domingo, 20 de dezembro de 2015

14
Flávia: Quem não sabe, né, amiga!? – Ela me olhou meio triste. – É só olhar pro teu estado pra saber. Ele quer que tu vá na policia e denuncie.
Manuela: Eu não posso fazer isso, Flá.
Flávia: Cara, olha como ele te deixou. Tu não pode deixar ele impune. Sua mãe tem que ver o teu estado. Ela jamais o perdoaria.
Manuela: Ele já fez coisa pior com ela e ela não fez nada. Amiga, deixa isso quieto. Eu to implorando.
Flávia: Só por enquanto.
Manuela: Obrigada. – Ela assentiu com a cabeça porque o médico entrou no quarto. Ele me examinou e disse que eu teria que ficar mais um dia pra observação. Odiava hospital, mas era o jeito. Amanda apareceu no quarto assim que o médico saiu.
Amanda: Tu ta legal?
Manuela: Não muito, mas vou ficar.
Amanda: Espero que se recupere logo.
Manuela: Obrigada, Amanda. – Estranhei o tamanho da gentileza da Amanda. Ela nunca tinha sido legal comigo. Do nada, mudou. O médico colocou calmante no soro e eu dormi por umas 10 horas seguidas. Acordei e já era noite. Guilherme estava do meu lado, me olhando.
Guilherme: Oi, amor.
Manuela: Oi, Gui. Tu não devia ter vindo e me visto neste estado.
Guilherme: Minha vontade é de pegar teu pai e acabar com a vida dele.
Manuela: Não faz isso, por favor. – Eu fiquei nervosa e agitada. Uma enfermeira apareceu.
Enfermeira: Ei, ei. Não faça com que ela fique agitada. Ela não está em condições pra isso.
Guilherme: Não foi minha intenção. Desculpa. – Ele me olhou meio assustado.
Enfermeira: Mais 5 minutos e você sai. – Ela saiu do quarto e Guilherme pegou na minha mão.
Guilherme: Eu não vou fazer isso, Manu. Por você. Eu devia, mas não vou. 
Manuela: Obrigada. – Ele inclinou o corpo e me deu um selinho. Minha bunda estava inchada e doeu um pouco, mas eu não demonstrei que senti dor. Ele teve que sair do quarto e a Helen entrou.
Helen: Como você está, querida? – Agora eu sou querida? Vaca!
Manuela: Estaria melhor se você não tivesse impedido a Flávia de me ajudar.
Helen: Do que você está falando? – Ela me olhou surpresa.
Manuela: Você sabe muito bem. Deixou meu pai me bater. Você podia ter impedido.
Helen: Como, minha flor?
Manuela: Você sabe. Você sabe. – Eu fiquei nervosa de novo e a enfermeira a tirou do quarto. Não permitiu que mais ninguém me visitasse. Flávia ficou comigo no quarto como acompanhante.
Eu acordei no outro dia e o médico me deu alta. Teria que repousar uma semana e depois, poderia começar a voltar as minhas atividades normais.
Eu sentia dor e todas as partes do corpo. Tudo doía. Amanda nos levou pra casa e Guilherme me levou direto pra minha cama. Tomei mil remédios recomendados pelo médico. Eles me deixavam sonolenta e eu dormia a maior parte do tempo. 
Flávia veio me dar comida quando eu finalmente acordei.
Flávia: Bom dia, madame. 
Manuela: Oi, amiga.
Flávia: Bora comer. – Ela começou a me servir e eu tinha dificuldade até pra abrir a boca. – Devagarzinho. – Ela colocou a comida devagar na minha boca e eu mastigava na velocidade de uma lesma.
Terminei de comer com certa dificuldade e Helen entrou no quarto.
Helen: Me deixa sozinha com a Manuela, por favor, Flávia?
Flávia: Claro, Helen. – Ela saiu do quarto.
Helen: Como você tá?
Manuela: Desse jeito. – Disse olhando pros meus braços.
Helen: Já já se recupera.
Manuela: Sim.
Helen: Vim aqui falar sobre o que tu me disse no hospital. Quer dizer que eu sou a culpada por tu ter apanhado?
Manuela: Não. É a culpada por ter deixado meu pai ter me batido mais.
Helen: Queria que eu fizesse o que? – Eu olhei com raiva pra ela.
Manuela: Chamasse o segurança. Qualquer coisa.
Helen: Eu não pensei nisso. 
Manuela: Ta bom, Helen. Ta. Eu quero ficar sozinha.
Helen: Ta legal. Depois a gente se resolve. – Ela parecia querer de desculpar por não ter me ajudado. Interesseira. Vaca!
Eu tomei meus remédios e dormi até o dia seguinte. Flávia chamou o Guilherme pra ajuda-la a me dar banho.
Guilherme: Po, tu vai segurar ela sozinha no banheiro?
Flávia: Claro que não, ta louco?
Guilherme: Então...
Manuela: Ei, eu to consciente ainda. Consigo me apoiar na parede e aí a Flávia me ajuda. – Eu tentei me levantar, mas Guilherme precisou me ajudar nisso. Fiquei de pé e apoiei na estante. Senti uma tontura e quase cai, mas Guilherme me segurou.
Guilherme: Tu nem se aguenta em pé. E agora, Flávia? – Ele me segurava pelo braço pra me manter de pé.
Flávia: Ah, parem de cena os dois. Tu já viu ela pelada mesmo. Vai me ajudar a dar banho nela.
Manuela: Valeu aí, amiga.
Eles me levaram pro banheiro e a Flávia tirou a minha roupa. Fiquei com vergonha. Não sei porque. O Guilherme já tinha me visto nua mesmo, mas sei lá, era estranho.
Ela me colocou no box e ligou o chuveiro. Me ajudou a tomar banho. Guilherme ficou me segurando pelos braços pra que eu não caísse. Ele olhava pros meus peitos as vezes.
Manuela: Para de olhar. – Ele riu.
Guilherme: Impossível.
Flávia: Controla tua cabeça de baixo, Guilherme. – Ela falou meio brava, mas eu dei risada. E ele também.
Flávia terminou e trocou a minha roupa. Voltei pra cama e Guilherme trouxe uma sopa pra mim.
Manuela: Vou ficar mal acostumada.
Guilherme: Não tem problema, eu te mimo eternamente.
Manuela: Lindo. – Ele me deu um selinho e sentou do meu lado na cama. Me deu a sopa enquanto conversava comigo. – Muito broxante eu nesse estado.
Guilherme: Tu é linda de qualquer jeito. Esses machucados são provisórios. Tão doendo muito ainda?
Manuela: Bastante. Não consigo nem trocar de posição pra dormir.
Guilherme: Só porque eu ia oferecer pra dormir de conchinha contigo. – Ele fez um bico e me deu mais algumas colheradas de sopa.
Manuela: Amor, eu te amo. – Ele estava pegando mais sopa com a colher quando me ouviu e olhou pra mim. Deu um sorriso meio bobo e deixou a sopa na estante. 
Eu estava sentada na cama e ele ficou bem do meu lado. Encostou o rosto no meu. Eu sorri e coloquei as mãos na nuca dele. Confesso que doeu, mas ignorei a dor. Ele me beijou. Não encostou a mão em mim com medo de que doesse, só entrelaçou a mão na minha.
Nos beijamos calmamente e ele teve todo o cuidado pra não me machucar. Foi fofo. Ele terminou o beijo com o selinho e ficou me olhando.
Guilherme: Eu também te amo.
Manuela: Imagina se tua mãe entra no quarto agora? – Nós rimos.
Guilherme: Nem pensa num treco desses.
Manuela: Ela acabaria comigo... – Ele colocou o dedo na minha boca, me impedindo de continuar.
Guilherme: Ela teria que acabar comigo antes. – Eu sorri pra ele. Ele me beijou de novo e depois saiu do quarto, tinha marcado de sair com o Felipe.
Os dias de recuperação pareciam ser eternos, mas finalmente acabaram. Eu estava bem melhor e as manchas do meu corpo estavam menos aparentes. Minha costela doía ainda e meu braço, mas não era nada horroroso. Voltaria pra escola no dia seguinte e pra boate também.
Ninguém na escola sabia que eu tinha apanhado e da gravidade da coisa. Flávia preferiu falar que eu estava doente pra todo mundo.
No outro dia, nós fomos pra escola e eu andava com certa dificuldade. Guilherme entrelaçou o meu braço no dele pra me ajudar a andar. Gabriel logo me viu entrando e puxou assunto comigo.
Gabriel: Ei, Manu... – Olhei pro Guilherme e me soltou. Fiquei olhando pro Gabriel. Guilherme foi sentar no banco junto com o resto do pessoal. – O que tu tinha?
Manuela: Longa história.
Gabriel: O que são esses roxos no teu corpo?
Manuela: Não quero falar disso.
Gabriel: Tu apanhou? – Ele me olhou estranho.
Manuela: Sério, eu não quero falar disso.
Gabriel: Tu ta me deixando preocupado. Vamos tomar um sorvete comigo a tarde?
Manuela: Ta legal. Eu vou. – Ele saiu de perto e eu fui andando até o banco onde todos estavam sentados. Guilherme me deu o lugar dele e ficou de pé na minha frente.
Guilherme: Odeio te ver perto dele. Me irrita profundamente.
Manuela: Vou tomar sorvete com ele hoje.
Guilherme: Porra... – Ele ficou emburrado, mas eu convenci que seria por uma boa causa. O aniversário da Lua já tinha passado e eu queria fazer algo pra ela. Queria junta-la com o Biel.
O assunto da escola, novamente, era eu. E também os meus machucados. Eu não respondi nenhuma das perguntas que me fizeram. Não devia satisfação pra ninguém.
Henrique veio me perguntar o que tinha acontecido e eu só fui educada com ele. Amanhã eu ia tentar saber o que a Bruna escondia.
A aula acabou e nós fomos pra casa. Eu me arrumei e quando chegou o horário, eu fui pra sorveteria onde o Gabriel ia me encontrar. Ele já estava lá, me esperando.
Entrei e sentei na mesa em que ele estava.
Gabriel: Olá!
Manuela: Oi, Biel.
Gabriel: Esses teus machucados me fazem querer te proteger. Te abraçar e nunca mais soltar. Quem fez isso contigo?
Manuela: Meu pai.
Gabriel: Que canalha. – Ele disse com raiva.
Manuela: Muito mais que isso. – Desviei do assunto. – Ta afim de me ajudar com a Lua ainda?
Gabriel: Só se tu me der um beijo.
Manuela: Não posso. – Droga. Quase eu falo do Guilherme.
Gabriel: Por que.?
Manuela: Minha boca está machucada. Inchada.
Gabriel: Que desculpa feia, Manu.
Manuela: Sério, ta doendo.
Gabriel: Vou acreditar em você e te livrar dessa. Diz aí, o que tu tenho que fazer?
Manuela: Chamar a Lua pra sair amanhã.
Gabriel: Por que?
Manuela: Vou fazer uma festa surpresa pra ela.
Gabriel: Quer sorvete do que?
Manuela: Chocolate. – Ele pegou dos sorvetes e depois sentou-se novamente na mesa.
Gabriel: Por que vai fazer isso pra ela? Não estavam brigadas?
Manuela: Estamos, mas quero melhorar isso.
Gabriel: Entendi. E eu sou o cobaia?
Manuela: Sim.
Gabriel: Que cara de pau que tu é. – Ele riu e passou sorvete no meu nariz. Eu ri e fiquei olhando pra ele. – Tu é linda. Tua risada é linda. Tu me fascina. – Ele inclinou o corpo e aproximou o rosto do meu, eu virei o rosto e ele afastou-se.
Manuela: Para, Biel... 
Gabriel: Ta legal, entendi que tua boca ta doendo.
Manuela: É...
Nós conversamos mais um pouco e eu voltei pra casa. Guilherme estava me esperando na sala.
Guilherme: E aí?
Manuela: E aí o que?
Guilherme: Como foi?
Manuela: Transamos loucamente. – Ele me olhou bravo e decepcionado. 
Guilherme: Que? Tu ta falando sério?
Manuela: Claro que não. – Eu dei risada e o abracei. – Eu sou só tua.
Guilherme: Não é não. – Ele me deu um selinho e eu olhei estranhamente pra ele. – Mas vai ser... Quer namorar comigo?
Manuela: Eu quero, mas a gente não pode. E se alguém descobrir?
Guilherme: Namoramos escondido até eu te tirar dessa vida. – Eu sorri pra ele e ele me beijou. Nos beijamos rápido pra que ninguém nos pegasse.
Chegou a hora de ir pra boate e Helen nos levou. Eu fui devagar, só atendi 10 clientes. Fiquei esperando as meninas no camarim. Amanda veio conversar comigo.
Amanda: Ei, Manu...
Manuela: Oi, Amanda.
Amanda: Eu queria a tua ajuda.
Manuela: Pra que?
Amanda: Ah, sabe... – Ela enrolou um pouco pra falar. – Na verdade, eu sempre fui apaixonada pelo Guilherme. Queria a sua ajuda pra conquista-lo. – Como eu ia ajuda-la a conquistar o meu namorado? Meu Deus!
Manuela: A Helen te mata. Tu sabe, né!?
Amanda: Ela nunca vai saber! Tu me ajuda? Eu sempre vejo vocês juntos e acho que você é unica que pode me ajudar.
Manuela: Ta legal. – É por isso que ela começou a ser legal comigo. Outra falsa e interesseira. Resolvei ajuda-la, mas não ia faze-la conquistar o Guilherme. Ia fazer o oposto.
Nós voltamos pra casa e na madrugada, Guilherme me acordou e deitou na cama comigo. Nós ficamos nos pegando no meio da noite, mas não chegamos nos finalmente. A Flávia ia acordar. Dormimos abraçadinhos até o dia clarear.
Acordamos assustados com a Flávia expulsando o Guilherme do quarto, porque ela estava nua debaixo da coberta. Eu morri de rir. Me troquei e desci pra tomar café. Helen estava tomando café com a meninas, um milagre.
Ela nos levou pro colégio e eu ia tentar arrancar alguma informação do Henrique. Flávia pediu ajuda do Guilherme com matemática e eu fui atrás do Henrique no intervalo.
Manuela: Henrique.
Henrique: Fala, Manu. De boa? E esses roxos aí? Conseguiu como?
Manuela: Ih, longa história. Mas to suave. Preciso da sua ajuda.
Henrique: Po, é só soltar o verbo. Se eu puder ajudar... 
Manuela: Tu pode. Mas a gente tem que conversar em um lugar reservado.
Henrique: Opa. Já é. Isso é fácil de arranjar. Vem comigo.
Manuela: Vai na frente que eu te sigo disfarçadamente. – Ele assentiu com a cabeça e subiu as escadas do colégio. Deixei uns minutos passarem e fui atrás dele. Subi as escadas e não o encontrei. Quando passei pelo almoxarifado, ele passou o braço na minha cintura e me puxou pra dentro. Levei um susto enorme. – Que susto, Henrique! – Eu disse meio brava.
O braço dele estava em volta da minha cintura e ele fechou a porta do almoxarifado com a mão livre. Ele deu um passo a frente, o que o fez ficar encostado cara a cara comigo. Eu fiquei nervosa. Droga! O que ele tinha pensado que eu precisava? Eu queria conversar. Só conversar.
Henrique: Me diz, Manu... O que tu quer de mim? – Ele terminou de falar e inclinou a cabeça. Tirou o cabelo que estava no meu pescoço e começou a dar beijinhos no mesmo. Eu coloquei as mãos no peito dele e comecei a empurra-lo.
Manuela: Ei, ei, ei... Tu entendeu tudo errado. Sério.
Henrique: Não entendi não. Eu sempre soube que tu queria também, Manuzinha. – Ele voltou a se aproximar de mim. Puxou a minha nuca e tentou me beijar, mas eu me esquivei e fui parar no outro lado daquele cubículo.
Manuela: Henrique, sério. Eu não quero isso. Eu só preciso de um favor teu. Não esse tipo de favor.
Henrique: Po... – Ele passou as mãos na nuca e pareceu estar meio envergonhado. – Pensei que tu tivesse afim, Manu. Fo-foi mal. – Ele gaguejou.
Manuela: Relaxa. Mas agora tu vai ter que me contar uma coisa.
Henrique: O que tu quiser, Manu. Sério. To te defendo uma pelo mico que eu passei agora. Só falar. – Ele me olhava.
Manuela: O que a Bruna tem?
Henrique: A Bruna do primeiro ano? A Surfista?
Manuela: Isso aí.
Henrique: Po, não sei.
Manuela: Não mente pra mim.
Henrique: Manu... – Ele disse com uma voz de lamentação. – Eu não posso... O Samu... – Ele congelou. Parou de falar e travou. Não se moveu, não fez nada. Parecia até não estar respirando.
Manuela: Ei. – Estalei os dedos na cara dele. – Samu é o Samuka? Agora tu vai falar tudo!
Henrique: É, po. Ele me mata. Por favor, Manu. Não fala disso com ninguém. Eu to te suplicando. Esquece isso.
Manuela: Esquecer? Tu pirou? Agora que eu quero saber de tudo mesmo. – Ele mal terminou de me ouvir e segurou os meus braços.
Henrique: Não se mete nisso. Vai sobrar pra você. – Eu arregalei os olhos porque ele parecia nervoso e preocupado.
Manuela: No que é que a Bruna foi se meter?
Henrique: Em algo que ela devia ter ficado longe.
Manuela: Vai, Henrique... Me ajuda. Me da uma pista. Qualquer coisa. Me dê uma dica e eu descubro sozinha. Aí tu não vai estar envolvido.
Henrique: Não posso.
Manuela: O que eu preciso fazer pra tu me ajudar? – Falei séria e calmamente. Não sei até onde eu chegaria pra saber disso, mas eu tinha que tentar.
Henrique: Quero que tu me beije publicamente.
Eu realmente não esperava que o Henrique me pedisse aquilo. Ele pirou?
Manuela: Tu surtou?
Henrique: Isso ou nada.
Manuela: Por que me beijar? Tem tanta guria aqui na escola que faria de tudo pra ficar com você. Por que eu?
Henrique: Porque elas não são lindas como você.
Manuela: Henrique, facilita. Eu não posso.
Henrique: Por que? Tu ta ficando com alguém?
Manuela: Tô.
Henrique: Então deixa quieto. Tu não me beija e eu não digo nada. Estamos acertados. – Ele virou de costas e começou a caminhar em direção a porta.
Manuela: Ei... Não. – Pensei muito antes de continuar, mas eu precisava saber o que estava rolando com a Bruna. – Ta legal. Mas primeiro tu vai ter que me contar. Depois eu te beijo. No sábado.
Henrique: Me beijar a onde?
Manuela: Na festa surpresa que eu to montando pra Lua.
Henrique: Como posso ter certeza que tu não vai arregar?
Manuela: Eu tenho cara de quem arrega, Henrique? – Disse sério e com certa sensualidade na voz. Ele sorriu ao me ouvir.
Henrique: Não, linda. – Ele passou a mão no meu queixo e ficou me olhando.
Manuela: Então, fala.
Henrique: Tu dificultou pra mim e é isso que eu vou fazer pra tu também. Só sei que o Samuka é o grande culpado disso tudo. A Bruna é cabeça fraca e deixou se envolver, mas o Samuka acrescentou a cereja no bolo.
Manuela: Nossa, super ajudou! – Disse ironicamente.
Henrique: Po, depois que tu me beijar, eu te conto detalhe por detalhe. Em ordem cronológica, se tu preferir.
Manuela: Vou cobrar.
Henrique: Claro, gatinha. – Ele deu um beijo no meu rosto e saiu do almoxarifado. Nem nos mais lindos sonhos dele, eu beijaria-o. Não que ele não fosse bonito e beijável. Mas agora, eu namoro o Guilherme. Escondido, mas namoro.
Saí do almoxarifado um tempinho depois que ele, pra que ninguém visse que nós estávamos juntos ali. Mas, quando andei mais pelo corredor, vi a Lua. Ela estava encostada na parede com uma apostila na mão. Me olhou feio e com estranheza. Eu andei reto e fingi que nada tinha acontecido. Encontrei a Flávia e o Guilherme na sala. Ele estava ajudando-a com matemática. Entrei na sala e abracei-o por trás.
Guilherme: Oi, minha linda. – Ele virou de frente comigo, me abraçou e me deu um selinho.
Manuela: Um perigo a gente se expor assim.
Flávia: Verdade! Eu posso entregar vocês. Cuidado comigo. – Ela disse brincando e nós rimos.
Guilherme: Te amo. – Ele disse olhando nos meus olhos e eu sorri. Abracei-o forte.
Faltavam poucos minutos pro intervalo acabar, mas nós fomos pro pátio.
Eu vi a Bruna conversando com o Samuka. Ela parecia assustada e com medo. Mas não sei se foi impressão minha, ou se ela realmente estava assim. Ele saiu de perto dela com frieza e ela ficou lá, olhando pra ele.
O sinal bateu e nós voltamos pra sala.
A aula passou rápido e nós estávamos no portão, esperando a Bruna sair. Ela demorou um tempão. Estava ficando sem paciência já.
Jack: Onde ela se meteu?
Manuela: To morrendo de fome. – Fiz uma cara triste e Guilherme riu.
Flávia: Amiga, to preocupada. Não acha melhor a gente ver onde ela está? – Ela falou meio baixo.
Manuela: Bora. – Segurei o braço dela e nós fomos atrás da Bruna. Procuramos por toda parte e nada. Passei perto do almoxarifado e ouvi uns murmurinhos. Flávia tinha ido procurar no banheiro feminino.
Eu me aproximei da porta do almoxarifado e fiquei quieta. Havia um vão aberto e eu fiquei olhando dali.
Samuka: Tu é burra, mano? Eu não tenho culpa da tua burrice.
Bruna: Ma-mas... Foi você. Eu não fiz sozinha, Samuel.
Samuka: Não tira onda comigo, Bruna. Porra. – Ele gritava e eu comecei a ficar preocupada. – Tu engravidou e o que eu posso fazer? Velho, não tem nem chances de eu assumir esse filho. Como vou saber que ele é meu mesmo?
Bruna: Como você tem coragem de falar isso? Você sabe que é teu.
Samuka: Sei como? Nem tu deve saber.
Bruna: Cala a boca. Você me da nojo.
Samuka: Não foi o que você disse enquanto eu te comia gostoso. – Ele pegou o braço dela e jogou contra parede. Coloco os braços apoiados na parede e ficou olhando pra ela. Ela parecia bem nervosa. Ele levou as mãos pra bunda dela e apertou, ela fechou os olhos e eu pude ver lágrimas escorrerem dos olhos dela.
Bruna: Para. Eu não quero. – Ela colocou as mãos no peito dele e tentou afasta-lo.
Samuka: Quem disse que tu tem que querer? Quando foi que tu pode querer alguma coisa ou não? – Ele começou a beijar o pescoço dela e ela não reagiu. Fechou os olhos e o deixou fazer o que ele queria.
Eu queria invadir o almoxarifado e bater nele. Mas fiquei quieta, só olhando. Primeiro jogou-a com tudo no chão e depois afastou a calça e a cueca. Ele obrigou-a a pagar um boquete pra ele. No começo, ela não queria, mas ele a bateu e eu quase invadi aquele lugar. Quase. Depois de bater nela, ele afundou a cabeça dela no pau dele. Ela cedeu e chupou o pau dele. Logo ele gozou e obrigou-a e engolir tudo. Depois ele a levantou e a beijou.
Isso tudo não demorou mais do que 10 minutos. Depois do beijo, ele pegou algo na mochila dele. Eu não sei se vi direito, mas parecia ser uma seringa. E tinha algo branco dentro. Tava escuro, por isso a dúvida. Eu forcei a visão pra ter certeza, mas não deu muito certo.
Ele injetou no braço dele e depois no dela. Eles se beijaram de novo e pareciam que iam sair. Eu corri e sai dali. Encontrei a Flávia no pátio e contei a ela o que vi.
Flávia: Seringa, amiga? Tu tem certeza?
Manuela: Absoluta.
Flávia: Caraca. – Ela colocou a mão na testa e parecia muito preocupada.
Manuela: O que foi? O que tu acha que é?
Flávia: O que eu acho? O que eu acho não, amiga. O que eu tenho certeza. A Bruna ta se drogando, cara. – Olhei sem acreditar pra ela. Droga? Sério? A Bruna realmente tinha se afundado. Se ela estava mesmo grávida, como ela poderia continuar se drogando?
Eu estava meio encabulada com o que a Flávia tinha falado. Mas aí ela me disse que a Bruna já tinha usado drogas antes, mas não tinha usado nada injetável.
Nós voltamos pra saída do colégio e logo a Bruna apareceu. A mancha no braço dela estava enorme. Não pude deixar de reparar. Eu realmente estava preocupada com ela.
Eu passei o dia organizando a festa pra Lua. Preparei os convites como se fosse uma festa na piscina, mas seria surpresa pra ela. Era o unico jeito dela me "perdoar", de certa maneira.
Liguei pro Biel.
Gabriel: Alô!? É tu mesmo que ta me ligando? Não roubaram teu celular não? – Ele riu no outro lado da linha e eu ri também.
Manuela: Bobo. Como tu ta?
Gabriel: Melhor agora, com certeza. Ouvir tua voz é sempre bom. – Ele era tão fofo e me cortava o coração saber que eu ia "joga-lo" pra Lua, sabendo que ele gostava mesmo é de mim. – E tu?
Manuela: Tô ótima, Biel. Preciso de uma ajudinha sua. Será que tu sabe um lugar baratinho pra gente fazer a festa da Lua?
Gabriel: Pra que pagar se podemos conseguir de graça?
Manuela: Como assim?
Gabriel: Minha chácara, Manu. Pode fazer aqui mesmo. É grande e tu não precisa pagar nada.
Manuela: Sério mesmo? – Falei empolgada.
Gabriel: Claro, Manu. Tudo por você. Só que tu vai ter que me ajudar na faxina da chácara depois.
Manuela: Isso é o de menos. Muuuuuuito obrigada, Biel. Sério. Tu é um anjo. Me salvou.
Gabriel: Não precisa agradecer, Manu.
Nós desligamos o telefonema e eu fui empolgada conversar com o Guilherme. Bati na porta do quarto dele e ele logo abriu.
Guilherme: Alguma coisa me dizia que era você. – Ele olhou pros dois lados do corredor, não viu ninguém por perto. Segurou na minha cintura e me puxou pra dentro. Trancou a porta.
Manuela: Ah, é!? – Eu sorri e envolvi as mãos na nuca dele. Ele começou a me encher de selinhos e eu fui correspondendo.
Guilherme: Tava com saudades de você. Da tua boca. Do teu cheiro. É tortura ficar perto de você e não poder te tocar, namoral. – Eu dei risada e o beijei.
Era torturante pra mim ficar tão perto dele e não poder toca-lo e beija-lo também. Era difícil.
Nós nos beijamos com intensidade e com bastante saudade. Eu o joguei na cama e ele olhou maliciosamente pra mim.
Eu estava com uma roupa meio apertada e ele me olhou totalmente indiscretamente. Eu sorria pra ele e tirei devagar o meu shorts. Depois tirei a blusa e joguei pra ele. Ele pegou-a no ar e cheirou. Me aproximei da cama e puxei-o pela gola da camiseta. Ele sentou-se na cama e eu comecei a desabotoar a camiseta dele.
Ele levou a mão pra minha cintura e ia apertando. Eu coloquei as mãos dele no meu seio e ele apertou por cima do sutiã. Subi no colo dele e comecei a beija-lo. Um beijo quente e acelerado. Ele explorava a minha boca com rapidez enquanto eu rebolava no colo dele.
Levei a mão pros cabelos dele e entrelacei os dedos ali. Ia alisando enquanto ainda o beijava. Ele me deitou na cama e deu beijos por todo o meu pescoço e chupou o mesmo. Eu me arrepiei completamente.
Guilherme continuou beijando o meu corpo e tirou o meu sutiã. Ficou olhando meus peitos. Depois ele colocou a boca em um deles e começou a mamar. Eu fechei os olhos e curti o momento. Ele levou a mão pra minha buceta e começou a alisa-la por cima da calcinha. Eu mexia o quadril e gemia baixinho. Fui sentindo o pau dele começando a ficar duro porque ele estava totalmente colado comigo.
Ele desceu os beijos pra minha barriga e tirou a minha calcinha. Eu fiquei olhando com cara de safada pra ele. Eu abri um pouco as pernas e eu se ajoelhou no chão. Me puxou e começou a passar a língua pelo meu clitóris. Aquilo me deixou louca. Eu apertei um dos meus seios e mordi o meu lábio inferior com certa força. Ele mordeu e chupou com vontade o meu clitóris. Depois massageou o mesmo com dois dedos. Eu estava nas nuvens. Sentia minhas pernas bambas e ele enfiou dois dedos na minha buceta. Eu gemi alto e ele levantou o corpo. Ficou em cima de mim e nós nos beijamos. Com mais vontade e desejo do que antes. Ele roçava o pau dele na minha buceta e me fazia pirar mais ainda. Arranhei toda a costa dele. Eu o deitei na cama e abaixei-me e fiquei sentada na cama. Inclinei a cabeça e passei a língua na cabeça do pau dele. Pude ver ele de boca aberta. Eu sorri e continuei. Passei a língua por toda extensão do pau dele. Segurei com força o mesmo e comecei a masturba-lo. Ele colocou a mão na minha cabeça e alisava o meu cabelo. Coloquei todo o pau dele na minha boca e comecei a chupa-lo com vontade. Ele soltava gemidos roucos e intercalava os carinhos no meu cabelo com apertões no meu seio.
Eu já estava louca de tesão. Ele sentou-se na cama e eu sentei no colo dele. Fui enfiando o pau dele na minha buceta devagar. Fiquei em uma posição em que meus peitos ficaram na cara dele. Ele mordiscava meu mamilo e chupava as vezes. Eu finalmente coloquei o pau inteiro dele em mim e soltei um gemido gostoso no ouvido dele. Comecei a quicar e ele segurou nos meus seios. Nós dois estávamos extremamente excitados. Ele me beijou com o pouco fôlego que tinha, mas o beijo não durou muito. Eu gemia no ouvido dele e ele movimentava o quadril pro pau dele entrar ainda mais em mim.
Não aguentei e gozei. Ele sorriu e eu o beijei, quiquei com mais força e velocidade e pude senti-lo gozar dentro de mim. Sai do colo dele e nós deitamos na cama exaustos. Deitamos um a frente do outro. Nossas respirações estavam ofegantes.
Ele me olhava sorridente e colocou a mão no meu rosto, alisou o mesmo com o polegar.
Guilherme: Te amo, Manuela Bosi.
Manuela: Te amo. Te amo. Te amo. – Eu abracei-o e depois fiquei deitada em seu peito. Ele ficou alisando o meu cabelo com uma mão e entrelaçou a outra com a minha. Eu fiquei brincando com os dedos dele. Logo nós pegamos no sono. Abraçadinhos ali.
Eu acordei com a Flávia socando a porta e aos berros.
Flávia: Manuela, saí daí agora se não quiser morrer. Tô falando sério. – Ela gritava e continuava a bater na porta.
Levantei desesperada, achando que tivesse acontecendo um incêndio ou algo do tipo. Coloquei a roupa super na pressa e Guilherme se cobriu. Ficou me olhando com aquela carinha de sono.
Manuela: O que esse sapato da Bruna ta fazendo aqui ainda? – Olhei pro sapato.
Guilherme: Tu deve ter deixado aí aquele dia, po.
Manuela: Ah. Pensei que tinha devolvido.
Terminei de me vestir e dei um selinho nele, depois eu abri a porta e Flávia estava com os braços cruzados na frente do quarto do Guilherme.
Flávia: Eu vou matar vocês dois.
Manuela: O que aconteceu, Flá?
Flávia: A Helen chegou e quer conversar com o Guilherme. Sorte de vocês que eu consegui enrolar ela lá embaixo.
Manuela: Caramba. Obrigada, amiga. – Eu abracei ela e ela não correspondeu. Ainda estava brava e eu dei risada. – Para de ser chata. – Depois ela riu e me abraçou.
Nós fomos pro nosso quarto e eu deitei na minha cama. Estava quase na hora de ir pra boate, mas eu estava morrendo de preguiça de me arrumar.
Flávia: Amiga, to preocupada com a Bruna.
Manuela: Eu também to. Não paro de pensar nisso, cara.
Flávia: Eu não quero nem pensar o inferno que vai ser quando a Helen saber da gravidez.
Ela nem terminou de falar e nós ouvimos gritos do quarto do Guilherme. Saímos correndo em direção ao mesmo e a Helen estava na porta do quarto. De frente com o Gui.
Helen: Que porra é essa, Guilherme? Por que esse sapato está aqui? – Ela estava com o sapato da Bruna na mão. Aquele que ela tinha me emprestado e eu tinha deixado no quarto do Guilherme.
Guilherme: Mãe, eu não sei.
Helen: Não sabe? Qual dessas vagabundas tu trouxe pro teu quarto? – Ela berrava e falou extremamente brava. Todas nós estávamos na frente do quarto, vendo a discussão. Guilherme não respondeu a pergunta da mãe e ela se irritou mais ainda. – Não vai falar? – Ele chegou perto da Lua e puxou o cabelo dela com força.
Helen: Foi você, piranha?
Lua: Não. Não. Eu não tenho nada a ver com isso. Esse sapato nem é meu. –Ela tentava tirar a mão da Helen de seus cabelos.
Helen: Tem razão. – Ela soltou o cabelo da Lua e a fez cambalear pra trás. Segurou o queixo da Amanda. – E você, piranha analfabeta? Foi tu que esteve nesse quarto com o meu filho? É melhor me falar a verdade.
Amanda: Não sou ana-analfabeta. – Ela gaguejou ao falar e a Helen caiu na gargalhada.
Helen: Tô vendo. Mas responde a droga da minha pergunta.
Amanda: Eu não! Olha o tamanho desse pé. Não cabe nem no meu dedão.
Helen: É... – Ela soltou o rosto da Amanda e olhou pros nossos pés. Foi na direção da Bruna. Apontou o sapato na cara dela. – Isso por um acaso é seu? – Ela não respondeu nada. Estava com os braços cruzados. Acredito que estava tentando esconder as manchas que tinha no corpo. – Me responde, cadela. – Ela não respondeu, mas começou a chorar. Helen entendeu que o sapato era dela e puxou-a pelo cabelo.
Helen puxou com força o cabelo da Bruna, fazendo-a inclinar o corpo pra trás. Eu olhei assustada.
Helen: Eu não avisei que não era chegar perto do meu filho? Vagabunda, piranha, cachorra, nojenta. Prostituta. – Ela ofendia a Bruna e a Bruna não reagia. Só chorava. Eu não reconheci a Bruna. Achei que ela ia se revoltar e xingar a Helen. Era isso que ela faria antigamente. A antiga Bruna era corajosa e jamais aguentaria desaforo da Helen. Mas ela estava abalada. Com certeza, eram as drogas. A Helen estava brava e irritada com a Bruna ignorando-a.
Helen: Você não vai me responder, putinha? Não vai? – Ela jogou Bruna no chão e ela caiu de joelhos. Helen tirou o cinto que vestia em sua calça e mostrou pra Bruna. – Vai ter que apanhar pra me contar?
Guilherme: Mãe. – Ele disse firme. – Deixa ela em paz.
Helen: É só me explicar o que ela foi fazer no teu quarto e eu deixo a pobrezinha em paz. – Helen olhou pra Bruna e viu as manchas no corpo dela. – Que manchas são essas?
Manuela: Uma menina bateu nela, porque ela beijou um menino que a menina estava afim. – Eu precisava defendê-la. Helen não permitia também o uso de drogas. Ia mata-la se descobrisse.
Helen: Não falo que é piranha? – Ela bateu no rosto da Bruna.
Guilherme: Mãe, para. – Ele aproximou-se das duas.
Helen: Não chega perto. Eu não quero machucar você. Só essa vagabunda aqui. – Ela olhou pra Bruna novamente. – Anda, Bruna. Me fala, por que você estava no quarto do Guilherme? Anda. – Ela berrou. A Bruna chorava e soluçava. Helen dobrou o cinto e ameaçou de bater nela. Ela ia realmente bate-la, mas eu não podia deixar isso acontecer. Não podia. Eu tinha deixado o sapato lá. Não ela. Ela não merecia isso.
Manuela: Fui eu. – Eu gritei e a Helen me olhou muito brava.
Helen: Foi você o que?
Flávia: Cala a boca, Manuela. – Ela disse no meu ouvido.
Manuela: Eu estive no quarto do Guilherme. – Helen empurrou a Bruna e ela caiu no chão. Andou na minha direção com um olhar estranho e segurou o meu queixo.
Helen: Foi fazer o que exatamente lá? – Ela me tratava diferente. Eu era a garota que mais dava lucro pra ela. Mas se eu desse um passo em falso agora, ia perder toda a "moral" que eu tinha conseguido com ela. Merda.
Manuela: Faz tempo, Helen. Ele estava mal depois da festa e eu queria ajuda-lo. O salto estava me machucando e eu deixei lá. A Bruna não tem nada a ver com isso. Ela só me emprestou o salto. Eu juro. – Disse com calma, pra ver se Helen acreditava em mim. Ela segurou na minha garganta e apertou com certa força. Me deixou sem ar.
Helen: Por que será que algo me diz que você está mentindo pra mim?
Guilherme: Ela ta ficando sem ar, mãe. Solta ela. – Ela me soltou.
Manuela: É a verdade. Eu juro.
Helen: Vou te dar um voto de confiança. Mas é o primeiro e ultimo, Manuela. Se eu souber que isso é mentira. Tu ta ferrada comigo. Isso aqui foi só uma amostra grátis do que eu sou capaz de fazer. Não se metam com o meu filho. Ele não é pro bico de vocês. Putinhas. – Ela terminou de falar e me soltou.

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