sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

22
Ela levou as coisas para a cozinha e eu fui ajudando ela. Assim que ela lavou a louça, eu a abracei por trás e beijei a nuca dele.
Manu: Ta carente amor?
Alex: Não tem noção princesa.
Manu: Vem cá. –Ela virou pra mim e me beijou intensamente, mas era só isso, um beijo quente. Com a Manu não rolava sexo, nem mão boba. Ela é da igreja, então respeito bastante a mina. Continuamos nos beijando e ficamos ali na cozinha por alguns minutos. 
Fomos para a sala, sentamos lado a lado, segurei na nuca dela e a puxei para um beijo. 
Ficamos nos beijando até o pai dela chegar em casa, levantei rápido do sofá e cumprimentei ele.
Zeca: Oi Alex.
Alex: Oi seu Zeca. Tudo bom?
Zeca: Tudo ótimo. E você filha?
Manu: Eu to bem, pai. –Ela beijou a bochecha do pai dela. Ele saiu e nos deixou sozinho. Olhei a hora e já eram 22 horas.
Alex: Princesa, já está na minha hora.
Manu: Tudo bem, amor. Vou te levar no portão. –Saímos da casa dela e eu parei de frente pra ela-. Vem almoçar aqui em casa amanhã?
Alex: Venho amor. Que horas?
Manu: Chega aqui 12 horas. Pode ser?
Alex: Pode ser. –Dei um beijo nela não muito longo, já que ela não gostava muito de exposição.
Manu: Até amanhã.
Alex: Beijos. –Dei um beijo na bochecha dela e fui pra casa. Feliz, mas com uma sensação de vazio. Talvez seja falta de sexo, logo passa.
Fui pra minha casa, entrei e a minha mãe estava com meu pai na sala.
Vera: Chegou cedo filho.
Alex: Fui namorar.
Eles me olharam surpresos e eu ri. De todas minhas minas só trouxe a Laura em casa e olha que ela nem era minha namorada.
José: Com aquela menina que vinha aqui?
Alex: Não, pai, a Manu.
Vera: A Manu? Mas ela não vivia dizendo que te odiava?
Alex: Bom a marrentinha resolveu me dar outra chance ne.
José: Boa sorte.
Alex: Vou deitar.
Vera: Ta mudando mesmo ein. –Minha mãe riu e eu fui para o meu quarto.
Troquei de roupa e deitei na cama, peguei meu celular e fiquei mexendo nele. Olhei a conversa da Laurinha e ela havia sido a última a falar “Boa sorte com a sua namorada”. Porra eu sabia que ela gostava de mim, eu gostava dela também, mas a gente é diferente demais. Pra começar as nossas classes sociais, depois que eu quero uma mina calmaria e não uma mina que esteja cada noite em uma festa diferente. Bom eu acho que é isso que eu quero. Eu fiquei bolado pelas coisas que ela me disse, fiquei bolado porque eu ouvi um áudio daquela ogra chorando. Ela dizia no áudio “Você vai com aquela menina, mas você não me procura mais, nem precisa vir aqui em casa buscar suas coisas que eu mando pelo Lucas”. 
Era fora brigar com aquela garota, eu sempre acabava cedendo e eu não queria ceder aos caprichos dela. Sabia que se eu cedesse perderia meu namoro com a Manu e voltaria a ter aquela vidinha de ficada que eu levava. Do que adianta a Laura chorar por mim e não sair da putaria? Não sou obrigado a aturar patricinha dramática.
Fiquei conversando com o povo no whatsapp e umas 2 horas da manhã eu peguei no sono.
Lucas Narrando
O show havia sido bom, chegamos a minha casa por volta das 4 horas. A Isa se despediu e foi para o quarto, eu e a Sofia fomos para o quarto. Eu vi que ela estava cansada então a deixei na dela pra ir dormir. Tomei um banho no quarto da minha mãe mesmo, ela levantou e perguntou se tinha acontecido algo. Eu respondi que foi de boa. Voltei para o meu quarto, a Sofia estava com o uma camisa minha e prendendo o cabelo em um rabo de cavalo. 
Sofi: Vem deitar amor.
Lucas: To indo. –Coloquei meu celular pra carregar, peguei o edredom no guarda-roupa, travesseiro, arrumei a cama e deitamos. Ela se aninhou no meu peito e me deu um selinho.
Sofi: Adorei a noite.
Lucas: Também adorei. –Sorri e mordi os lábios dela-. Boa noite amor.
Sofi: Boa noite príncipe. –Dei um beijo demorado nela e depois dormi.
Acordei me sentindo bem com o corpo quentinho da Sofi envolvido no meu. Ela estava aninhada no meu peito deitada de frente pra mim. Continuei abraçado nela e fiquei a olhando dormir. Ela é tão linda, parece uma princesa. Eu sei que estamos juntos, que não ficamos com outras pessoas, é como um namoro, mas eu ainda não pedi. Eu quero pedir, mas não sei como. A Sofi é o tipo de menina que fica feliz até se der um pirulito pra ela. Eu gosto disso nela. Mas eu quero dar algo especial pra ela, fazê-la feliz. 
Ela se mexeu um pouco e abriu os olhos devagar. Sorri quando ela fixou o olhar no meu.
Lucas: Bom dia dorminhoca.
Sofi: Nossa amor, que horas são? –Ela coçou os olhos.
Lucas: Nem sei. –Ela pegou o celular dela e desbloqueou a tela.
Sofi: Nossa são 11 horas.
Lucas: Pra mim está cedo.
Sofi: E acordou já por quê?
Lucas: Acordei sozinho, mas de tarde já sei que vou tirar um sono.
Sofi: Eu também vou tirar um sono, mas acho que vou lá à casa dos meus pais.
Lucas: Ia te chamar pra dormir comigo de novo. –Beijei o pescoço dele.
Sofi: Eu queria, mas tenho que resolver com meus pais. –Ela fez um biquinho fofo.
Lucas: Vamos levantar. –Levantei da cama e ela levantou também. Fui até o meu guarda-roupa, peguei uma bermuda e vesti. Ela se trocou e saímos do meu quarto, escovei os dentes no banheiro junto com ela me molhando e implicando comigo. 
A abracei por trás e entramos juntos na cozinha. Minha mãe já estava preparando o almoço.
Dora: Pelo visto ontem foi bom ein. 
Lucas: Bom dia dona Dora. –Soltei a Sofia e beijei o rosto da minha mãe.
Sofia: Bom dia Dora. –A Sofia abraçou a minha mãe.
Dora: Vai ficar pra almoçar, Sofi?
Sofia: Nem vou. Eu tenho que encontrar com os dois infantis. –Ela rolou os olhos e eu ri da maneira que ela falou.
Dora: Que?
Sofi: Meus pais, eles brigam e me atingem com palavras.
Dora: Hm, falando nisso seu pai me ligou. Perguntou se você estava aqui.
Sofi: Por que ele não me ligou? Eu estava com celular ontem. –Ela disse confusa. Como já estava perto da hora do almoço nem quis tomar café, peguei dois pacotes de biscoito dei um pra Sofi e sentei-me à mesa comendo.
Dora: Ele só queria saber se você estava aqui.
Sofi: Aff, eu to indo lá conversar com eles. –Ela beijou meu rosto e saiu da cozinha.
Dora: Vai sair também? –Ela me olhou.
Lucas: Eu? –Olhei pra ela, minha mãe é daquelas que às vezes é difícil saber a resposta que ela quer receber.
Dora: Minha vó.
Lucas: Sua avó eu não sei, mas eu vou chamar o Alex pra tirar um role.
Dora: Ah seu cavalo. –Ela me deu um tapa no braço e eu ri.
Lucas: A culpa é sua.
Dora: Responde-me direito. 
Lucas: Você vai sair com seu namorado?
Dora: Não né, só estou perguntando.
Lucas: Ah bem.
Dora: Você gostou dele?
Lucas: Ele parece ser legal.
Dora: Aff Lucas. Ele conversou um monte com você. –Ela rolou os olhos.
Lucas: Quem vê cara não vê cara. –Rolei os olhos e dei um riso debochado.
Dora: Até porque você e a Sofia mal se viram no ônibus e já estavam de namorinho.
Lucas: Você e o Sandro são diferentes.
Dora: O que você quer ein Lucas?
Lucas: Eu nada, você que quer sair e não fala.
Dora: Eu não quero sair, quero ficar com meus filhos.
Lucas: Aonde a senhora vai?
Dora: Eu vou ver o Luiz jogar daqui a pouco.
Lucas: E depois?
Dora: Ia ficar com vocês em casa.
Lucas: Ah vai mãe, ok eu fico.
Dora: Meu filho lindo. –Ela riu e me deu um monte de beijo no rosto.
Lucas: Para de ser gay mãe, a Sofia ta ai.
Sofi: Eu to vendo tudo. –Ela falou atrás da gente e riu.
Dora: Que é? Eu não posso dizer que eu amo meu filho na frente da namorada? –Senti que a Sofi ficou meio sem graça e eu também fiquei. Não havíamos declarado namoro.
Lucas: Aff mãe. –Rolei os olhos.
Dora: Que é moleque, dormiu até os 10 anos na minha cama por medo de dormir sozinho. –A Sofia riu alto.
Sofi: Não acredito Lucas.
Dora: Ele tinha um ursinho, foi um custo tirar ele desse ursinho.
Sofi: Que isso Lucas. –Ela sentou na cadeira de tanto que ria. Olhei puto pra minha mãe e ela continuou falando altos podres meus pra Sofia, que se acabava de rir.
Lucas: Caralho cês são chatas ein. –Sai da cozinha e fui para o meu quarto. A Sofia veio atrás de mim e me abraçou atrás de mim rindo.
Sofi: Sua mãe e meu pai apertam as mãos na hora de fazer a gente passar vergonha.
Lucas: Nossa sonho da minha mãe era fazer isso com alguma namorada minha. –Ela veio para a minha frente e sorriu.
Sofi: Namorada é? –Ela sorriu toda boba, a peguei pela cintura e sorri.
Lucas: Ah mina se você quiser a gente namora.
Sofi: Namoro sério? Bem sério mesmo? –Ela deu uns pulinhos toda boba e eu ri. 
Lucas: É Ursinha. Parada com compromisso.
Sofi: Não acredito. –Ela pulou no meu pescoço, a peguei e a rodei. Ela me encheu de selinhos.
Lucas: Calma baixinha, vai enfartar.
Sofi: Eu nem acredito, amor. Estava esperando por esse dia. 
Lucas: Eu queria pedir de um jeito melhor ne, mas já que saiu, deixa. –Ri.
Sofi: Ta perfeito. –Ela subiu para o meu colo, segurei por baixo da bunda dela e a beijei com vontade. Ela acariciava minha nuca e depois de uns minutos encerramos o beijo com alguns selinhos.
Lucas: Você é perfeita. –Mordi os lábios e sorri.
Sofi: Somos perfeitos juntos. –Ela beijou minha testa-. Eu tenho que ir amor.
Lucas: Me liga depois?
Sofi: Claro. –Ela desceu do meu colo e pegou sua mochila.
Lucas: Te levar no portão.
Sofi: Ok. –Saímos do meu quarto, a Sofi se despediu da minha mãe, do Luiz e da Isa.
A levei no portão, despedimo-nos com alguns beijos.
Sofi: Até mais tarde amor.
Lucas: Até Ursinha. –Ela sorriu e entrou no carro dela. Esperei ela descer o morro e entrei em casa.
Fui até a cozinha e a minha mãe me olhou rindo.
Lucas: Você ein.
Dora: O que tem eu?
Lucas: Vou contar suas coisas para o Sandro também.
Dora: Não faço nada demais.
Lucas: Vai vendo u.u Eu e a Sofia estamos namorando.
Dora: E não estavam antes?
Lucas: Agora é oficial.
Dora: Ninguém merece. –Ela riu e eu fui tomar banho.

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