segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

20
Manuela: Eu só queria que vocês vissem como se dão bem. A Lua sempre foi maluca por você, Gabriel. E eu achei que se juntasse os dois, vocês se dariam bem. A festa na verdade, era pra eu me reconciliar com você, Lua. Mas achei melhor juntar você e o Biel.
Gabriel: Eu sou maluco por você, não por ela. – Ele disse pra mim.
Lua: Eu não suporto você, Manuela Bosi. Espero que você morra. Espero que sofra como eu to sofrendo agora. Sofra muito. – Ela disse com lágrimas nos olhos e saiu empurrando as pessoas que formavam o circulo.
Guilherme: Acabou o show?
Manuela: Era por isso que eu não queria vir. – Disse brava. Gabriel ia dizer alguma coisa, mas Guilherme me puxou pra outro canto.
Logo o circulo foi desfeito e todos voltaram a dançar. Fomos até a Flávia e o Felipe. Bruna estava com eles.
Bruna: A Lua se superou na cena.
Manuela: Nem me falei. – Falei irritada. Guilherme estava com a mão em volta da minha cintura e eu eu estava com os braços cruzados.
Flávia: Amiga, vamos dançar. – Ela se levantou, apoiou no Felipe e cambaleou. Quase caiu, mas ele a segurou.
Manuela: Contigo bêbada assim? Jamais. – Eu ria do jeito dela e ela voltou a se sentar. Felipe deu mais água pra ela. Eu encostei na mesinha que tinha ali e Guilherme veio pra mais perto de mim.
Guilherme: Ficou mexida com o que Gabriel disse?
Manuela: Não. Quero saber o que tu foi fazer com a Regina, só isso. – Ele riu ao me ouvir e passou a mão no meu rosto.
Guilherme: Demos uma rapidinha. – Eu olhei muito brava pra ele e já ia começar a bate-lo, mas ele segurou meus pulsos. – Calma, calma. Tô brincando. Ela tentou, mas eu sou forte e resisti.
Manuela: Eu não acredito... – Falei brava.
Guilherme: Não rolou nada, Manu.
Manuela: Então vem cá. Deixa eu conferir. – Segurei na gravata dele e puxei-o pra mim. Cheirei o pescoço dele e quando não senti nenhum perfume feminino, a não ser o meu, dei um beijinho no mesmo. – Ta cheirando Manuela.
Guilherme: Eu peguei ela mais cedo. Gostosinha até. – Ele riu e me abraçou.
Manuela: Como ela pode ter dado mole pra você? Que menina doida? – Nós rimos e ele me beijou.
Bruna: Vocês me dão mais nojo do que eu já sinto normalmente. – Nós caímos na risada.
Eu ainda não tinha visto a Jack, Isabela, Samuka e o Henrique. Era suspeito aquilo. Mas não comentei nada com ninguém. Bruna me acompanhou até o banheiro.
Manuela: Bruna...
Bruna: Se tu perguntar alguma coisa sobre minha gravidez ou sobre aquela outra coisa, eu mato você e fingo ser um acidente. – Eu dei risada ao ouvi-la.
Manuela: Ia perguntar do Samuel.
Bruna: Também não quero falar dele.
Manuela: Ta bom. – Resolvi não insistir. Usei o banheiro e lavei as mãos.
Nós saímos do banheiro e passamos por um cantinho onde todo os casais estavam se pegando. Dava pra ver mãos bobas pra todo lado. Avistamos Henrique e Jack na maior pegação. Do lado, Isabela e Samuka quase se engolindo.
Manuela: Merda!
Bruna: Não sei quem presta menos. – Ela se referiu ao Samuka e a Isabela.
Manuela: Vamos sair daqui.
Eu estava tendo uma relação melhor com a Bruna. Ela estava mais próxima de mim e eu gostei disso. Eu não gostava de brigar e nem de provocações, como a Lua sempre fazia. Eu realmente achei que a festa que eu tinha preparado ia ajudar, não atrapalhar. Infelizmente eu me enganei.
A festa do Gabriel estava ótimo, depois de toda a cena da Lua. Ela sumiu. Não a vi mais pela festa. Eu bebi muito. Guilherme tentou me impedir, mas eu não permiti. Eu queria beber. Precisava esquecer um pouquinho os meus problemas.
Muita coisa tinha voltado a se passar pela minha mente. Tudo o que vivi nesses 3 meses na casa da Helen foi demais pra mim. Em tão pouco tempo, muita coisa aconteceu e muita coisa ainda ia acontecer.
Eu só queria seguir com o meu plano de sumir dali o mais rápido possível. Guilherme era meu e isso era a unica coisa que me deixava feliz. A unica mesmo. O resto era só brinde. Se me fizesse feliz, ótimo. Senão, ótimo também.
Guilherme me fez sentar no puff junto com a Flávia. Ele conversava com o Felipe e me olhava feio por eu ter bebido tanto.
Manuela: Ele é lindo, né!? – Falei meio zonza. Ela colocou a mão no meu ombro.
Flávia: Quem? – Ela estava bêbada ainda. Acho que tomou mais bebida ainda.
Manuela: O Guilherme. Quem mais seria? – Nós ríamos iguais idiotas. Mesmo do que não tinha graça.
Flávia: Prefiro o meu amorzinho. – Ela riu e eu deitei no sofá que tinha do lado do puff.
Guilherme: Manu, fecha a perna. O mundo pode ver sua calcinha. – Ele disse se levantando da cadeira vindo na minha direção.
Manuela: Que veja! Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também.
Guilherme: Tu é minha e para de graça. Fecha essa perna. 
Eu estendi a mão e ele ajudou a me levantar. Eu voltei ao sentar ao lado da Flávia. Antes, ele tentou me dar um selinho, mas eu desviei. Estava brava com ele. Guilherme voltou a conversar com o Felipe. Flávia ficou me olhando.
Manuela: Ta vendo quantas de mim?
Flávia: Tem tantas Manus na minha frente que eu não sei qual é a real. – Ela riu.
Manuela: Tô vendo três de você. – Eu ri ainda mais rápido.
Uma menina puxa saco da Flávia trouxe dois copos de bebida escondido pra gente. Os dois viram e ficaram putos conosco. Guilherme não conseguiu me convencer de parar de beber e Felipe não conseguiu tirar o copo da mão da Flávia.
Eles foram ao banheiro e nos deixaram sozinhas. Bêbadas.
Flávia: Esse salto ta me matando. – Ela disse passando a mão no pé.
Manuela: Tira isso logo.
Flávia: Vou fazer isso. – Ela sorriu, tirou o sapato e deu mais um gole na bebida dela.
Manuela: Ta bebendo o que aí? – Disse segurando o copo dela e olhando.
Flávia: Quer? – Ele ofereceu e eu peguei o copo da mão dele. Dei um gole e devolvi. Ela não tirou os olhos de mim.
Manuela: Ta olhando o que, maluca?
Flávia: Eu quero ser livre, amiga. – Ela começou a chorar.
Começou ali a depressão de bêbado dela. Felipe logo chegou e levou-a pra casa dele. Ela não estava em condições pra ir pra casa e ficar lá sozinha.
Guilherme sumiu de novo. Eu já estava ficando preocupada, mas continuei no mesmo lugar. Minha cabeça girava. Um menino de terno apareceu na minha frente e eu jurei ser o Guilherme.
Manuela: Aleluia você apareceu, meu amor. – Disse alegrinha, pelo álcool.
Gabriel: Meu amor? Gostei disso. – Ele abaixou-se a apoiou as mãos no meu joelho. Eu pude senti-lo me fitando. Estava muito bêbada.
Manuela: Onde você estava? Por que demorou tanto?
Gabriel: Estive o tempo todo procurando por você. – Ele disse e depois segurou o meu rosto. Eu coloquei uma mão em um pulso dele e comecei a fazer carinho. Ele começou a alisar o meu rosto. – Eu demorei porque você não estava disponível pra mim. Eu te amo.
Fiquei meio confusa ao ouvi-lo e senti um enjoo enorme. Ele continuava me encarando. Pela bebida, eu demorei pra notar que se tratava de Gabriel, não de Guilherme. Era tarde demais. Ele aproximou o rosto do meu e eu senti o calor dos lábios dele quase tocando os meus.
Guilherme: Posso saber por que você está beijando a minha namorada? – Ele disse firme e bravo.
Manuela: Calma. Se você é o Guilherme. – Olhei pra ele meio distante e com os braços cruzados. – Quem é você? – Olhei pro Gabriel e ele sorria.
Guilherme: Gabriel, vaza. – Gabriel se levantou e ficou cara a cara com o Guilherme.
Meu coração gelou. Eu segurei na mesinha e me levantei. Cambaleei, mas me segurei. Fui andando em direção aos dois e eles estavam discutindo algo que minha cabeça não me deixou prestar muita atenção. "Ela é minha". "Ela vai ser minha". Foram as únicas coisas que eu ouvi.
Eu parei na frente dos dois. Coloquei as mãos em seus braços e eles olharam pra mim. Senti uma tontura enorme. Não demorou nem meio segundo e eu desmaiei. Não me lembro mais nada depois disso.
Acordei em casa, deitada na cama do Guilherme. Ele não estava lá. Minha cabeça girava. Ainda era noite e o quarto estava todo escuro. Ele saiu do banheiro enrolado o quadril numa toalha.
Manuela: Amor? – Falei. Ele inclinou o rosto e me deu um selinho.
Guilherme: Ta melhor?
Manuela: Como eu vim parar aqui? – Ele acendeu a luz do quarto e eu fechei os olhos. Abri os olhos aos pouquinhos pra me acostumando com a luz.
Guilherme: Desmaiou e eu te trouxe pra cá.
Manuela: Só me lembro de ter impedido uma briga a tapa de você e do Gabriel. E depois, desmaiar.
Guilherme: Nós brigamos. Mas não nos batemos. Realmente foi culpa sua, porque eu ia bater naquele babaca.
Manuela: O que ele te disse?
Guilherme: Um monte de besteira. Disse que você seria dele. Me irritou demais. – Minha cabeça latejava eu sorri ao ouvi-lo. Eu tentei me levantar, mas senti um enjoo ao fazer isso. – Quer ajuda? – Assenti com a cabeça e ele me segurou.
Guilherme me ajudou ir até o banheiro. Eu vomitei horrores. A bebida tinha me feito muito mal. Depois eu tomei uma ducha rápida. Guilherme me deu uma camiseta dele. Cabiam umas três de mim ali. Mas era confortável. Nós nos deitamos na cama e dormimos abraçados.
Acordei meio tarde no outro dia e ele ainda estava dormindo. Fiquei morrendo de dó de acorda-lo, mas se eu me movesse, ele ia acordar. Então eu virei um pouquinho e enchi-o de beijos nos lábios. Ele foi acordando aos poucos e sorriu. Eu fui pra cima dele e ele abriu os olhos.
Guilherme: Promete que quando a gente casar, tu vai me acordar assim todos os dias? – Ele me olhava e deu aquele sorriso lindo.
Manuela: Prometo, meu amor. – Ele colocou as mãos na minha cintura, eu inclinei o corpo e o beijei. Continuei em cima dele depois do beijo e ele ficou me olhando.
Guilherme: Diz aquilo de novo? – Eu ergui uma sobrancelha.
Manuela: Que eu prometo? É, amor. Eu prometo.
Guilherme: Não, amor. Não isso. A parte do "meu amor". – Eu dei um riso ao ouvi-lo e coloquei as mãos no rosto dele. Fiquei alisando.
Manuela: Meu amor. Meu. Só meu. – Ele sorria, colocou uma mão na minha nuca, puxou a mesma e me deu um selinho.
Guilherme: To com fome.
Manuela: Geralmente sou eu que reclama disso.
Guilherme: Peguei essa mania de você. – Eu dei risada. – Vamos comer? – Eu assenti com a cabeça. 
Levantamos, dei uma olhada no espelho e eu estava horrível. Com o cabelo todo bagunçado. Peguei um pente que estava na comoda do Guilherme e penteei meu cabelo bem rapidinho. Guilherme colocou uma camiseta e nós descemos de mãos dadas. As meninas estavam almoçando na cozinha.
Jack: Vou tirar o prato de vocês. Querem tudo, né!? – Ela disse pra nós e nós concordamos com a cabeça.
Manuela: Poucos meses de convivência e você já me conhece.
Jack: Quando se trata de comida, eu decoro rápido os hábitos. – Ela tirou nossos pratos e nos serviu. Eu sentei do lado do Guilherme na mesa. 
Manuela: Bom tarde, meninas. – Elas responderam. A Flávia ainda não tinha chego da casa do Felipe.
Nós almoçamos, ficamos na mesa conversando. Eu não tinha nem percebido que eu continuava com a camiseta do Guilherme.
Helen entrou em casa e veio animada conversar com a gente. Isso era raro, mas acontecia. Ela deu um beijo no rosto de Guilherme e disse algo baixinho, só pra que ele escutasse. Nós ficamos só olhando.
Ela olhou estranho pra mim e eu não entendi nada.
Helen: Manu, que roupa é essa? – Eu gelei. Estava com a camiseta do Guilherme e só de calcinha. Merda! Eu não sabia o que falar. Eu travei. Gelei e não consegui pensar em nada que fosse bom o suficiente pra ela acreditar em mim. – Manu... – Ela me chamou de novo. 
Manuela: Foi mal, Helen. É...
Guilherme: É minha a camiseta. – Ele me cortou. Eu arregalei os olhos pra ele e ele sorria tranquilamente.
Helen: E por que a Manuela está vestindo a sua camiseta? – Ela perguntou com um tom de voz diferente. Mais brava.
Guilherme: Po, ontem um idiota derrubou bebida nela e sujou todo o vestido dela. – Ele fez uma pausa e me olhou. Depois voltou a olhar pra mãe. – Aí eu tirei a minha camiseta e dei pra ela. Acho que ela acabou dormindo com ela e tal... – Ele disse tranquilamente. Sem demonstrações de mentira.
Helen: Acho bom mesmo. – Ela pegou um prato de comida e subiu pro quarto.
Manuela: Eu quase tive um infarto.
Bruna: Achei que ela fosse descobrir.
Lua: Ta na hora dela saber já... – Lua disse entrando na cozinha com o pijama todo amassado.
Manuela: Lua, eu fui legal contigo. Aliás, eu tentei ser. Tu não curtiu? Ok! Eu entendo. Mas não se atreva a se meter nisso. Eu to falando sério. Vai sobrar pra você.
Lua: Fica tranquila, Manuzinha. Não é por mim que a Helen vai descobrir. – Ela sorriu ironicamente. Eu olhei pra Amanda e ela sorria também. Fiz uma cara brava pra ela.
Amanda: Não tenho nada a ver com isso. Não me mete essa. Eu não faria qualquer coisa que te prejudicasse.
O clima ficou chato depois disso e eu subi. Tomei um banho e me vesti. Flávia chegou e eu contei a ela tudo sobre a surpresa que o Guilherme fez pra mim.
Manuela: Tô mais apaixonada do que antes.
Flávia: Imagino, amiga. Pelo que tu me contou, foi maravilhoso.
Manuela: Eu não sou romântica e tal, você sabe. Mas isso me surpreendeu. Ele foi lindo comigo. Me deu um colar maravilhoso. – Eu mostrei a ela.
Flávia: Você estava com ele na festa. Não estava?
Manuela: Tava sim.
Flávia: Sabia que já tinha visto.
Manuela: E o Felipe?
Flávia: Ah, amiga, tem isso dele mudar, né!? Mas ta previsto só pra metade do ano. Tenho uns 3 meses com ele ainda.
Manuela: Não imagino vocês separados.
Flávia: Nem eu. – Ela disse meu triste.
Eu tratei logo de mudar de assunto. A tarde passou rapidinho porque nós ficamos estudando e fazendo lições que estavam acumuladas. 
Eu dormi cedo e no outro dia, acordei bem cedo. Tomei um ducha e desci pra tomar café. As meninas estavam chegando na cozinha.
Manuela: Bom dia.
Guilherme: Bom dia, amor. – Eu passei por ele e dei um selinho rápido. Helen estava em casa e isso não ia dar certo.
Nós tomamos café voando e fomos pra escola. Aquilo era monótono demais pra mim. Era um bando de gente fútil que não tinha o que fazer e por isso, ficavam falando da vida dos outros. Os assuntos da vez eram: "Bruna foi traída pelo Samuel". Tipo, eles nem tão juntos. "Flávia da pt e paga mico com medinho que o namorado a abandone". Ridículo.
"Manuela e Guilherme vão pra um sexo gostoso antes de aparecerem na festa do Gabriel". Isso era verdade, mas não gostei de estar na boca deles assim. "Manuela e Lua saem na porrada". Quem ouve, pensa que nós duas deixamos uma a outra toda deformada. Exagerados.
"Gabriel e Guilherme brigam pelo coração de Manuela. Será que Guilherme vai conseguir tê-lo pra sempre?". Por que eles tinham que se meter até nisso?
Aí tinha os comentários mais maldosos ainda. "Regina tentou, mas Guilherme resistiu". "Jack bateu uma punheta no meio do salão pro Henrique".
Era cada coisa que me irritava ainda mais. Nós fomos pras nossas salas e eu fiquei a cara emburrada nas primeiras aulas. O intervalo bateu e Guilherme foi comigo pegar lanche. A fila estava enorme e quando nós chegamos, começou o murmurinho.
Manuela: Posso te esperar lá fora? – Ele percebeu que eu não estava gostando da falação e assentiu com a cabeça. Eu andei até o pátio e fiquei esperando ele lá fora.
Gabriel me viu e começou a andar na minha direção. Pensei que aquilo não ia dar certo. Não se o Guilherme visse conversando com ele. Gabriel estava com a mochila dele na mão. Achei meio estranho.
Gabriel: Oi, Manu... – Ele sorriu e parou na minha frente.
Manuela: E aí, Biel. Tudo bem?
Gabriel: Ótimo. Melhorou um pouco agora.
Manuela: Ah... – Eu fiquei meio sem graça.
Gabriel: Vim te dar uma coisa que tu esqueceu de pegar no final da festa. – Eu estranhei. Ele abriu a mochila e me deu o porta retrato com a minha foto e a do Guilherme.
Eu fiquei encantada com a foto. Estava linda e apesar das diversas fotos que eu tirava com o Guilherme, nenhuma ia superar a beleza dessa. Eu sorri ao ver a foto.
Manuela: Obrigada. Realmente esquecemos de pegar. – Eu olhei pra ele e sorri.
Gabriel: Vocês estão lindos na foto. Formam um belo casal. – Ele disse meio triste. Cortou o meu coração.
Manuela: Obrigada.
Gabriel: Eu queria estar na foto com você. – Ele disse virando o porta retrato de frente pra ele e olhando a foto.
Manuela: Não faz isso com você mesmo, Biel. Não se tortura assim.
Gabriel: Quero conversar contigo depois. – Ele mudou o tom de voz.
Manuela: Sobre o que? – Perguntei curiosa.
Gabriel: Sobre tu ter me jogado pra Lua. Isso foi jogo sujo, Manu. Mas depois a gente se fala. – Ele olhou atrás de mim. – Seu namorado ta vindo aí. – Ele saiu de perto.
Guilherme estava com dois lanches na mão e me deu um.
Guilherme: O que ele queria?
Manuela: Nos entrar esse quadro. – Eu mostrei o quadro pra ele. Mordi um pedaço do meu lanche.
Guilherme: Ficou lindo.
Manuela: Posso ficar com ele?
Guilherme: Pode. Mas eu vou mandar revelar outa foto dela e por em outro quadro.
Manuela: Põe no teu quarto, viu, amor!? – Falei ironicamente. Ele segurou na minha cintura e riu.
Guilherme: Um dia nós vamos lotar a casa toda de fotos nossas e do nosso time de futebol.
Manuela: Time de futebol? – Estranhei.
Guilherme: É, po. Nossos filhos.
Manuela: Pirou? Uns dois ta ótimo.
Ele riu e nós continuamos comendo enquanto conversávamos. Flávia e Felipe sumiram e a Bruna apareceu com a Jack. Lua nos viu, mas não veio com a gente. Era melhor assim.
Eu estava cansada de ser legal com ela. Tentei. Isso ninguém pode negar, porque eu tentei. Mas agora chega. Chega de ser boazinha com quem não merece.
Logo a aula terminou e nós voltamos pra casa. Bruna tinha consulta no médico hoje e me pediu pra acompanha-la. Eu estava gostando da aproximação da Bruna. Ela precisava de ajuda e eu queria ajuda-la.
Fomos ao médico e ele demorou uma hora pra atendê-la. Odeio esperar.

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