e ele apenas me olhava vidrado o que me dava medo, continuei lhe acariciando até ele fechar os olhos. Me levantei e ageitei o resto da bagunça e ele falou me assustando, pois achava que ele estava dormindo:
- Dorme aqui comigo.
- Eu durmo! Disse enquanto ele relaxava e voltava para seu sono.
Acordei no dia seguinte e TH não estava mais na cama e ele já tinha fumado mais, pois o quarto tinha um cheiro insuportavel, lavei meu rosto e escovei meus dentes com o dedo mesmo, arrumei a cama e sai dali, a rua já estava cheia e só se ouvia falar da morte do Jhonatan, fui para casa da Diana e lá estava ela e Th juntos, Diana estava de preto e Th com um blusa preta e bermuda branca, ele me olhou e pediu desculpas por ter me deixado sozinha e eu assenti que não era para ele se incomodar, depois da Juliana sair com um vestido preto eu disse que ia me arrumar rapidamente, tomei um banho e vesti uma roupa, prendi meu cabelo e depois eu sai, eles estavam apenas me esperando e assim que sai eles sairam, entramos no carro enquanto a Diana ia no banco da frente, Th já estava mais sereno, mas Ju e Diana ainda não conseguiam controlar as lágrimas, saímos e entramos para a capela e eu nunca gostei disso, é morbido demais e lá estava tudo, coroa de flores, caixão, o corpo, pessoas chorando, cheiro de flor, tudo muito enjoativo, Th subornou os caras da funerária e tinha bandidos ali, eles deram uma passada rápdia mais logo saiu, a Diana se agarrou no corpo dele e Jhow não estava feio, parecia dormir e eu dei uima olhada por ele e logo sai, eu odiava velórios. Juliana ficou sentada no banco e eu me sentei junto a ela e logo quem eu menos esperava apareceu, Diana olhou com ódio e disse:
D- O que faz aqui vagabunda! Disse Diana olhando com ódio para a Karen.
K- Diana, por favor, me desculpa, eu não sábia e ... Ela foi surpreendia com uma tapa na cara que levatava qualquer defunto, Karen gritou e vi suas lágrimas descerem de imediato.
D- Veio conferir para ver se meu marido havia mesmo morrido, está feliz agora, se estiver pode comemorar, ele está mesmo morto, mas aqui você não ficar, não vai tripudiar da minha dor, não aqui.
K- Diana, eu amo você, amo o Jhow ... Ela ganhou outra tapa que até o outro velório poderia ouvir
D- Cala a bocaaaaaaaaaa, cala sua boca sua vadia, saia daqui agora!
K- Pâmela me ajuda! Eu abaixei a cabeça para ela entender que eu não iria fazer mais nada, ela traçou seu próprio caminho e fez suas escolhas, me machucou e agora ela resolve me pedir ajuda, quero mais que ela se exploda.
TH- Vai embora Karen, você não é bem vinda aqui!-Disse o Th. Ela saiu chorando em plantos enquanto a Diana voltava a sua atenção para o corpo de Jhow que não estava mais vendo nada que acontecia na terra.
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