terça-feira, 22 de dezembro de 2015

26
Manuela: Acho que não vai ser uma boa ideia. – Não pude disfarçar a não vontade de ir pra lá. Ver o pai dele não ia ser legal. Além de ser muito constrangedor.
Gabriel: Por que? – Ele estranhou.
Manuela: Seus pais vão estar lá?
Gabriel: Minha mãe está no clube e meu pai na empresa. Voltam tarde. Teremos tempo.
Manuela: Haha, não se iluda. – Eu disse brincando. – Então, pode ser.
Terminamos de almoçar e fomos pra casa dele. Realmente ninguém estava lá, pra minha sorte. Fomos pro quarto dele e eu fui direto pra cama dele. Estava com muito sono.
Manuela: Vou dormir, tchau. – Disse me aconchegando no travesseiro que estava em cima da cama. Gabriel sentou do meu lado e puxou o meu pé.
Gabriel: Ta brincando que veio pra cá pra dormir? – Ele falou meio bravo. Não resisti e comecei a rir.
Manuela: Acha que eu vim pra cá pra que?
Gabriel: Tinha esperanças de algo a mais. – Ele disse com um tom de voz engraçado e eu comecei a rir. Joguei um travesseiro na cara dele e ele pegou.
Manuela: Deita aqui, dorme e sonha. Sonha bastante. – Ele deitou na cama e ficou cara a cara comigo. – Não era pra levar tão ao pé da letra.
Gabriel: Te amo, Manu.
Manuela: Ei, ei, por favor... – Eu coloquei o dedo indicador nos lábios dele, impedindo-o de falar. Eu mordeu o meu dedo devagar.
Gabriel: Não vou falar mais nada. Prometo.
Manuela: Obrigada. – Eu sorri e coloquei uma mão no rosto dele. Comecei a fazer carinho e ele ficou me olhando. – Não posso mesmo dormir? – Disse quase fechando os olhos.
Gabriel: Tava brincando contigo. Pode sim.
Manuela: Oba. – Disse já com os olhos fechados. Deitei a cabeça no peito dele e ele levou a mão pro meu cabelo. Começou a fazer carinho. Eu cruzei as minhas pernas nas deles, porque o ar condicionado estava ligado e deu um pouquinho de frio.
Não levou muito tempo e eu dormi daquele jeitinho com ele. Acordei com a mãe dele entrando no quarto e chamando-o. Mas estava com tanta preguiça que nem abri os olhos.
Marisa: Gabriel... – Ela parou na porta quando me viu, pelo menos pareceu. Eu não abri os olhos pra conferir.
Gabriel: Xiiiiiiu, mãe. A Manu ta dormindo. – Ele disse me tirando dos braços dele e apoiando a minha cabeça em cima do travesseiro.
Ele se levantou da cama e foi em direção a mãe dele. Podia ouvir os passos. Eu ainda estava sonolenta, mas pude ouvir os dois conversando. Por mais baixo que eles tentassem falar.
Marisa: Seu pai vai surtar quando ver essa menina aqui, Gabriel. Ele te disse que você não devia mais vê-la.
Gabriel: E eu falei que não ia fazer isso. Ele sabe que eu gosto dela e que falta pouco pra ela aceitar a namorar comigo. Não vou desistir agora. Não sei porque ele pegou implicância com ela. A senhor viu como ela é incrível.
Marisa: Eu amei ela. Você sabe disso. Por mim, case-se com ela. Mas o problema é o seu pai. Ele disse que vai tirar o seu carro se você não parar de vê-la.
Gabriel: Que tire. Eu prefiro ficar sem o carro, do que sem a Manu. Mãe, agora eu vou voltar pra cama, tá!?
Marisa: E eu vou pro meu banho. Usem proteção, hein!? Não quero ser avó nessa idade.
Gabriel: Mãe! –Ele disse repreendendo-a. Depois que eles pararam de falar, senti o Gabriel deitando na cama e chegando mais perto de mim. Eu me movi porque não conseguia pegar no sono de novo. – Quer deitar aqui de novo? –Ele perguntou bem baixinho. Eu nem abri os olhos, só assenti com a cabeça e deitei no peito dele mais uma vez.
Dormi assim. Acordei e já estava escuro. Meu Deus, a Helen vai me matar se eu não parecer na boate. Gabriel ainda dormia. Eu acordei-o devagarzinho.
Manuela: Preciso ir. – Disse baixinho.
Gabriel: Sério? Fica aqui comigo hoje.
Manuela: Não dá, sério.
Gabriel: Por que? – Ele disse meio manhoso. Me deu uma vontade enorme de ficar ali com ele.
Manuela: Longa história. Vou pegar um taxi. Pode ficar aí deitadinho. – Dei um beijo na bochecha dele e ele segurou o meu braço.
Gabriel: Vou te prender pra tu ficar.
Manuela: Não posso, Biel.
Gabriel: Liga pra mãe do Guilherme e pede pra ele. Ou liga pra Flávia, ela te ajuda. Ou será que ela é tão bruxa má assim? – Ele riu ainda com os olhos fechados.
Manuela: Ela já passou desse nível. –Disse baixo. – Vou tentar falar com a Flávia. Me dá seu celular aí, esqueci o meu.
Gabriel: Ta em cima da cômoda, pega aí.
Peguei o celular dele e liguei pra Flávia. Ela ia inventar alguma coisa pra eu poder ficar com o Gabriel. Ótimo. Não estava nada afim de ir pra boate mesmo. Fora que eu era quem mais dava lucro, um dia de folga não ia me fazer mal.
Manuela: Ponto pra você. A Flávia vai me dar cobertura.
Gabriel: Que bom. Deita aqui, vai.
Manuela: To com fome.
Gabriel: Tu só pensa em comida?
Manuela: Ei! –Disse brava e ele riu.
Gabriel: Vou pegar fondue. Pode ser? –Ele disse se levantando da cama e abrindo a porta do quarto.
Manuela: Tem dúvidas ainda?
Gabriel: Já volto.
Eu fiquei no quarto dele sozinha. Não demorou muito e ele voltou com o fondue de chocolate e pedacinhos de morangos cortados.
Manuela: Engordei só de olhar. – Nós rimos. Ele botou tudo no chão e nós começamos a comer. – Isso ta muito gostoso.
Gabriel: Obrigado. – Ele disse com a boca toda suja de chocolate. Foi inevitável não rir.
Manuela: Me referia ao fondue, não a você. E ah, ta sujo aqui. –Apontei onde estava sujo nele.
Gabriel: Vem limpar.
Manuela: Que folga!
Gabriel: Vem logo.
Manuela: Ta. – Eu fui té ele e limpei o canto da boca que estava sujo. Eu sabia bem que aquela era uma desculpa pra me agarrar, mas me enganei. Ele me sujou no lugar disso. Dei risada. – Ei!
Gabriel: Minha vez de limpar. – Ele se aproximou de mim, eu fiquei encarando-o. Ele sorriu, parecia que ia limpar a sujeira com o dedo, mas ao invés disso, passou a língua.
Manuela: Que nojo! – Disse rindo. Ele não me deu muito tempo pra pensar. Seguro o meu queixo e me beijou.
No começo, eu queria impedi-lo, mas depois eu me deixei levar. Ele começou a beijar com carinho e com calma. Explorava a minha boca sem a menor pressa. Parecia que queria conhecer cada canto da minha boca.
Naquele momento, um turbilhão de pensamentos invadiram a minha mente. Continuar ou parar? E o Guilherme? Não seria justo com ele. Mas calma, ele também não pensou em mim. Ficou com a nojenta Regina e jogou isso na minha cara ainda. Por que eu não podia ficar com o Gabriel? Ele era incrível. Lindo, carinhoso e sempre fez de tudo por mim. Por que não?
Os pensamentos foram interrompidos quando o Gabriel foi, devagarzinho, me deitando no chão. Ele subiu em cima de mim e encaixou o corpo dele no meu. Eu podia sentir o coração acelerado dele. As mãos dele percorriam todo o meu corpo durante o beijo. Ele ainda me beijava com calma. Levei as mãos pro cabelo dele e fiz carinho no mesmo. Suspirei quando, ao percorrer as curvas do meu corpo, ele apertou a minha coxa. Eu sorri durante o beijo e mordi o lábio inferior dele devagar. Parei o beijo e ele ficou me olhando. Podia ver aquele sorriso lindo e os olhos me fitando.
Gabriel: Queria saber o que você está pensando agora. – Ele sorriu e me deu um selinho. Colocou uma mão no meu rosto e alisou. – Você é fascinante. Tudo em você é um mistério. Daqueles que os piratas são loucos pra descobrir. – Ele sorriu mais uma vez. – Seu rosto é lindo. – Ele alisou o meu rosto. – Tem um formato perfeito que faz todos nunca quererem parar de olhar pra ele. – Eu sorri e deixei-o continuar. – Sua pele... Ah, sua pele. – Ele tocou os meus ombros e foi deslizando a mão pelo meu braço. – Tão macia, tão convidativa. – Ele inclinou a cabeça e colocou a boca no meu pescoço. Dei um beijo no mesmo. – Teu cheiro me deixa louco. – Fazia carinho na costa dele a cada palavra que ele falava. Deixei-o continuar, sem interrompê-lo.
Ele deslizou a mão até a minha cintura, onde apertou e puxou-a um pouco pra cima. Encaixou o meu corpo no dele e depois, soltou a minha cintura. Ele deu beijos e chupões no meu pescoço. Eu fechei os olhos e me entreguei. Esqueci o resto das pessoas e dos meus pensamentos. Me deixei levar. Eu queria aquilo e a unica pessoa que me "impedia" de certo modo, arrumou outro alguém. Então, nada mais me impedia.
Eu segurei o queixo do Gabriel e ele me olhou. Abriu aquele sorriso incrível, eu aproximei a boca da dele e comecei a beijá-lo. Ele correspondeu o meu beijo e aumentou a velocidade do mesmo.
Beijávamos numa sintonia incrível. Ainda estávamos no chão, mas nesse momento, ele se ajoelhou e me puxou. Ele se levantou, ficou com o corpo inclinado ainda me beijando. Segurou na minha cintura e me pegou no colo. Eu cruzei as pernas na cintura dele e ele me segurou pela bunda.
Não paramos um segundo de nos beijar. Ele andou até a cama e devagar, me deitou sobre ela. Ele ficou me olhando, ainda de pé do lado da cama. Eu sorri e mordi o meu lábio inferior. Tirei a minha camiseta e pra provoca-lo, tirei bem devagar o meu sutiã.
Joguei o mesmo pra ele. Gabriel não tirou os olhos dos meus seios e logo subiu em cima de mim.
Gabriel: Sou maluco por você. – Ele colocou as mãos na minha cintura e foi subindo as mesmas até chegar nos meus seios. Ele apertou os mesmos e levou a boca até o biquinho de um deles. Ele chupou o mesmo, enquanto apertava o outro. Eu gemi baixinho, porque aquilo foi extremamente bom. Suspirei e puxei-o pela gola da camiseta dele. Ele veio em minha direção e ficou me olhando.
Eu comecei a desabotoar a camiseta dele, mas ele deu um puxão e fez com que todos os botões saíssem da camiseta. Eu soltei um riso, levei a mão pras costas dele e puxei-o pra mim.
Voltei a beija-lo, agora com ainda mais desejo. Ele começou a roçar o corpo em mim e me deixou louca. Eu já sentia um grande volume na calça dele quando ele roçava o pau dele por cima de toda a roupa que nós usávamos.
Eu resolvei tomar conta da situação. Virei-o na cama e subi em cima dele. Ele ficou todo empolgado. Me ajoelhei e abaixei o meu shorts. Tirei-o e joguei em algum canto no quarto do Gabriel. Sentei no colo dele e comecei a rebolar no mesmo. Ele sorriu e ficou olhando pros meus seios que se moviam, conforme eu rebolava. Eu peguei as mãos dele e levei pros mesmos. Ele apertava com vontade.
Eu fechei os olhos e fiquei ali, curtindo o momento. Senti ele tirar uma das mãos de um dos meus seios e alguns segundos depois, começou a alisar a minha buceta. Eu olhei maliciosamente pra ele. Eu gemi um pouquinho e rebolei ainda mais no pau dele
Inclinei o meu corpo e passei a língua nos lábios dele. Ele chupou a mesma e começou a me beijar. Brincou a minha língua enquanto alisava a minha buceta por cima da calcinha.
Ia rolar, isso é certo. Eu estava afim e ele mais ainda. Apesar de eu estar excitada e com muita vontade de ir até o fim, algo me impediu.
O pai dele girou a maçaneta da porta, mas por ela estar trancada, ele não conseguiu abrir. Então, ele disse: – Gabriel, você está aí!?.
Foi impossível não broxar. Quer dizer, fora a tensão de ele quase nos pegar transando, ou quase transando. Ele era o meu cliente. Isso me deixou totalmente desmotivada de continuar. Fiz uma cara emburrada pro Gabriel e ele me pareceu totalmente bravo com o pai dele. Sai de cima do Gabriel e ele colocou um travesseiro na cara dele, depois tirou e respondeu o pai.
Gabriel: Onde mais eu estaria?
Diogo: Quero conversar com você mais tarde. Quando puder, me chame.
Gabriel: Precisava me falar isso justo agora? – O pai do Gabriel não respondeu. Na verdade, ele pareceu nem mesmo estar mais ali. Gabriel olhou pra mim e fez uma carinha meio triste. – Sem clima pra continuar, né!? – Eu dei risada do jeitinho dele.
Manuela: É...
Gabriel: Droga! – Eu virou de bruços e afundou a cara no travesseiro.
Manuela: Não fica assim. – Eu subi em cima dele e fiquei deitava sobre ele.
Gabriel: Sabe que não vai me ajudar a desistir disso se continuar aí, né!? – Eu ri dele e coloquei uma mão no cabelo dele, comecei a fazer carinho.
Manuela: Ainda ta excitado? – Eu disse quase rindo.
Gabriel: Por que você acha que eu estou nessa posição?
Não aguentei e comecei a rir quando ele terminou de falar.
Gabriel: To sentindo seus seios, Manu. Isso não ajuda muito a minha imaginação. – Ele riu.
Manuela: Ei! – Eu disse repreendendo-o.
Gabriel: Acho que eu vou precisar de um banho pra broxar.
Manuela: Quero ver me tirar daqui. – Disse desafiando-o.
Gabriel: Ta me zuando? – Ele virou e me fez cair do outro lado da cama. – Foi mais fácil do que tirar bala de criança. – Ele olhou pros meus seios e mudou a expressão. – Sério, eu preciso de um banho. Talvez eu demore um pouco lá, tá!? – Eu caí na gargalhada.
Manuela: Bota num outdoor dizendo que vai bater punheta, Biel. – Disse enquanto ele caminhava até o banheiro.
Gabriel: Você podia ser mais legal e não me deixar ainda mais constrangido, né não!?
Manuela: Aí não seria eu! – Ele entrou no banheiro e deixou a porta aberta. Ouvi o barulho do chuveiro ligado e ele continuo conversando comigo. – Não vai nem fechar a porta pra bater punheta, Biel?
Gabriel: Manu! Não vou bater punheta. To tomando um banho frio pra desestimular a criatura em questão.
Manuela: Que jeito fofo de falar do teu pênis. – Dei risada. Eu levantei da cama e coloquei a minha camiseta, sem o sutiã mesmo. Me sentia mais livre assim.
Gabriel: Vou chamá-lo como?
Manuela: Amigo? Nicolau? Sei lá.
Gabriel: Nicolau? – Ele deu aquela gargalhada horrorosa dele. Não me controlei e morri de rir.
Manuela: Para de rir, Biel. Senão, eu não consigo parar também.
Gabriel: Alguém em sã consciência chama o próprio pau de Nicolau? Onde tu viu isso, Manu? – Ele disse ainda no chuveiro.
Manuela: Nunca vi, mas foi o primeiro nome que me veio a cabeça. E rima com pau.
Gabriel: Ótima lógica.
Manuela: Que demora! – Disse reclamando.
Gabriel: Para de reclamar. To quase acabando.
Manuela: Vamos logo. – Eu me levantei e fui até a porta do banheiro. Fiquei olhando ele tomando banho.
Gabriel: Vai mesmo ficar aí? Entra aqui de uma vez.
Manuela: Sonha! – Disse entrando no banheiro e indo na direção do espelho. Comecei a arrumar o meu cabelo e olhar minha pele enquanto o Gabriel tomava banho.
Gabriel: Se eu te disser que de uma escala de 0 a 10, minha vontade de te agarrar agora é 11, tu acredita!?
Manuela: Sim, mas vai ficar só na vontade mesmo.
Gabriel: Vou me vingar.
Manuela: Pago pra ver. – Dei risada e sentei na pia. O Gabriel abriu a porta do box e saiu de lá. Não se importou nem um pouco com a minha presença. Eu não pude deixar de olhar pro pau dele. Era grande, enorme. Mesmo mole, quer dizer, um pouquinho mole. – Vergonha pra que, né!?
Gabriel: Tu já sentiu mesmo, o que tem ver? – Ele disse pegando a toalha e se secando. Depois ele enrolou a toalha na cintura. Aí ele chegou perto de mim e ficou no meio das minhas pernas.
Manuela: Ta fazendo o que, posso saber?
Gabriel: Só te olhando. Nunca vou me cansar de fazer isso. – Ele sorriu, segurou o meu queixo e me deu um selinho demorado.
Manuela: Acho que eu vou pra casa agora. Ta tarde.
Gabriel: Fica aqui. Dorme comigo.
Manuela: Será que você vai me deixar só dormir mesmo? – Ergui uma sobrancelha e ele ficou me olhando sorrindo.
Gabriel: Só se tu quiser. – Ele riu.
Manuela: Eu quero.
Gabriel: Po, Manu. Assim tu corta meu barato. – Ele disse olhando pro espelho e ajeitando o cabelo. Eu passei a mão no mesmo e baguncei. – Ei!
Manuela: Que foi? – Olhei com cara de inocente pra ele.
Gabriel: Porque fez isso? Tinha acabado de arrumar.
Manuela: Fazer o que? – Contei me fazendo de desentendida.
Gabriel: Que falsa. – Eu começou a cutucar a minha barriga e eu comecei a rir sem parar. Pedi pra ele parar, mas não deu muito certo. Ele continuou e eu comecei a me debater. Ele ria e tentava segurar as minhas pernas enquanto me cutucava.
Manuela: Biel, vou te matar. – Ele prensou minhas pernas nas dele e parou de me cutucar. Ficou me encarando até que se aproximou de mim e me beijou. Eu correspondi. Beijei-o com tranquilidade. Alisei a nuca dele enquanto ele apertava a lateral do meu corpo. Parei o beijo com um selinho bem longo e ele ficou me encarando de novo. – Para de me olhar. – Tapei o rosto com as duas mãos.
Gabriel: Me obrigue.
Manuela: Vamos lá pro quarto, vai. – Desci da pia e nós fomos pro quarto. Eu me deitei na cama e ele pegou uma bermuda no guarda-roupas.
Gabriel: E aí, vai ficar aqui comigo?
Manuela: Sei não. Acho que vou arrumar encrenca ficando aqui.
Gabriel: A mãe do Guilherme é brava?
Manuela: Bastante.
Gabriel: Só um dia, po. Tu vai voltar viva amanhã pra lá, de boa.
Manuela: Será? – Disse rindo e ele fez uma careta.
Gabriel: Fica vai. – Ele deixou a toalha cair no chão e colocou a cueca. Depois colocou o shorts e deitou do meu lado na cama.
Manuela: Ta, eu fico. Mas nada de me agarrar no meio da noite.
Gabriel: Prometo me comportar.
Manuela: Acho bom mesmo.
A gente ficou conversando por um bom tempo. Nos beijávamos as vezes, mas só rolou beijo mesmo. Não tinha mais clima pra gente transar. Não hoje. Não com a possibilidade dos pais deles irem no quarto de novo. Joguei video game com ele até tarde e antes de dormir, tomei um banho e ele me emprestou uma camiseta dele pra eu dormir. Deitamos na cama e ficamos um do ladinho do outro. Estava meio friozinho e eu me encolhi na coberta.
Gabriel: Posso pedir uma coisa?
Manuela: O que?
Gabriel: Posso te abraçar? – Eu sorri ao ouvi-lo.
Manuela: Claro que pode. Vem cá. – Ele se aproximou um pouquinho de mim e me abraçou. A gente se beijou de novo e depois eu virei de costas. Ele me abraçou por trás. Sem malícia e sem más intenções.
Dormimos de conchinha. Acordei no outro dia e nós estávamos exatamente na mesma posição que dormimos. Eu virei devagarzinho e acordei-o com beijinhos na boca dele. Ele sorriu quando acordou e abriu os olhos devagarzinho.
Gabriel: Eu morri e um anjo veio me receber, é isso? – Eu dei risada e ele ficou me olhando.
Manuela: Muito pelo contrário. O anjo veio te avisar que se você não levantar agora, vai se atrasar pro colégio. Então, bora pro banho.
Gabriel: Ah, não! – Ele colocou o travesseiro na cara. 
Manuela: Anda, Biel. A gente vai se atrasar.
Gabriel: Temos mesmo que ir?
Manuela: Sim.
Gabriel: Fala sério. – Ele tirou o travesseiro do rosto e me olhou. – Mesmo? – Eu assenti com a cabeça e ele fez um carinha triste. – Ta, mãe! – Eu dei risada. Ele levantou da cama e foi direto pro banheiro.
Gabriel tomou um banho rápido e eu fui em seguida. Ele me emprestou uma camiseta do uniforme dele, que por sinal ficou gigantesca em mim. Coloquei minha calça jeans e dei um nó na camiseta pra ela não ficar tão grande assim.
Gabriel: Nossa, que sexy que tu ta com essa blusa. – Ele disse rindo.
Manuela: Muito obrigada! – Bati no ombro dele devagar.
Gabriel: Quer tomar café?
Manuela: Com os seus pais lá embaixo? Nem pensar.
Gabriel: É, também não acho uma boa ideia. A gente para numa padaria e paga alguma coisa correndo.
Manuela: Ótima ideia.
Descemos as escadas e passamos por onde os pais deles estavam tomando café. Por sorte, ele não parou. Só cumprimentou de longe os pais.
Gabriel: Bom dia, família!
Marisa: Bom dia, meu filho.
Diogo: Bom dia.
Manuela: Bom dia! – Disse meio envergonhada. Só a mãe do Gabriel me respondeu. Mas nós logo saímos de lá.
Fomos pro carro do Gabriel e ele parou em uma lanchonete no meio do caminho. Comemos voando e depois fomos pro colégio. Entramos de mãos dadas no mesmo. Todo mundo olho e começou a comentar. Eu podia sentir os olhares de todos e podia vê-los fofocando uns com os outros sobre Gabriel e eu. Fomos até a Flávia, que tinha trazido o meu material. Peguei o mesmo e fiquei num canto com o Gabriel.
Gabriel: 10 reais que eles tão falando que eu sou o cara mais sortudo do colégio.
Manuela: 500 reais que eles tão falando que eu sou uma piranha que acabou de terminar um namoro e já estou com outro. Ou, que eu chifrei o Guilherme, por isso terminamos. – Ele riu, encostou na parede e me puxou pela cintura. Cheguei bem pertinho dele. Ele ficou me olhando.
O sinal tocou justamente quando ele inclinou o rosto pra me beijar, atrapalhando tudo. Nós fomos pra sala e ele sentou do meu lado. A Flávia sentou na minha frente e me encheu de perguntas, como sempre.
Flávia: E aí, rolou?
Manuela: Sexo? Quase. – Nós falávamos baixinho pra ninguém nos ouvir.
Flávia: Depois me conta tudo.
Manuela: Você não vai me dar outra alternativa. – Ela riu baixinho e virou pra frente.
Prestei atenção na aula até o sinal do intervalo bater. Gabriel e eu fomos pra cantina. Compramos lanche e fomos com o pessoal. O Guilherme estava com a Regina do outro lado do colégio. Senti uma raiva enorme, misturado com um ciúmes que eu não devia estar sentindo. Me controlei e resolvi que ia falar com ele naquele momento. Com certeza, aquela piranha ainda não tinha nada. E eu ia dizer. Ah, como ia!
Manuela: Ei, fica aqui um pouquinho, tá!? Preciso falar com o Guilherme. – Disse pro Gabriel.
Gabriel: Não quer que eu vá com você?
Manuela: Melhor não.
Gabriel: Ta. Mas se precisar, só piscar que eu vou correndo pra lá.
Manuela: Obrigada. – Eu o abracei e ele me deu um beijo na testa. 
Fui andando na direção de Guilherme. Pude ouvir a Flávia dizendo pro Gabriel: – Ela foi atrás dele? E tu deixou? Isso vai dar merda.
Ignorei-a e continuei andando até ele. Regina estava fazendo carinho no rosto dele quando me viu e ficou pálida.
Regina: Ta fazendo o que aqui, garota? Vaza.
Manuela: Já contou a ele?
Regina: Não tenho nada pra contar pra ele. Por que agora, você não vai cuidar da sua vidinha? Vai lá com o Gabriel. Deixa a gente ser feliz.
Guilherme: Do que ela está falando? – Ele perguntou pra Regina. Ele me olhou friamente e depois voltou a olhar pra ela. Ele se levantou e ela levantou junto. Ficou agarrada no braço dele. 
Regina: Ela é maluca, fica inventando coisa e se metendo na vida dos outros.
Manuela: Inventando? Tu não contou mesmo, né!? É uma piranha de quinta categoria.
Guilherme: Ei, ei. Tu chega na maior marra aqui e ainda ofende a guria que ta comigo agora? Qual é a tua, Manu?
Regina: É, garota! Vaza daqui!
Manuela: Cala essa boca. – Disse pra Regina. Nessa hora, tinham muitas pessoas olhando o barraco. Todos concentrados no que falávamos. – Eu não vim aqui pra bater boca contigo. Vim aqui contar o que essa... "Sua" garota fez.
Guilherme: Manda aí, então.
Regina: Manuela, não se mete nisso. Você me paga.
Manuela: Olha, to morrendo de medo! – Dei um sorriso irônico pra ela e olhei diretamente pro Guilherme. – Ela te traiu. Sabe com quem? Com o Samuel.
Guilherme: Que? – Ele pareceu não acreditar. Não olhou pra Regina, não fez nada. Só perguntou aquilo. A Regina começou a chorar feito louca. Demorou uns 20 segundos pra ele ter alguma reação. E foi a reação mais inesperada de todos. – Sério, Manu? Jura que você se rebaixou a esse nível?
Manuela: Rebaixar? Quem se rebaixou foi ela, te traindo. Não eu.
Guilherme: Esperava coisa melhor de você, Manu. Namoral. Por que isso agora? Vai ser feliz, cara. Gente feliz não enche o saco. E quer saber de uma coisa? Eu não acredito em tu. – Ele abraçou a Regina e deu um beijo na cabeça dela, depois começou a fazer carinho. Eu engoli a seco quando vi aquela cena. O choro estava prestes a chegar, mas tentei me controlar. – O que tu quer? Me separar dela? Pra que? Tu já está em outra, por que eu também não posso? Transou com o Gabriel hoje, né!? Não sei isso pelo fato da escola toda estar sabendo, mas olha tua roupa. Ta na tua testa que transaram. Pra que vir até aqui e me encher de mentiras? O que tu ganha com isso? Quer o que? Quer dois nos teus pés? Desacredita disso, Manu. Eu não quero mais saber de você. – Doeu na minha alma ouvi-lo dizer aquilo tudo. Eu não aguentei e comecei a chorar. Eu não sabia o que dizer, como reagir. Essa não era uma especialidade minha, ele sabia disso.
Ele se aproveitou disso e continuou a falar coisas horríveis pra mim.
Guilherme: Some da minha vida, Manuela. Me deixa em paz. Eu não vou mais atrás de você. Eu cansei. Só tenho dúvidas ainda do motivo de tu ter inventado essa merda. A Regina ta me fazendo bem e tu quer estragar tudo. Pra que, Manuela? Pra que? – Nessa hora, a Regina olhou sorrindo pra mim e depois olhou triste pro Guilherme.
Regina: Eu não falei que ela é uma mentirosa? Ela fica se metendo na vida dos outros e além disso, inventa coisas que não são reais. Tudo pra nos separar. Ela quer te ver infeliz. Ela quer que você fique sozinho, livre pra ela.
Manuela: Cala essa boca. –Eu explodi quando ouvi a Regina. – Tu não presta garota. Tu é uma vagabunda. – Eu pulei em cima dela e comecei a batê-la. Puxei os cabelos dela e ela caiu ajoelha no chão. Eu bati na cara dela umas três vezes. Ouvia o Guilherme gritando comigo pra soltá-la, mas só soltei quando senti alguém abraçando a minha cintura e me puxando pra trás.
Gabriel: Para com isso, chega! – Ele me disse firme e não me soltou. Guilherme tirou a Regina do chão e a envolveu em um abraço.
Manuela: Sabe qual é a real, Guilherme? Tu merece ficar com ela. Merece comer o pão que o diabo amassou. – Meu Deus, por que eu disse isso? Ele não merece isso, não merece. – Merece sofrer na mão dessa vagabunda pra ver o que é bom. Vai, continua com ela. Continua. Seja corno. Chifrudo.
Regina: Ele ta acostumado. Você já tinha enfeitado a cabeça dele antes.
Manuela: Sua... – Eu fui pra cima dela de novo, mas o Gabriel me segurou e me impediu de avançar nela.
Gabriel: Chega de cena, Manu. Já deu por hoje. – Ele e a Flávia me tiram dali. Fomos pro banheiro feminino. Ninguém viu o Gabriel entrando e não teríamos problemas com isto.
Eu desabei, pisei no banheiro e comecei a chorar. Eu chorei feito criança. Mal conseguia respirar de tanto chorar e soluçar. A Bruna apareceu e junto com a Flávia e o Gabriel, tentou me consolar.
Flávia: Manu, para. Sério. Você sabia que isso não era da sua conta. Não sei porque foi se meter nisso. Para de chorar, Manu. Pelo amor de Deus. Chorar não vai resolver nada. – Eu estava apoiada com o braços na pia. E a cabeça pra baixo. Não olhei pra ela, nem pra nenhum dos três.
Bruna: Manu, não adianta chorar. Já era, passou. Se acalma. Não adianta ficar assim.
Gabriel: Ei... – Ele se aproximou de mim e puxou de leve meu braço. Eu ajeitei o meu corpo e fiquei cara a cara com ele. –Sei que não vai adiantar te pedi pra parar de chorar, mas tenta se controlar um pouquinho. Sei que tá doendo e não deve estar doendo pouco, mas o pior, já foi. Sei também que o que ele te disse, deve estar remoendo aí nessa sua cabecinha, mas não fica assim. Por mim, por nós. Por você mesma. Ele não merece isso. Tu se preocupou com ele, tentou avisa-lo e ele não aceitou tua ajuda. Paciência. Ele é um otário, Manu. Não te merece. – Eu fui parando aos pouquinhos de chorar conforme ele ia falando comigo. Respirei fundo pra não voltar a chorar e o abracei.
Ele me apertou no abraço e fez carinho na minha cabeça.
Gabriel: Ele não merece tuas lágrimas, Manu. – Ele afastou um pouquinho o rosto e me olhou. Enxugou as minhas lágrimas com os polegares e deu um beijo no meu rosto. – Tu fica linda sorrindo, então para de chorar e abro um sorriso pra mim. – Eu fiquei sem jeito ao ouvi-lo, dei um sorriso meio bobo. – Isso! É disso que eu to falando. Agora lava o rosto. A Flávia vai pegar um copo de água pra tu e tu vai se acalmar. Depois tu vai sair desse banheiro e mostrar que não liga pra ele. Entendeu, Manu? – Eu assenti com a cabeça. A Flávia buscou água pra mim e eu tomei. Ficamos os 5 minutos restantes do intervalo no banheiro.
Depois, saímos do mesmo. Eu saí abraçada com o Gabriel. Vi Guilherme abraçado com a Regina. Resolvi que ele merecia ver o que eu iria fazer naquele momento. Parei de andar quando cheguei na frente dele. Quer dizer, estávamos longe, mas eu estava exatamente na direção dele. Fiz o Gabriel parar na minha frente. Ele me olhou meio confuso, mas sorriu pra mim. Eu sorri em resposta, coloquei os braços em volta do pescoço dele, inclinei um pouco o rosto e aproximei o meu rosto do rosto do Gabriel. Fechei os olhos e colei meus lábios nos lábios dele. Comecei a beija-lo. Ele levou as mãos pra minha cintura e me puxou pra colar o corpo dele no meu. O beijo não foi muito longo, mas o suficiente pra quando eu parasse de olhar, o Guilherme estivesse olhando pra gente. Cruzei os dedos de uma das minhas mãos nos dedos do Gabriel. 
Gabriel: Me usando? – Ele disse curioso no meu ouvido. Eu olhei meio sem graça pra ele e ele riu. – Adorei. – Eu o abracei meio de lado. Ele deu um beijo na minha testa e nós fomos andando assim até a sala.
O resto da aula foi normal. Voltei pra casa com a Flávia e a Bruna. O resto voltou depois. Fazia algum tempo que eu não fazia questão nenhuma da presença do Guilherme. Depois de hoje, foi o ápice.
Eu senti um turbilhão de coisas quando ouvi-lo dizer aquelas coisas. Uma delas foi, com certeza, dúvida. Será que ele está tentando me esquecer e por isso, decidiu me dispensar daquela forma? 
Mas ao pensar isto, me vinha a ideia de que aquele não era o Guilherme. Não o meu Guilherme. Não o Guilherme que eu amava. O Guilherme que me protegia e que me amava. O Guilherme que fazia de tudo por mim. Eu simplesmente não conhecia o garoto que me "atacou" hoje. Não atacou fisicamente, mas com palavras. Eu preferia que ele tivesse me espancado, a me dizer aquelas coisas.
Eu fiquei o dia todo remoendo o que ele me disse. Minha mente ficava dando "replay" na cena umas bilhões de vezes. Eu tentei entender o lado dele, mas nenhuma explicação foi considerável. Ele nunca ia me tratar daquele jeito se ainda me amasse. Isso quer dizer que ele me esqueceu?
Meu estômago revirou só de cogitar essa ideia. Sim, eu sou uma idiota. Não devia estar me preocupando com ele, mas não consigo ser diferente. No meu coração ainda há sentimentos por ele.


Por mais legal, amoroso e carinhoso que o Gabriel seja. No meu coração ainda havia sentimentos pelo Guilherme. Sentimentos que foram quebrados, mas que ainda estava lá, prontos para serem colados.
Eu logo tratei de preencher a minha mente com outras coisas. Estudei e tive que arrumar uma boa desculpa pra Helen não arrancar meu pescoço fora por ter faltado ontem.
O resto da semana foi chato. Quer dizer, tirando as partes que eu ficava com o Gabriel. Ele me distraía e me fazia rir. O negócio entre a gente não estava firme, não ainda. E sinceramente, nem sei se vai ficar. Ele sabia dos meus sentimentos pelo Guilherme e sabia que ficar com ele, só seria para esquecer o Guilherme.
É claro que nós sempre nos pegávamos. Eu evitei ao máximo voltar a casa do Gabriel. Ele insistiu tanto na sexta, que eu acabei sedendo. Mas não rolou nada. Apesar dele ter tentado, mas a ideia do pai dele abrindo a porta e nos pegando transando, não era muito boa pra minha mente.
Os clientes na boate continuavam em alta. A barriga da Bruna estava começando a ficar saliente e em algumas roupas, era bem visível. Ela tentou evitar os vestidos colados, mas a Helen logo reclamou. Então, eu ajudava a Bruna usar uma cinta que devia deixá-la totalmente sem ar, mas disfarçava a barriguinha. Por sorte, logo a Helen ia viajar e a Bruna ia poder pensar no que fazer.
Era sábado e Gabriel quase me obrigou a ir na recepção da Isabela. Não sei nem porque decidi ir naquele lugar. Odiava ela e todos os outros do colégio. Não fazia a mínima questão de ir pra lá.
Estava no quarto com a Flávia. Nós estávamos nos arrumando.
Flávia: Posso fazer uma pergunta super imprópria?
Manuela: Se eu disser que não, você vai fazer do mesmo jeito. Pode falar. – Ela riu e continuo se maquiando.
Flávia: É bem imprópria mesmo. Mas to super curiosa. É sobre pênis.
Manuela: Ta zuando? Tem dúvidas sobre isso ainda? – Nós rimos e eu liguei a chapinha pra fazer uns cachos na ponta do meu cabelo.
Flávia: Ai, claro que não. Vou falar logo, vai. – Eu olhei pra ela e incentivei a falar. – O pau do Gabriel é do tamanho do tamanho do pau do pai dele?
Manuela: Amiga! – Eu olhei meio espantada pra ela. Quase queimei a mão na chapinha. Ela começou a rir e eu fiquei envergonhada com a pergunta.
Flávia: Ah, para de cerimônia, Manu.
Manuela: Não vou te dizer isso. – Continuei enrolando as pontas do meu cabelo e nem olhei pra ela.
Flávia: Você sabe que não vou te deixar em paz enquanto tu não me contar. – Ela terminou a maquiagem e entrou na minha frente no espelho.
Manuela: Ei, sai daí!
Flávia: Então me fala.
Manuela: Não vou falar. Me recuso.
Flávia: Manuela! – Ela disse brava.
Manuela: Ta legal! Que saco! É grande. Ambos são grandes.
Flávia: Grandes quanto?
Manuela: Já respondi sua pergunta, agora chega!
Flávia: Chata! – Ela riu.
Eu terminei de arrumar o meu cabelo. Fiz uma maquiagem bem simples, mas valorizei no rímel. O Gabriel logo chegou e deu um carona pra mim, pra Flávia, Bruna, Jack e pra Amanda.
Por sorte, não cabia mais ninguém no carro. Não seria nada agradável compartilhar o mesmo carro com a Lua e com o Guilherme. Nem imagino o jeito que eles deram pra ir. Mas logo que chegamos na casa da Isabela, eles chegaram também.
A casa da Isabela era enorme e muito bonita também. Ela era muito rica e isso não dava pra negar. Mas a nojenta fazia questão de lembrar a todos disso o tempo todo. Como se ela fosse melhor do que os outros por ter dinheiro. Babaca.
Flávia e eu passamos reto por ela. Não fiz a mínima questão de cumprimenta-la. Os outros, foram falar oi pra ela. Flávia foi comigo pegar bebidas. Ficamos sentadas em uma mesa esperando os outros chegaram.
Manuela: O Felipe vem, né!?
Flávia: Foi a maior guerra pra eu convencê-lo de vir, mas ele vem. Faltam poucos dias pra ele ir, temos que aproveitar cada minuto do tempo que temos juntos ainda. – Ela disse meio tristinha, depois deu um gole na bebida dela.
Gabriel, Jack, Bruna e Amanda apareceram e sentaram-se conosco. Gabriel sentou do meu lado e ficava me dando beijos a todo momento. Felipe logo chegou e a Flávia foi num cantinho com ele. A Jack fez o mesmo quando viu o Henrique chegar.
Bruna: Coisa linda ficar de vela. – Ela disse cruzando os braços.
Manuela: Vocês não estão de vela. – Eu fiz uma careta pra ela.
Amanda: Vou buscar algo pra comer. Vocês querem?
Manuela: Por favor. To morrendo de fome.
Bruna e Gabriel disseram juntos: – Só pensa em comida.
Manuela: Fofos!
Amanda: Já volto.
Bruna: Agora ferrou de vez. Deixa eu ir ali pegar meu castiçal.
Manuela: Cala a boca. – Dei risada e o Gabriel também.
Bruna: Ai. – Ela reclamou e colocou a mão na barriga.
Manuela: Tu ta bem?
Bruna: Foi só uma pontada na barriga. Uma dorzinha boba. Relaxa.
Manuela: Tem certeza?
Bruna: Tenho.
Manuela: Se estiver com muita dor, só me falar e a gente volta pra casa.
Bruna: To bem, Manu. Não se preocupa. Vou ao banheiro e já volto.
Manuela: Quer companhia?
Bruna: Não. Fica aí com o seu boy. – Ela sorriu e se levantou. Olhei-a indo até o banheiro.
Gabriel: É o bebê, né!? – Ele estava bem pertinho de mim.
Manuela: Tu já sabe?
Gabriel: Quem não sabe!? – Ele ergueu uma sobrancelha. – E outra, o Samuel me contou logo que ela engravidou e contou pra ele.
Manuela: Tu não faz ideia do quanto eu odeio esse moleque.
Gabriel: Imagino. Enfim, geral desconfia lá na escola. Mas agora, reparando bem, dependendo da posição que ela fica, da pra ver a barriga e confirmar.
Manuela: Eu nem consigo imaginar o que a Helen vai fazer quando descobrir da gravidez dela. Me da calafrios só de imaginar. – Ele pegou a minha mão e começou a brincar com os meus dedos.
Gabriel: Pensei que ela fosse legal. Ela ajuda vocês, da casa, comida e pa. Mas do jeito que tu fala, da até medo.
Manuela: É pra ter medo mesmo. Pra tu ter noção, tem "regras" lá. Não podemos sair depois do horário. Não podemos levar ninguém lá sem antes avisa-la. Ficar grávida e não se drogar, nem pensar. E a mais sagrada de todas, não se meter com o Guilherme.
Gabriel: A mãe dele não sabia do namoro de vocês então?
Manuela: Não. Ta louco? Não quero morrer. – Ele riu, mas não teve graça. Era trágico, não engraçado.
Gabriel: Não era o momento certo pra rir, né!? – Ele ficou sem graça e eu dei risada dele. Segurei o rosto dele e dei um selinho.
A Amanda voltou com um pratinho cheio de salgadinho que estavam divinos. Logo o DJ começou a animar a festa. Todos foram pro meio da pista dançar. Gabriel me puxou até lá pra dançarmos. Eu resolvi não beber muito pra não fazer bobagem hoje. O Gabriel era muito forte pra bebida. Bebeu um monte e estava totalmente bem ainda. Nós dançávamos e nos beijávamos o tempo todo. A Isabela parou a musica e começou a falar no microfone.
Isabela: Gente, gente! Quem aí quer jogar verdade ou desafio? – Um monte de gente levantou a mão. – Então bora pro meu quarto. Me sigam! – Ela dizia toda animada. Parecia estar muito bêbada.
Manuela: Me recuso a jogar esse negócio de novo. Sério. Eles só fazem isso nas festas, coisa chata.
Gabriel: Não to nada afim de jogar também.
Manuela: Que bom. Não ia te deixar ir mesmo. –Segurei o queixo dele e dei risada. Ele me deu um selinho demorado.
Vi a Bruna e a Amanda entrando na casa, deviam estar indo jogar. Eu realmente não estava afim de jogar. Fora que eles iam me desafiar a coisas que eu não iria querer fazer. Fiquei na mesa com o Gabriel. Ficamos conversando o tempo todo.
Tinham poucas pessoas onde nós estávamos. A Isabela mandou avisar que era pra levar roupa de banho, porque todos iam pular na piscina depois.
Manuela: Vamos entrar? – Disse olhando pra piscina.
Gabriel: Vamos. Tu já ta com biquíni?
Manuela: Não, mas eu trouxe ali. Vou rapidinho no banheiro me trocar e já volto.
Gabriel: To aqui te esperando. Pega protetor.
Manuela: Ta bom.
Peguei minha bolsa e fui até o banheiro. Tranquei o mesmo e tirei a minha roupa. Coloquei o biquíni. Ele era de franja e deu aquela valorizada nos meus peitos. Era fio dental também. Pegar marquinha com biquíni grande era horrível. Saí do banheiro e fui até o Gabriel que estava de costas pra mim.
Manuela: Ei. – Ele virou de frente e ficou alguns segundos olhando pro meu corpo.
Gabriel: Me diz que não é só ilusão de ótica. – Eu dei risada e me sentei na cadeira de piscina do lado dele.
Manuela: Sou bem real. Agora passa o protetor em mim, senão vou ficar parecendo um camarão. – Ele riu e pegou o protetor da minha mão. Eu virei de costas e ele começou a passar o protetor em mim. As mãos deles percorriam devagar o meu corpo conforme ele passava o protetor.
Manuela: Vou dormir se tu continuar a passar o protetor assim. – Dei um riso. Peguei o óculos na bolsa e coloquei o mesmo.
Gabriel: É meio desafiador passar o protetor em você. Minha imaginação é bem criativa e te olhar nessa ângulo, não ajuda nada.
Manuela: Se controla aí, Biel. – Eu ri dele e ele acabou de passar protetor em mim. Me virei de frente passei o protetor na parte da frente do meu corpo. Ele ficou me olhando e eu passei protetor no nariz dele.
Gabriel: Que chata. – Ele riu, aproximei o meu rosto do dele e ele me deu um selinho.
Manuela: Sou chata, é!? – Fiz charminho e ele ficou me encarando.
Gabriel: Nem um pouco. 
Nós ficamos um tempo tomando sol nas cadeiras e depois entramos na piscina. O jogo ainda tava rolando. Uma ou outra pessoa tinha saído de lá, mas a maioria ainda estava lá. A Flávia apareceu do nada com o Felipe e os dois entraram na piscina comigo e com o Biel.
Manuela: Não foi jogar, amiga?
Flávia: Eu não. Eles só fazem aqueles desafios idiotas.
Manuela: Assume que tu curtiu me pegar, vai. – Flávia, Gabriel e eu rimos. Felipe não achou muita graça.
Flávia: Tu manda bem. Essa não foi a parte ruim.
Gabriel: Não basta o bando de marmanjo que eu vou ter que afastar, agora tu também, Flá? – Ele disse zoando ela.
Flávia: Aposto que se eu quisesse ela, ela te largaria num piscar de olhos. – Ela disse rindo.
Manuela: Isso eu tenho que assumir. – Tentei não rir, mas foi impossível. Foi realmente engraçado.
Gabriel: Vai me trocar tão fácil assim, é? – Ele fingiu que estava bravo.
Manuela: Pela Flávia? Agora. – A Flávia tava do meu lado, eu abracei ela, coloquei a mão na boca dela e comecei a beijar a minha mão. Mas realmente parecia que eu estava beijando ela, de verdade. Felipe ficou emburrado e o Gabriel me puxou pra ele.
Gabriel: Ei!
Flávia: Devolve, ela é minha.
Nós ficamos conversando e zuando um bom tempo. Felipe levou de boa depois. Ele era muito ciumento, a Flávia também era. Mas ciúmes da melhor amiga da namorada, é um pouco de exagero.
Felipe deu a brilhante ideia de irmos pro jogo, já que não estávamos fazendo nada, só conversando.
Manuela: Me recuso.
Flávia: Amor, não to muito afim. – Ela disse dando um selinho nele.
Felipe: Ah, vamos, gente. Tem nada pra fazer aqui mesmo.
Gabriel: Se vocês quiserem ir só pra olhar, bora lá. O Samuel não vai obrigar vocês a jogarem, não comigo lá.
Manuela: Assim que eu gosto. – Abracei o Biel e o enchi de selinhos.
Nós saímos da piscina, eu me enxuguei na toalha. Os outros também. Gabriel colocou a bermuda seca que ele tinha trazido. Eu coloquei só o shorts e fiquei com a parte de cima do biquíni, a Flávia fez o mesmo. O Felipe trocou de roupa e depois nós fomos pro quarto da Isa, onde estava rolando o jogo.
Entramos e a galera voltou os olhares pra nós.
Gabriel: Samuka, vamo ficar aqui no canto, dando uma olhada no jogo. Bele?
Samuka: Suave, cara. Mas a Manuzinha vai ter que dar uma voltinha antes. – Ele me olhou dos pés a cabeça quando terminou de falar. – Gostosa!
Manuela: Vai se catar. – Mostrei o dedo do meio pra ele. 
Gabriel: Ela não vai rodar porra nenhuma. – Ele disse bravo.
Samuka: Tava só tirando onde contigo, mané. – Ele riu. – Bora continuar esse jogo.
Nós sentamos na cama da Isabela e ficamos olhando o jogo. Eu deitei a cabeça no colo do Gabriel, ele ficou fazendo carinho no meu cabelo.
Já tinham acontecido várias rodadas. O Samuka rodou a garrafa e caiu pra Regina perguntar e a Bruna responder.
Regina: O que tu quer?
Bruna: Desafio.
Regina: Mostra pra gente sua barriga de grávida. – Todo mundo que não sabia que ela estava grávida olhou meio surpreso. Quem já sabia, não ficou surpreso, mas ficou curioso pra também ver a barriga dela.
Bruna: Não vou fazer isso.
Regina: Então você assume que está grávida?
Bruna: Como se todo mundo já não soubesse.
Regina: Então mostra logo.
Bruna: Não.
Regina: Samuka, qual vai ser o castigo dela?
Samuka: Escolhe aí. Vou me meter não.
Regina: Não custa me ajudar, né, Samuel!? – Ela disse brava. – Tu vai ter que beijar o Samuel.
Bruna: Nem em sonhos. Ou melhor, pesadelos.
Isabela: Ela não vai fazer isso, Regina.
Regina: Vai sim. É um jogo. Ela decidiu participar, você também. O Samuel não quis me ajudar, agora que aguente.
Bruna: Não vou beija-lo.
Regina: Vai logo. – Ela berrou com a Bruna.
Bruna: Você não manda em mim.
Regina: Anda logo ou 
Bruna: Ou o que?
Regina: Quer apagar pra ver?
Bruna: To curiosíssima.
Guilherme: Da pra pagar, Rê? Ela não quer. Deixa, po.
Regina: Só porque tu pediu. – Ela deu um selinho nele. Virei o rosto pra não ver a cena.
Gabriel: Manu, posso jogar? – Achei muito fofo ele me pedir permissão. Como se fosse meu namorado, sabe!?
Manuela: Pode. Mas se beijar alguém, te mato.
Gabriel: Linda. – Ele disse rindo. – Vou entrar pro jogo. – Ele disse pro Samuka e sentou na roda do lado do Henrique. Felipe também foi pro jogo. Fiquei sentada com a Flá na cama.
O jogo continuou. Guilherme perguntava e o Henrique respondia. Henrique escolheu desafio. Guilherme o desafiou de beijar a Amanda. Ele beijou, apesar da Jack não ter gostado muito, mas beijou. Mais uma rodada, Isabela pergunta e Lua responde.
Lua: Quero desafio.
Isabela: Vai ter que chupar os seios da Amanda. – Ela disse rindo.
Lua: Qual seria o meu "castigo" se eu não fizesse isso?
Samuel: Ir até a cama da Isa, deitar sobre o Gabriel e beija-lo enquanto deixa-o excitado. – Ele olhou diretamente pra mim. Deu um sorrisinho cínico e piscou. Filho da puta. Ele fez pra me provocar. Idiota.
Lua: Isso não seria bem um castigo pra mim. – Ela disse sorrindo.
Gabriel: Po, Samuka... – Ele falou bravo.
Samuel: Não é um castigo pra você, Lua. É um castigo pra Manu, já que ela não quis dar a minha voltinha.
Manuela: Sabe esse dedo? – Eu mostrei o dedo do meio pra ele. – Pega e enfia no seu cu.
Samuel: Ui, ela ta bravinha! – Ele riu.
Manuela: Trouxa.
Samuel: Andem logo com isso que eu quero beber mais e dar uma fodidinha na minha gata aqui. – Ele deu um beijo rápido na Isa. Nojento. – Vocês duas aí, saiam da cama. Lua e Gabriel vão praí. – Ele disse pra mim e pra Flávia.
Flávia ficou me olhando e eu sai emburrada da cama. Ela veio atrás de mim. O Gabriel se levantou quando eu passei perto dele. Ele segurou o meu braço e me fez parar de frente pra ele.
Manuela: Me solta. – Disse muito brava.
Gabriel: Por que está brava comigo? A ideia não foi minha, Manu. Eu não vou fazer isso.
Samuka: E lá vai começar a DR do casal... Coisa chata. Ô, Manu, deixa o cara.
Manuela: Velho, se tu me encher mais uma vez, vai voltar sem pinto pra casa.
Samuka: Ui, ui... Morri de medo. – Ele disse com um sorriso na cara.
Regina: Para de ser frouxo, Gabriel. A Manuela manda em você agora?
Manuela: É, Gabriel... – Eu cruzei os braços e fiquei olhando pra ele. – Eu mando em você agora?
Gabriel: Não. Po, não é isso. Não é questão de mandar.
Samuka: Vai fazer logo essa porra ou não? Quero trepar logo. – Ele disse levantando junto com a Isa. – Vem ca, vai. Vamos nos pegar enquanto eles decidem.
Samuka e a Isabela foram até a cama dela. Ele deitou e ela foi por cima dela. Eles começaram a se pegar e pareciam que iam se engolir. Achei que a Bruna ia ficar mal, mas aparentemente, ela nem ligou. O Samuka pegava na bunda da Isa e ela rebolava no pau dele.
Regina: Da pra decidir o que tu vai fazer, Gabriel?
Gabriel: Desencana, não vou pegar a Lua.
Lua: Olha, tem alguém sendo cachorrinho aqui. – Ela disse meio irritada.
Samuka: Então vem pra cama e pega a Manu, Biel. Porra, deixa de ser frouxo, mano.
Gabriel: Topa? – Ele me olhou e abriu um sorriso. Eu assenti com a cabeça e ele me puxou até a cama.
Confesso que 40% do que me fez aceitar, foi pra provocar o Guilherme. 20% pra provocar a Lua e os 40% porque eu realmente tava afim de pegar o Gabriel.
Lua: Mas a porra do desafio é meu. – Ela disse alto.
Samuka: Depois a gente faz um desafio pra tu, Lua.
Eu estava me deitando na cama e o Gabriel começou a tirar a camiseta dele. Ele jogou-a no canto, foi quando a Lua surpreendeu a todos. Ela correu pra perto do Gabriel e não deu muito tempo pra ele pensar. Puxou-o e simplesmente o beijou. Eu não sabia o que fazer, fiquei olhando abismada para aquela cena. Todos ficaram. Até o Samuel e a Isa que estavam quase se engolindo, pararam pra ver o beijo. O Gabriel parou de beija-la alguns segundos depois.
Lua: Depois a minha pica. O desafio era meu. Minha vez, meu jogo. – Ela piscou pra mim e eu explodi. Levantei da cama correndo e fui pra cima dela. Derrubei-a no chão e comecei a bater nela.
Manuela: Qual é o teu problema, garota? Tu não vê que o Gabriel ta pouco se fudendo pra você? Não vê? Ele me quer. – Eu batia nela e ela tentava desviar. Gabriel me pegou pela cintura e me afastou dela.
Gabriel: Chega, Manu. Já bateu, chega.
Samuel: Por que pararam? Tava maneiro a briga. Pode continuar.
Samuel voltou a pegar a Isabela. Ela já estava com a saia levantada e as mãos dele já estavam dentro da calcinha dela. Ela soltou um gemido e todos olharam pra eles.
Jack: Eles vão mesmo transar aqui?
Samuel: Não. A gente vai terminar esse jogo chato e sem emoção, pra depois fazermos isso. – Ele riu e simplesmente tirou a Isa do colo dela. Jogou-a pro outro canto da cama e se levantou. O pau dele estava duro e qualquer um podia reparar. Ela ficou na cama com uma cara super emburrada.
Resolvi entrar pro jogo. A Flávia também. Torci muito pra que a garrafa me fizesse desafiar o Samuel. Aquele babaca ia ver o que é bom pra tosse. Se é que me entendem.
Entramos pro jogo e o Samuel rodou a garrafa. Henrique perguntava e a Amanda respondia.
Amanda: Desafio.
Henrique: Da um selinho na Manuela.
Manuela: Eita, mal cheguei no jogo...
Amanda: Pode ser, Manu? Se não quiser, tenho certeza que o Samuka tem uma brilhante ideia de castigo pra mim.
Samuel: To torcendo demais pra esse selinho rolar. – Ele riu e alisou o pau dele por cima da calça.
Manuela: Vai se tratar, velho. – Disse pra ele. – Ta de boa, Amanda. Um selinho não tem problema.
Amanda: Vem cá então. – Eu inclinei o corpo e fui engatinhando até ela. O Samuel gritou "gostosa" enquanto eu ia até a Amanda. Trouxa. Cheguei perto dela e ela sorriu. Fechei os olhos e senti as mãos dela no meu rosto. Ela me deu um selinho mais demorado do que eu imaginei que seria. Depois eu me ajoelhei e fui assim até o meu lugar. Gabriel pegou a minha mão e ficou alisando a mesma.
Mais uma vez giraram a garrafa. Samuel perguntava e eu respondia. Eu morri de vontade de perdi verdade, mas não sabia até que ponto aquele desgraçado sabia sobre mim, podia fazer alguma pergunta que me deixaria numa situação constrangedora, então eu pedi desafio. Pior besteira que eu fiz.
Samuel: Vai ter que pagar um boquete pra mim. Vou explodir de tesão. – Ele disse alisando o pau por cima da calça.
Gabriel: Tu surtou? Vei, nem nos teus sonhos ela vai fazer isso. Desencana.
Samuel: Ela entrou no jogo, tem que fazer.
Gabriel: Manu... – Ele me olhou meio triste e bravo ao mesmo tempo. Eu segurei o rosto dele e dei um selinho.
Manuela: Qual seria meu castigo? – Falei olhando pro Samuel.
Samuka: Que caralho, hein, Manuela!? Deixa de ser covarde. Vem me mostrar a putinha que tu realmente é. Me mama, caralho.
Gabriel: Tu quer apanhar, Samuel? Se quiser, é só pedir. Não precisa ficar falando essas porras pra minha namorada. Quer uma mamada? Pede pra Isabela ou pra qualquer outra garota. A Manu não vai te chupar. E se insistir nisso, vou te fazer não ter desejado nascer.
Samuel: Ih, o namoradinho estressou... Ta legal, po. Já que o Gabriel ta cantando de galo, agora tu vai curtir o castigo da tua namoradinha.
Manuela: Diz logo.
Samuka: Vai ter que sentar no colo do Guilherme e beija-lo. Matar as saudades do ex namorado um pouquinho. – Ele piscou pra mim e deu um sorriso irônico pro Gabriel.
Meu coração acelerou quando ele terminou de falar. O Guilherme não reagiu mal, pelo contrário, não fez nada. Só ficou me olhando. Me fitando. Parecia que meu coração ia sair da minha boca. Beija-lo seria o ápice pra eu voltar a sentir tudo que eu tinha conseguido esquecer. Tudo que ele pisou naquele dia dizendo aquelas coisas. Uma parte de mim se negava a isso e a outra parte só queria correr pros braços dele e beija-lo.
Resolvi entrar pro jogo. A Flávia também. Torci muito pra que a garrafa me fizesse desafiar o Samuel. Aquele babaca ia ver o que é bom pra tosse. Se é que me entendem.
Entramos pro jogo e o Samuel rodou a garrafa. Henrique perguntava e a Amanda respondia.
Amanda: Desafio.
Henrique: Da um selinho na Manuela.
Manuela: Eita, mal cheguei no jogo...
Amanda: Pode ser, Manu? Se não quiser, tenho certeza que o Samuka tem uma brilhante ideia de castigo pra mim.
Samuel: To torcendo demais pra esse selinho rolar. – Ele riu e alisou o pau dele por cima da calça.
Manuela: Vai se tratar, velho. – Disse pra ele. – Ta de boa, Amanda. Um selinho não tem problema.
Amanda: Vem cá então. – Eu inclinei o corpo e fui engatinhando até ela. O Samuel gritou "gostosa" enquanto eu ia até a Amanda. Trouxa. Cheguei perto dela e ela sorriu. Fechei os olhos e senti as mãos dela no meu rosto. Ela me deu um selinho mais demorado do que eu imaginei que seria. Depois eu me ajoelhei e fui assim até o meu lugar. Gabriel pegou a minha mão e ficou alisando a mesma.
Mais uma vez giraram a garrafa. Samuel perguntava e eu respondia. Eu morri de vontade de perdi verdade, mas não sabia até que ponto aquele desgraçado sabia sobre mim, podia fazer alguma pergunta que me deixaria numa situação constrangedora, então eu pedi desafio. Pior besteira que eu fiz.
Samuel: Vai ter que pagar um boquete pra mim. Vou explodir de tesão. – Ele disse alisando o pau por cima da calça.
Gabriel: Tu surtou? Vei, nem nos teus sonhos ela vai fazer isso. Desencana.
Samuel: Ela entrou no jogo, tem que fazer.
Gabriel: Manu... – Ele me olhou meio triste e bravo ao mesmo tempo. Eu segurei o rosto dele e dei um selinho.
Manuela: Qual seria meu castigo? – Falei olhando pro Samuel.
Samuka: Que caralho, hein, Manuela!? Deixa de ser covarde. Vem me mostrar a putinha que tu realmente é. Me mama, caralho.
Gabriel: Tu quer apanhar, Samuel? Se quiser, é só pedir. Não precisa ficar falando essas porras pra minha namorada. Quer uma mamada? Pede pra Isabela ou pra qualquer outra garota. A Manu não vai te chupar. E se insistir nisso, vou te fazer não ter desejado nascer.
Samuel: Ih, o namoradinho estressou... Ta legal, po. Já que o Gabriel ta cantando de galo, agora tu vai curtir o castigo da tua namoradinha.
Manuela: Diz logo.
Samuka: Vai ter que sentar no colo do Guilherme e beija-lo. Matar as saudades do ex namorado um pouquinho. – Ele piscou pra mim e deu um sorriso irônico pro Gabriel.
Meu coração acelerou quando ele terminou de falar. O Guilherme não reagiu mal, pelo contrário, não fez nada. Só ficou me olhando. Me fitando. Parecia que meu coração ia sair da minha boca. Beija-lo seria o ápice pra eu voltar a sentir tudo que eu tinha conseguido esquecer. Tudo que ele pisou naquele dia dizendo aquelas coisas. Uma parte de mim se negava a isso e a outra parte só queria correr pros braços dele e beija-lo.
Manuela: Não vou fazer isso. – Tomei coragem e meu lado sensato, tomou conta de mim. 
Samuka: Quer me chupar então? Vem de boca, cachorra.
Manuela: Vai se fuder.
Gabriel: Ela não vai fazer nada disso.
Samuka: Vou dar mais uma chance. Depois disso, vocês saem do jogo e da nossa classe de amigos. Inclusive tu, Gabriel.
Manuela: A gente super faz questão da sua amizade. – Fui irônica, muito irônica.
Gabriel: Que merda tu vai inventar agora, Samuka?
Samuka: Manu vai ter que ficar trancada no banheiro com o Guilherme...
Gabriel: Mas que porra, não!? Vai se foder, Samuka. Puta que pariu.
Samuka: Calma, calma, meu amigo! Os dois vão só ficar trancados lá.
Guilherme: Por que me envolver isso?
Manuela: Ele quer ver o circo pegar fogo, babaca.
Regina: Samuel, eu não vou deixar o Guilherme ir pro banheiro com essa...
Manuela: Essa o que? – Interrompi-a. – Cala a boca que a piranha aqui é você.
Guilherme: Manuela, não começa.
Manuela: Eu? Foi ela, não eu.
Gabriel: Chega, vamos embora. – Ele disse se levantando.
Samuka: Se sair desse quarto, Gabriel, nem precisa mais procurar qualquer um dos teus "amigos".
Gabriel: Amigo não ia fazer um negócio desses.
Henrique: Po, Gabriel, para, véi. – Ele virou e olhou pro Henrique. – Para com isso. A Manu vai ficar duas horas só lá. Eles não precisam se pegar e nem vão. Cada um ta em outra vibe agora. Relaxa, po. Ela ta contigo. Cadê aquele meu amigo confiante e seguro de si? Deixa de bobeira. Confia na tua mina, meu parça. – Gabriel me olhou meio diferente. Sentou de novo na roda.
Gabriel: O Henrique tem razão, po. – Ele segurou as minhas mãos. Aproximou o rosto do meu e colocou a boca na minha orelha, cochichou: – Eu confio em você. Sei que não temos nada, não ainda. Faz o que teu coração mandar fazer. Eu vou continuar aqui, esperando por você. O tempo que for. – Ele terminou de falar e deu um beijo na minha testa.
Regina: Guilherme, tu não vai lá com essa garota.
Samuel: Quem manda sou eu, Regina. Cala a boca, antes que eu cale.
Guilherme: Não posso mesmo me negar?
Samuel: Para de ser frouxo. Não consegue ficar duas horinhas no mesmo lugar que a tua ex? Vocês vivem na mesma casa, para de frescura.
Manuela: Juro que to quase pulando no teu pescoço e te matando, idiota. – Falei pro Samuka.
Samuka: Vão logo. O jogo tem que continuar.
Eu dei um selinho no Gabriel e me levantei. Vi o Guilherme dando um selinho na Regina e ela puxando-o para um beijo super forçado. Depois ele se levantou. Samuel veio atrás da gente. Andamos até o banheiro e entramos no mesmo.
Samuka: Bons momentos pra vocês. Divirtam-se.
Manuela: Se fode, otário! – Mostrei o dedo do meio pra ele e ele trancou a porta dando uma risada totalmente irritante.
Eu não sabia o que fazer e nem o que falar. Apoiei na parede e fiquei olhando pra cima, como se estivesse sozinha ali. Ele fez o mesmo, só que no outro lado da parede e na minha diagonal. Depois de uns cinco minutos de silêncio, ele quebrou o gelo.
Guilherme: Foi fácil!? – Ele disse e me olhou. Eu olhei diretamente pra ele.
Manuela: Ta falando do que?
Guilherme: Me trocar... Foi fácil pra tu?
Manuela: Olha, não vamos forçar a barra, ta!? Não precisamos conversar e nem nos olhar. Eu viro pra um canto e tu pro outro. Duas horas passam voando.
Guilherme: Preciso saber.
Manuela: Pra que? Nada do que eu disser vai mudar a ideia de que eu sou uma mentirosa que quer dois garotos no meu pé, né!?
Guilherme: Tu não muda nunca. O rancor ta aí, igualzinho antes.
Manuela: Quer chegar aonde com isso?
Guilherme: Me responde.
Manuela: Não. Não foi fácil. Não está sendo fácil, na verdade. Satisfeito? Agora não me enche mais. Fica quieto e finge que eu não estou aqui.
Ele realmente se calou depois que eu o respondi. Foram alguns minutos em silêncio. Eu tentava olhar pra todos os cantos, menos pra ele. Foi difícil, minha vontade era de agarra-lo ali mesmo. Mas eu não podia magoar o Gabriel. Eu sei que não assumi nada sério com ele, mas imagino no lugar dele, não ia querer isso pra mim também. Ele me fazia bem e eu não podia decepciona-lo desse jeito. E fora que, o Guilherme não merecia isso. Ele pisou em mim e me humilhou. Se um dia ainda me quiser, vai ter que ralar muito pra conseguir. Muito.
Ele se levantou e ficou andando de um lado pro outro. Estava começando a me irritar. Merda! Eu senti uma vontade enorme de fazer xixi. Justo agora? Que merda!
Manuela: Preciso fazer xixi.
Guilherme: Faça, ué.
Manuela: Com você aí? Não vou conseguir.
Guilherme: Vou olhar pra porta, tenta aí.
Manuela: Ta. – Ele se virou e eu tirei o shorts e calcinha. Tentei fazer xixi, mas não consegui fazer. Normalmente, eu não ligava pra se tivesse alguém no banheiro comigo ou não, mas agora eu travei. Não saia de jeito nenhum.
Guilherme: Acabou?
Manuela: Não consigo.
Guilherme: Vou ligar a torneira pra ver se vai. – Ele veio de costas até a pia e abriu a torneira. Consegui urina. Me limpei, subi a roupa e dei descargar.
Manuela: Obrigada. – Fui até a pia e lavei a minha mão. Levei um susto enorme quando terminei de secar as mãos e o Guilherme segurou uma delas. Eu olhei fixamente pra mão dele segurando a minha e depois olhei pra ele. – Me solta.
Guilherme: Não posso... – Ele me olhou. Eu engoli a seco e tentei me soltar, mas ele estava segurando forte.
Manuela: Por favor, Guilherme...
Guilherme: Por que, Manuela? Por que não me esperou? Eu pensei que você me amasse. – E novamente eu senti meu coração na boca. Por que ele tinha que falar aquilo agora? Eu tinha desacreditado do amor dele. Ele estava com a Regina. Pra que me confundir de novo?
Manuela: Para, Guilherme. Não faz isso comigo, por favor.
Guilherme: Você me ama ainda, né!? – Ele sorriu e colocou a mão no meu rosto. Alisou o mesmo. Eu fechei os olhos e fiquei sentindo o carinho dele. – Eu sei que você me ama. Teu corpo está me dizendo isso. – Ele deslizou a mão do meu rosto pro meu pescoço, alisou o mesmo e depois passou a mão no meu ombro.

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