sábado, 26 de dezembro de 2015

30


► Narrado por Manuela
O Gabriel ficou comigo o dia todo. O médico me passou uns remédios para eu não sentir tanta dor na mão. Ficar com ela faixa não seria nada legal, mas era o jeito. A Lua nem olhou na minha cara. Evitava qualquer contado visual comigo. Eu também não fazia a mínima questão de falar com ela, mas ela ia ter o troco que merecia. Ah, isso ela ia.
Já estava escurecendo e o Gabriel precisava ir. Me despedi dele e ele foi embora. Estava quase na hora de ir pra boate. Eu não queria ir por causa da dor que eu sentia na minha mão. Eu ia ter que ficar uma semana com os pontos e depois ia tira-los.
Manuela: Será que a Lua vai surtar se eu não for hoje? Esses remédios pra evitar a dor não estão me ajudando em nada e me deram um sono.
Flávia: Eu não acho que ela vá te falar nada. Fica em casa hoje, depois tu vê o que faz, amiga.
Manuela: Ela não está nem olhando na minha cara, imagina me enfrentar. Ela não seria tão corajosa assim.
Flávia: Não que eu duvide da loucura dela, mas acho que hoje, ela não vai te enfrentar. – Ela riu.
As meninas se arrumaram e o capanga da Helen passou em casa para busca-las. Eu fiquei, realmente não estava em condições de ir. O Guilherme saiu de casa assim que as meninas também saíram. Ele não explicava a ninguém onde ia ou então, o que ia fazer.
Eu ainda estava muito cansada e por isso, dormi assim que as meninas foram pra boate. Acordei umas 10 horas da noite e comecei a pensar sobre umas coisas.
A Helen fora de casa poderia ser a chance para eu achar alguma coisa contra ela. Qualquer vestígio já seria o suficiente pra descobrir algo maior.
O quarto dela sempre ficou trancado. Tinham 3 fechaduras e as três eram diferentes. Ou seja, ia ser bem difícil achar todas aquelas chaves.
Eu nunca tentei entrar lá, porque o Guilherme provavelmente conseguiria me ver tentando e as outras meninas também. Antes de saber do amor da Amanda por mim, eu temia que ela me entregasse ou mesmo a Lua. Ela nunca gostou de mim e sinceramente, não sei porque ela nunca entregou meu "romance" com o Guilherme. Isso nunca me passou pela garganta, mas seria melhor pra ela, permanecer de bico calado.
Eu corri pelos corredores e fui pro final do mesmo. Lá ficava o quarto da Helen. Fiquei parada na porta, olhando. Eu não fazia ideia de onde essas benditas chaves poderiam estar. Pensei que podia ter algo no quarto da Lua, já que a Helen deixou-a responsável por tudo.
Fui até o quarto que a Lua dividia com a Bruna. Fucei em todas as coisas da Lua, mas não achei nem um palito de fósforo que pudesse me ajudar a abrir a porcaria da porta.
Eu voltei a ficar olhando pra porta. Fuzilei-a tanto, como se olhar, fosse fazê-la abrir sozinha. Eu fiquei com raiva e chutei a porta. Logo senti uma dor horrível no meu pé. Merda!
Resolvi que precisaria de ajuda pra achar essas chaves, ou então, ajuda pra contratar um chaveiro sem que a Lua ou então o Guilherme vissem. O que seria bem difícil. Toda hora tinha gente naquela maldita casa.
Eu cai no sono assim que botei minha cabeça no travesseiro. Felizmente, as férias tinham finalmente chegado. Era incrível não ter que me deparar com a Helen todas as manhãs e não ter que alguém aquele povinho nojento do colégio.
Eu acordei no dia seguinte la pelas onze da manhã. As meninas estavam num bate papo e rindo pra caramba, foi impossível não acordar. Fui até com uma cara enorme de sono, o cabelo todo bagunçado e uma camisola minúscula que mal cobria minha bunda. Desci as escadas antes de chegar até lá e não vi as visitas que as meninas tinha trazido em casa. Só fui reparar quem tinham mais pessoas, quando elas falaram. Aliás, eles.
Samuka: Papai amado, quem me dera acordar todos os dias com essa visão.
Manuela: Péssimo dia pra você também, Samuel. – Bocejei e prendi meu cabelo num rabo de cabelo. Fui até eles. – Vocês poderiam ter me avisado que teríamos visitas, né!? –Disse pras meninas.
Lua: São meus convidados.
Manuela: Ta explicado... –Dei um sorriso irônico pra ela. Fui até a cozinha e a Flávia me seguiu.
Flávia: Ela disse que não era pra te acordar.
Manuela: Nossa, até você? Ta obedecendo ela por que?
Flávia: Para. – Ela riu. – Achei que você não ia querer ficar no mesmo ambiente do que ela. Por isso, nem insisti pra ela te chamar ou então, chamar o Biel.
Manuela: Ela que se meta a besta com o Gabriel. – Disse pegando o leite na geladeira e colocando em um copo. Coloquei achocolatado e tomei.
Flávia: Bom, eu vou voltar pra lá. Se quiser, vem com a gente.
Manuela: Minha cara de quem quer a companhia da Lua e do Samuel. – Dei um mega sorriso irônico e Flávia riu.
Comi um pedaço de pão com manteiga e passei novamente pela sala. Lá estavam a Jack com o Henrique. A Lua, Samuel, a Bruna, a Flávia e a Amanda e o Guilherme. A presença do Samuel ali foi algo que me surpreendeu. Eu realmente odiava aquele garoto e ele conseguia se superar nas besteiras que falava cada vez que eu via-o.
Liguei pro Gabriel e marquei de sair com ele. Me arrumei bem simples, um shorts e uma blusinha de frio. Coloquei também um óculos e um vans preto. O Gabriel me ligou dizendo que estava me esperando no carro. Eu peguei uma bolsa e saí meio de pressa do meu quarto. Passei pela sala e disse um tchau geral.
Manuela: Tchau, galera. Fui.
Bruna: Vai ver o boy?
Manuela: Sim, Bru. Beijo. – Eu disse saindo de casa.
Fui até o carro e o Gabriel saiu do mesmo. Tirou o óculos de sol que estava no rosto e ficou me olhando. Fui até ele e dei um selinho.
Gabriel: Tu ta linda.
Manuela: Tu super simples, bobo. – Eu dei um abraço nele, envolvi os braços no pescoço dele, o que me forçou a dar uma levantada nos pés para alcança-lo totalmente. Ele deu um leve abaixada pra me alcançar e riu. Ele me abraçou pela cintura e me levantou. Foi bonitinho. Eu fiquei um pouco no "ar" e ele me deu um beijo rápido que foi interrompido depois que ele me girou e me colocou no chão.
Eu coloquei as mãos entre o rosto dele e dei um selinho demorado.
Manuela: Pra onde vamos?
Gabriel: Você escolhe.
Manuela: Sou péssima nisso. – fiz um biquinho. Ele abriu a porta do carro pra mim e eu entrei. Depois ele entrou no banco de motorista.
Gabriel: O que acha de cinema?
Manuela: Ah, não. Filme a gente vê em casa. – Ele riu ao me ouvir.
Gabriel: Quer da uma volta pelo shopping então?
Manuela: Que programa de mulherzinha, Biel. – Bati no braço dele de leve e nós rimos.
Gabriel: Quer fazer o que então?
Manuela: Hoje tem futebol, né!? Vamos pra um bar onde tenha um telão e vamos beber enquanto assistimos o jogo.
Gabriel: Tu é a mulher que qualquer homem pediu a Deus. – Ele me deu um selinho, eu ri ao ouvi-lo.
Gabriel dirigiu até um bar onde tinha um telão montado. Nós descemos do carro e ele entrelaçou os braços de um lado da minha cintura. Fomos assim até o bar.
Sentamos em uma das mesas. O Gabriel pediu duas cervejas e ficamos conversando enquanto o jogo não começava. Já era umas 3 da tarde, então faltava pouco.
Manuela: Tenho certeza que a Lua chamou o Samuka lá em casa só pra me provocar.
Gabriel: Não duvide disso. Ela é muito sem noção.
Manuela: Não cospe no prato que já comeu. – Eu dei risada.
Gabriel: Tu me forçou a "comer". Nem vem. – Ele segurou a minha mão enfaixada e olhou pra mesma. – Vai tirar os pontos quando?
Manuela: Semana que vem. – Dei um gole na minha cerveja.
Gabriel: Tu sente dor na mão?
Manuela: Não. Mas pra tomar banho é um desafio. – Ele riu, segurou o meu queixo e me deu um selinho.
Ficamos conversando até que o jogo começou. Era Corinthians contra Palmeiras. Clássico. O bar estava lotado de palmeirenses, inclusive o Gabriel.
Manuela: Vou ser linchada se comemorar se o meu timão fizer gol?
Gabriel: Pode ter certeza que sim. – Ele riu.
Nós acompanhávamos o jogo, nos beijávamos e conversávamos um pouquinho quando o jogo não estava tão emocionante. Bebemos muita cerveja. Pra mim, era o suficiente pra me deixar alegre, o Gabriel estava bem de boa ainda.
O Corinthians vez gol e eu comecei a gritar feito louca e a pular. O Gabriel tentou me puxar, mas os caras no bar me olharam feio. Quer dizer, só alguns deles. Os outros secavam a minha bunda e nem ligaram pelo fato de eu estar comemorando o gol de um adversário.
Um dos cara gritou lá do fundo do bar: – É gostosa, pena que é corinthiana.
O Gabriel ficou irritado quando ouviu, eu impedi que ele fizesse alguma coisa. Sentei com ele na mesa e continuamos bebendo enquanto víamos o jogo.
Empatou. Gol do Palmeiras. O bar parecia que ia cair de tantas comemorações. Fiquei sentada na mesa e cruzei os braços. O Gabriel pulava e abraçava os caras que comemoravam feito loucos. Gabriel olhava pra mim e ria. Não tinha achado graça.
Ele chegou perto de mim e tentou me dar um selinho, mas eu virei o rosto.
Gabriel: Ta brava por que, Manu? Meu time vai ganhar mesmo. Precisa ficar brava não.
Manuela: Quer apostar? – Disse brava.
Gabriel: Quero. O que tu vai apostar?
Manuela: Mostro os meus peitos pro bar inteiro se o meu time perder.
Gabriel: Tu não vai apostar isso, porque seu time vai perder com toda certeza. E eu não quero ver tu mostrando os peitos pra esses marmanjos. – Ele disse bravo e com ciúmes, foi inevitável não rir. – Aposta outra coisa.
Manuela: Escolhe você então, chato.
Gabriel: Se tu perder, vai ter que fazer o que eu mandar.
Manuela: O contrário também vale, né!? Se tu perder, vai ter que me obedecer.
Gabriel: Feito. – Ele deu a mão e nós nos "cumprimentamos", selando assim a proposta.
O jogo continuou. No intervalo, eu fui ao banheiro e quando voltei o Gabriel estava tomando tequila.
Manuela: Não tava muito cedo pra beber? – Imitei-o falando.
Gabriel: Já enchi de cerveja, queria algo mais forte.
Manuela: Tinha que ser logo tequila?
Gabriel: Cadê a Manu legal? – Ele disse rindo e chegando perto de mim, me deu um selinho que logo virou um beijo. Beijávamos com calma. Ele explorou a minha boca devagar e alisava o meu rosto. Ele terminou o beijo e ficou me encarando. – Te amo.
Eu fiquei sem reação ao ouvi-lo. Meu coração disparou. Ele já tinha me dito que me amava antes, mas não depois que nós começamos a "ficar juntos". Eu não sabia o que dizer, não sabia se era a hora certa de dizer "eu também". Eu gostava dele, de verdade. Não estava com ele só por diversão ou só pra iludi-lo. Ele ficou comigo sabendo que eu ainda sentia alguma coisa pelo Guilherme, mas com a presença dele, eu estava conseguindo não pensar tanto no Guilherme. Ele me distraía e me fazia bem. Eu ria o dia todo quando estava com ele. Eu nunca quis machuca-lo, mas a minha relação com ele estava começando, cada dia mais, a ficar mais séria. E eu não impedi isso. No fundo, eu queria que desse certo com ele. Ele merecia ser feliz, eu só não tinha certeza que eu podia dar essa felicidade pra ele. Mesmo gostando muito dele, o que eu sentia pelo Guilherme ainda estava vivo dentro de mim. Ainda era real. Eu não sabia mais a proporção, mas continuava ali. Por mais que eu tentasse acabar com esse sentimento, ele insistia em permanecer. 
Ele ficou me olhando, esperando uma resposta. Mas eu não podia mentir. Não estaria mentindo só pra ele, ia estar mentindo pra mim mesma. Fingindo um sentimento que eu não tenho. Gostar dele é diferente de amá-lo. Eu o amo como um melhor amigo, que eu sinto que ele é e sempre foi. Amo a companhia dele, amo estar com ele só por estar. Amo a risada horrorosa dele. Amo a maioria das coisas nele, só não sei ainda se o amo.
Sinceramente, eu o vejo como alguém melhor pra se ficar o resto da vida do que o Guilherme. Ele nunca me deu motivos pra não achar isso, ao contrário do Guilherme, que me decepcionou de uma maneira horrível e quebrou totalmente a minha confiança. O Gabriel era doce, engraçado e vivia preocupado comigo. Me entendia, me aconselhava, me ouvia. Eu não consigo achar um defeito nele sem ter que pensar, pelo menos, algumas horinhas.
Eu abri a boca pra responde-lo e os homens no bar começaram a gritar e a comemorar. Puxam o Gabriel pra celebrar junto. Gol do Palmeiras. Estava nos últimos minutos, o Gabriel tava começando a ficar feliz por causa da bebida que nem me cobrou uma resposta. Era melhor assim, pelo menos, por enquanto. O jogo acabou e eu tinha perdido a aposta. Espero que ele não invente coisas absurdas pra eu fazer.
Gabriel: Quer ir pra onde agora?
Manuela: Você acha que vou te deixar dirigir nesse estado? Nem pensar.
Gabriel: E quem vai dirigir? Você? – Ele foi irônico.
Manuela: Ninguém. – Falei brava com ele. Vamos pegar um táxi e depois tu pede pro teu motorista vir pegar o carro aqui.
Gabriel: Ah, não, Manu... – Ele fez birra e não queria sair do lugar. 
Manuela: Você ta parecendo um bebê. Vamos, Biel. Vou te levar pra um motel, o que tu acha? – Menti. Só assim ele ia sair dali comigo.
Chamei um táxi e coloquei-o dentro. Ele deitou no meu colo e mandei o motorista ir pra um hotel. Paguei o táxi e levei anos pra tirar o Gabriel de lá. Ele bebeu muita tequila e eu teria que ficar cuidando dele bêbado agora.
Entrei com ele no hotel e pedi um quarto. Fomos pro mesmo e ele deitou na cama assim que nós chegamos lá.
Gabriel: Você me enganou. Disse que íamos pra um motel e estamos num hotel.
Manuela: Tu não ia sair de lá se eu não mentisse.
Gabriel: Mentir é feio e tu é tão linda pra mentir. – Ele puxou a coberta e se cobriu. Tirei o tênis e deitei na cama com ele.
Manuela: As pessoas bonitas não mentem? – Disse olhando pra ele.
Gabriel: Não deviam. – Eu sorri meio triste pra ele. Deitei no peito dele e ele ficou alisando o meu cabelo. Segurei o braço dele e fiquei olhando as tatuagens dele.
Manuela: Tu ganhou a aposta, não vai pedir nada pra mim?
Gabriel: Eu não poderia pedir coisa melhor do que te ter abraçadinha comigo e cuidando de mim enquanto estou bêbado. Isso é raro de acontecer, fico mais meloso do que o normal.
Manuela: Tu não é meloso. E nem está tão bêbado assim, só está meio alegrinho demais.
Gabriel: Sou forte pra bebida.
Manuela: Sei. – Eu dei risada e dei um selinho nele. Virei-me pra me levantar da cama e ele me puxou, fez a minha bunda encostar no colo dele. – Ei.
Gabriel: Não é pra sair daqui.
Manuela: Vou só ao banheiro, posso não?
Gabriel: Vem rápido.
Manuela: Ta bom, dengosinho. – Ele riu e abraçou o travesseiro.
Fui ao banheiro e joguei uma água no rosto. O "eu te amo" que ele me disse não saia da minha cabeça. Eu sentia que devia uma resposta a ele, eu queria responder. Queria ser honesta com ele. Ele merecia isso.
Enxuguei o meu rosto e voltei pro quarto. Quando cheguei lá, o Gabriel já estava dormindo. Tirei o travesseiro dos braços dele e deitei-me de costas pra
Acordei com o Gabriel se mexendo na cama. Era umas 7 da noite já. Levantei e acordei ele bem devagarzinho.
Gabriel: To com dor de cabeça. – Ele disse abrindo os olhos e depois fechando. Colocou a mão na cabeça.
Manuela: Ninguém mandou beber. – Inclinei o corpo de dei um selinho. – Vamos, Biel. Não vamos passar a noite nesse hotel, né!?
Gabriel: E o que tem isso? Eu poderia ficar o resto da vida nesse hotel contigo. Ou em qualquer outro lugar.
Manuela: Bobo. Mas tenho mesmo que ir.
Gabriel: Eu ganhei a aposta, tenho direito a pedir o que eu quiser. E quero você o resto da noite comigo.
Droga! A Lua já não gostava de mim e não ir a boate todos os dias, ia parecer provocação. Não que eu ligasse pra opinião dela, mas não ia ser legal vê-la tacando algo na minha direção de novo. Principalmente se fosse algo que me machucasse mais uma vez.
Manuela: Vou ligar pra Flávia e ver o que eu posso fazer. – Liguei pra Flávia e ela acabou me convencendo de ficar com o Gabriel. A Helene estava viajando e a Lua não ia fazer nada contra mim. – Vou ficar.
Gabriel: Que bom, loirinha.
Manuela: Apelido novo? – Disse me sentando na cama ao lado dele. Encostei a cabeça na barriga dele e ele ficou mexendo no meu cabelo. Virei o rosto pra ele.
Gabriel: Curtiu? – Ele deu risada.
Manuela: Curti.
Gabriel: Posso perguntar uma coisa?
Manuela: Pode.
Gabriel: Por que não me respondeu nada quando eu disse que te amava? – Eu fiquei branca. Meu coração acelerou. Eu desviei o olhar e não sabia o que responder. Ele percebeu. – Não precisa dizer que me ama. Só quero saber o motivo.
Manuela: Biel, eu não sei como dizer isso sem te machucar.
Gabriel: Eu preciso saber, Manu.
Manuela: Eu gosto de você pra caramba. Você me faz bem. Me incentiva a procurar uma parte de mim que eu pensei que tivesse ido embora com o Guilherme. Tu faz essa parte viver cada dia um pouquinho mais. Eu nunca menti pra você. Você sabe disso. Eu sempre fui honesta contigo. Tu sempre soube dos meus sentimentos pelo Guilherme, mas hoje em dia, eu já não tenho tanta certeza assim do que eu sinto por ele, mas... – Ele me cortou.
Gabriel: Mas não me ama, né!?
Manuela: Eu amo você, mas eu não creio que seja do jeito que você quer que eu ame ou então, do jeito que tu merece ser amado. – Ele ficou me olhando com aquela carinha triste. Ele me puxou e me beijou.
Gabriel: Eu disse que ia estar com você pra o que você precisasse. E não vou desistir tão fácil de você, Manu. Um "eu não te amo ainda" é melhor do que um "eu não te amo e nunca vou te amar".
Manuela: Você é tão especial. Tão diferente dos outros. Por que eu simplesmente não me apaixono perdidamente por você?
Gabriel: Porque parte de você, não quer tirar o Guilherme do seu coração. Apesar de você tentar e se esforçar muito pra isso.
Manuela: Por que de coisa boa a gente esquece?
Gabriel: Isso é uma boa pergunta. Mas chega desse papo. Fica aqui quietinha comigo. – Eu deitei nos braços dele e nós ficamos ali por um tempinho, nos beijando e fazendo carinho um no outro.
O clima começou a esquentar e ele subiu em cima de mim. Me beijava aceleradamente e começou a roçar o corpo dele no meu. Eu me empolguei em pouco tempo. Explorava cada canto da boca dele e logo tirei a camiseta dele.
Ele me encarou por um tempo e voltou a me beijar com vontade. Puxava meus lábios e deslizava a mão por toda lateral do meu corpo. Chegou nas coxas e puxou-as pra eu cruzar as pernas na cintura dele. Foi o que eu fiz. Ele ficou apertando minhas coxas e as vezes, deslizava as mãos pra minha bunda e dava apertões que me arrancavam suspiros.
Ele parou de me beijar e começou a abrir o zíper do meu shorts. Tirou-o e se abaixou na cama. Ficou me olhando e então, levou a boca pra minha coxa. Mordeu, chupou até que eu senti a boca quente dele na minha buceta por cima da calcinha. Soltei um suspiro que o incentivou a alisar a minha buceta com uma das mãos. Ele tirou a minha calcinha, levou dois dedos até a minha boca. Eu chupei os dedos dele e ele sorriu maliciosamente pra mim.
Ele passou os dedos na minha buceta e eu soltei um gemido baixinho. Tirei com certa pressa a minha camiseta e fiquei só de sutiã. Ele enfiou os dedos na minha buceta e eu contorci meu corpo todo. Gabriel passava a língua pelo meu clitóris enquanto eu rebolava nos dedos dele.
Minha buceta já estava toda molhadinha e eu percebi o volume na calça dele. Sorri e fiquei de quatro na cama. Fui até ele nessa posição. Ele ficou me olhando. Abaixei a calça dele e segurei firme no pau dele. Ah, aquele pau enorme.
Gabriel: Mama, minha loirinha. Mama. – Eu sorri ao ouvi-lo.
Passei a língua na cabeça do pau dele. Fiquei olhando com cara de safada pra ele. Gabriel colocou uma das mãos no meu cabelo e me incentivou a colocar o pau todo dele na boca. Eu comecei a chupa-lo com vontade. Ele soltava uns gemidos abafados e falava umas besteiras que me deixaram louca.
Ele abriu o meu sutiã e tirou o mesmo. Inclinou um pouco o corpo e apertava os meus seios conforme eu chupava o pau dele.
O pau dele não demorou muito pra ficar totalmente ereto. Tirei-o da boca e comecei a bater uma punheta bem forte pra ele.
Gabriel: Caralho, tu me faz pirar. – Eu dei uma ultima chupada no pau dele e me deitei na cama.
Passei os dedos na minha buceta e comecei a me masturbar. Ele ficou só me olhando, mas logo me puxou pelas coxas. Eu sorria pra ele o tempo todo.
Manuela: Me fode, vai... – Ele riu ao me ouvir e enfiou o pau dele de uma só vez na minha buceta. Eu soltei um gemido muito alto. O pau dele era enorme. Ele começou o movimento de vai e vem que me fez delirar. Gritava, gemia e apertava os meus seios o tempo todo.
Ele me segurou no colo e me levantou. Andou comigo assim até que me encostou na parede. Ele me segurou pela cintura e começou a meter com mais força em mim. Eu estava com as pernas cruzadas na cintura dele. Coloquei a boca encostada na orelha dele e gemia gostoso.
Manuela: Vou gozar. – Eu disse com a voz meio tremula.
Gabriel: Eu também. – Ele disse me beijando.
Gozamos juntinhos.
Nós deitamos na cama e ficamos lá, nus e coladinhos. Não rolou nada, nós nos cobrimos e ficamos um olhando pro outro.
Gabriel: Como tu consegue?
Manuela: O que? – Estranhei a pergunta.
Gabriel: Ser tão linda...
Manuela: Bobo. – Eu disse abraçando-o na cama mesmo, fiquei com uma parte do corpo em cima dele, meus seios ficaram na cara dele quase.
Gabriel: Tu não vai me ajudar muito nessa posição. – Eu ri ao ouvi-lo, ele passou a mão nos meus seios e apertou devagar. – Eles são lindos e grandes.
Manuela: E naturais. Agora para de se aproveitar – Eu peguei a coberta e me cobri, deitei só a cabeça no peito dele.
Gabriel: Vou tentar, mas vai ser difícil. – Eu dei risada dele e peguei as mãos dele. Ele tinha tatuagem nos dedos. Fiquei circulando-as com os dedos. – O que ta fazendo?
Manuela: Nada. Tô com fome. – Fiz biquinho, ele abaixou o rosto e deu um selinho.
Gabriel: Me conta uma novidade. – Eu bati no braço dele devagar. – Ei! To brincando, loirinha. Bora comer.
Manuela: Eba! – Disse toda animada e o Gabriel riu de mim.
Nos trocamos, ele pagou o hotel e nós fomos de táxi até onde o carro dele estava. Pegamos o carro e fomos pra uma lanchonete. Compramos um lanche enorme pra cada um.
Eu comi e nem liguei se ia me sugar ou não. O Gabriel olhou pra mim e começou a rir.
Manuela: Ta rindo do que? – Eu disse colocando a mão na frente da boca pra ele não me ver de boca cheia.
Gabriel: Tua boca ta toda suja, Manu.
Manuela: Ah, sério? Que merda. – Peguei um papel e limpei minha boca. O Gabriel mordeu o lanche dele e ficou olhando pra mim. Me viu terminar de limpar a boca e começou a rir de novo. – Ta rindo do que agora?
Gabriel: Tu continua toda suja, Manu. Parece um bebê comendo. – Ele riu.
Manuela: Desisto. Me limpa vai. – Entreguei o papel pra ele. Ele pegou e colocou em cima da mesa. Limpou o canto da minha boca com o dedo e apontou pros meus lábios.
Gabriel: Ta sujo aqui também. – Eu olhei pra baixo e ele me beijou. Eu ri durante o beijo, mas correspondi. Ficamos uns segundinhos nos beijando, até que eu terminei o beijo com selinhos.
Manuela: Que beijo com gosto de x-tudo. – Nós rimos e terminamos de comer. Eu soltei um arroto monstruoso e o Gabriel teve um ataque de risos. Não sei quem passou mais vergonha. Ele, por eu ter arrotado. Ou eu, pela gargalhada horrível dele.
Gabriel: Porca. – Ele disse entre as risadas.
Manuela: Vamos embora daqui logo, vai. – Segurei-o pela mão e puxei-o. Saímos da lanchonete rindo que nem idiotas. Fomos pro carro dele e não conseguíamos parar de rir.
Gabriel: Tu ouviu a mulher falando: "Ai, que nojo.", "Quanta falta de educação"?
Manuela: Não. – Nós ainda estávamos rindo.
Gabriel: Eu não consigo parar de rir, namoral. – Nós fomos parando de rir devagar, mas sempre que lembrávamos, a gente ria. Era automático.
Manuela: Saiu sem querer, cara. Para de rir. – Eu fiz uma carinha triste e ele tentou não rir, mas não conseguiu. – Aposto que tuas exs não arrotavam em lanchonetes.

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