quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

10
Manuela: Muito. – Falei ironicamente e Guilherme fez uma cara de "hã", aí eu sorri e disfarcei. – Parabéns, Gui.
Guilherme: Valeu, Manu. – Ele sorriu e deu um beijo no meu rosto.
A aula passou meio devagar e depois nós fomos pra casa. Meu plano de me tornar a Puta Profissional estava meio de lado com todos os acontecimentos anteriores. Mas eu daria mais importância pra isso.
Eu já tinha mais clientes que as meninas. Isso era ótimo. Fazia o máximo de programa que eu conseguia por dia. As meninas começaram a não gostar disso. Bruna e Lua principalmente. Elas viviam reclamando da minha quantia de clientes pra Helen. Dizia que era injusto e que Helen deveria passar os clientes pra elas. Helen respondia sempre que os clientes escolhiam a garota que quisessem e elas ficavam mais irritadas.
Eu entrei pra todos os grupos de dança possíveis da escola pra me ajudar nas performances na boate. Tudo que me ajudasse, seria bem vindo.
Hoje na boate, eu fiz o show de abertura. Caprichei. Fiz pole dance e os homens juntaram-se na frente do palco pra me olhar. Foi melhor do que eu esperava. Eu vestia um corpete e uma meia arrastão. Um batom vermelhíssimo e um salto perfeito. Os homens encostavam em mim conforme eu dançava perto deles. Colocavam dinheiro na meia. Eu fui lentamente tirando o corpete e eles babavam. Me chamavam de gostosa o tempo todo. Tirei a meia e joguei pra eles. Dois homens se estapearam pra ficar com a meia. O corpete eu só ameacei, mas não tirei. 
Saí do palco e fui pro camarim. Helen me chamou pra um programa e chamou a Flávia também.
Helen: Manuela e Flávia, mesa 17.
Manuela: Nós duas?
Helen: Sem perguntas. Andem logo. E tu tem 20 programas pra hoje, Manuela. Não enrola com esse.
Manuela: 20? – Perguntei meio assustada.
Helen: Que foi? Quer que eu passe pras outras?
Manuela: Nã-não. – Eu me apressei. – Não precisa.
Helen: Vamos! – Ela gritou e Flávia e eu saímos do camarim. 
Fomos até a mesa 17 e tinha um cara loiro, com barba. Aparentava ter uns 30 anos.
Flávia: Que gato! – Flávia sussurrou e eu assenti coma cabeça. Dei um sorriso pra ela. Ela riu e nós nos aproximamos dele. Apoiamos os braços na mesa e ficamos inclinadas, ou melhor falando, de "quatro".
Flávia: Podemos ajuda-lo? – Ele virou-se. Estava com um copo de whisky na mão e soltou assim que nos viu.
Manuela: Boa noite! – Eu disse e sorri maliciosamente pra ele. Mordi o meu lábio inferior.
Bernardo: Boa noite, senhoritas!
Flávia: Nos chamou aqui pra escolher uma de nós?
Bernardo: Que? – Ele olhou bem pros nossos seios e pras nossas coxas. Deu um riso ao ouvir a Flávia e falou com a voz rouca. – Sua cafetina não avisou que eu vou querer um programa com as duas? – Ele nos olhou com um sorriso safado no rosto.
Flávia me olhou meio assustada. Eu nunca tinha feito um programa com outra garota. E pela expressão dela, ela também não. Mas eu não me "assustei". Ser profissional é isso. É aceitar tudo o que a vida propõe.
Flávia: O que? Não. Eu não... – Ela ficou assustada e não sabia o que dizer.
Bernardo: Eu paguei bem e a chefe ali disse que não teriam problemas.
Manuela: E não terão. – Puxei a Flávia pelo braço e disse em tom baixo, pra que só ela conseguisse me ouvir: – A Helen vai ter matar se tu recusar. Não faz escândalo. Ela assentiu com a cabeça. – Vamos pro quarto? – Direcionei a pergunta pro homem.
Bernardo: Mal posso esperar por isso. – Ele sorriu. 
Levantou-se e colocou os braços em volta da minha cintura. Olhou pra Flávia e também a puxou pela cintura. Nós três andamos pelo corredor até chegarmos no quarto. Entramos e ele fechou a porta com os pés. Jogou a Flávia na cama e me virou de frente pra ele.
Bernardo: Gostosa! – Eu sorri em resposta e ele me beijou. Um beijo quente e com desejo. Ele levou a mão pra minha bunda e apertou com certa força. Eu comecei a desabotoar a camiseta dele e ele me deu uma ajuda. Tirei a camiseta dele e apertava seu abdômen enquanto ele me beijava. Ele finalizou o beijo e olhou pra Flávia. – Ta esperando o que? Tira a roupa!
Ela me olhava com o mesmo medo de antes. Eu olhei pra ela e fiz um gesto com a cabeça, incentivando-a a seguir a ordem dele. Ela foi tirando devagar a roupa. Ele não tirou os olhos dela um minuto. Ela ficou só de calcinha.
Bernardo: Sua amiga é burra ou surda? – A pergunta foi feita pra mim, mas ele não virou o rosto pra mim. Continuava a olhar pro corpo da Flávia.
Ele aproximou-se da cama e segurou nos pés da Flávia, puxou-a pra perto dele. Eu fui pra trás dele e abracei-o pela cintura. Comecei a beijar todo o corpo dele. Alisava as costas e vez ou outra, dava leves apertões em seu pau, por cima da calça. O homem fez Flávia ficar sentada em sua frente e levou as mãos pros seios dela. Apertava e chamava dela de cachorra. Ela estava começando a entrar no clima. Colocou as mãos na nuca dele e arranhava. Eu sorri maliciosamente e pisquei pra ela. Ele a deitou na cama e inclinou o corpo. Chupou os seios dela enquanto alisava a buceta de Flávia com os dedos por cima da calcinha. Parecia estar fazendo um bom trabalho, porque Flávia gemia muito. Ou isso ou ela fingia maravilhosamente bem. Eu abaixei-me do lado dele na cama e virada de frente pra ele. Comecei a abrir o zíper da calça dele. Abaixei-a e ele virou meio de ladinho. Tirei o pau dele da cueca e comecei a masturba-lo. Ele inclinou a cabeça pra trás quando eu comecei a punheta. Eu sorri e cuspi no pau dele. Passei a língua na cabecinha do pau e não parei de masturba-lo. Comecei a chupa-lo com vontade. Ele soltava um gemidos roucos. Ele me levantou e me beijou.
Bernardo: Quero as duas me chupando. – Eu assenti com a cabeça e ele se sentou na cama.
Eu fiquei de um lado e Flávia do outro. Segurei o pau dele e comecei a passar a língua no pau dele.
Eu fiquei de um lado e Flávia do outro. Segurei o pau dele e comecei a dar linguadas. Flávia segurou o pau dele e começou a masturba-lo. Ele colocou as mãos nos nossos cabelos e puxava com um pouquinho de força. Nada que causasse uma dor enorme. Flávia passou a língua por todo o pau dele e ele gemeu. Nós rimos baixinho e começamos a lamber ao mesmo tempo. Ela enviou todo o pau dele na boca e eu chupei as bolas. Depois nós voltamos a passar a língua por toda a extensão do pau dele.
Bernardo: Se beijem, vadias. Se beijem. – Ele estava muito excitado. Flávia olhou pra mim meio constrangida e eu ri. Segurei a nuca dela e a beijei. Brinquei com a língua dela e nós parávamos o beijo pra passar a língua no pau dele, depois voltávamos a nos beijar. O cara levou a mão pra minha bunda e ia apertando cada vez que eu a Flávia chupávamos o pau dele. Ele tirou o meu corpete e ficou massageando meus seios. Eu gemia.
Flávia chupou o pau dele da cabeça, até o talo. Eu levantei e fiquei de frente pra ele. Ele me segurou e começou a passar a língua na minha buceta. Eu senti minhas pernas ficarem bambas. Mas ele estava me segurando com força. Ele enfiou dois dedos na minha buceta e eu apertei um de meus seios com força. Ele me jogou na cama e Flávia parou de chupá-lo. Ele segurou o pau dele e foi metendo devagarzinho na minha buceta. Começou a fazer um vai e vem rápido e delicioso (confesso). 
Bernardo: Faz alguma coisa, garota. – Ele falou meio bravo com a Flávia. Flávia me olhou com a cara de "Socorro, amiga. O que eu faço?" Eu sorri e a puxei. – Chupa os peitos dela. Vamos, anda. Ela ficou meio envergonhada, mas inclinou o corpo e colocou as mãos em um dos meus seios. Eu olhei pra ela e incentivei-a.
Ela colocou a língua no meu seio e começou a chupá-lo. O cara pegou a mão livre dela e colocou na minha buceta. Começou a estimular o meu clitóris e eu gemi alto. Flávia continuou sozinha a me masturbar. Aquilo era bom. Ela me tocava rápido e com força, o que tornava ainda melhor.
Eu segurei na nuca dela e puxei-a, fazendo com que ela me olhasse. Eu mordi meu lábio inferior e ela riu, depois me beijou. O cara aumentou a velocidade do vai e vem e fui pra nuvens. Ele fodia extremamente bem. Colocou as mãos na minha cintura e fez com que o pau dele entrasse mais fundo.
Bernardo: Fica de quatro. – Ele disse pra mim. Eu ainda estava beijando a Flávia, mas parei assim que ouvi. Eu virei-me de quatro e ele apertou a minha bunda. Depois bateu com força – Vagabunda gostosa.
Ele mirou o pau pro meu cu e começou a meter. Eu mordi meu lábio inferior com força, porque deu aquela dorzinha. Flávia ajoelhou-se e beijou o cara. Ele tirou a calcinha dela e falou:
Bernardo: Vai lá na frente da sua amiguinha pra ela te chupar. Vai. – Ela assentiu e veio na minha frente.
Eu segurei as pernas dela e puxei-a pra mais perto do meu rosto. Chupei o meu dedo passei na buceta dela e ela gemeu. Eu sorri e comecei a lamber toda a buceta dela. O cara metia no meu cu enquanto eu chupava a Flávia.
A Flávia gemia e eu enfiei um dedo na buceta dela. Continuei a chupa-la. O cara tirou o pau do meu cu e começou a se masturbar. Sentou-se na cama e falou:
Bernardo: Quero ver as duas se chupando.
Nós nos ajeitamos na cama e Flávia ficou em cima de mim. Eu abri a perna e ela fez o mesmo. Voltei a passar a língua na buceta dela e eu soltei um gemido quando senti a lingua quente dela na minha buceta. Eu esfreguei com força os dedos no clitóris dela e ela gemia bem alto. Flávia enfiou a língua na minha buceta. Aquilo estava bom. Eu nunca pensei que ia gostar de transar com uma garota. O cara veio atrás de Flávia e meteu na buceta dela. Eu continuei chupando-a e passava a língua no pau dele quando ele tirava o pau pra estocar com força na Flávia. Ela logo gozou. O cara estava louco de tesão. Me fez ficar parar em sua frente e mamou um dos meus peitos, enquanto apertava o outro.
Ele tirou o pau da buceta de Flávia e nos deitou na cama. Ajoelhou-se perto dos nossos rostos e se masturbou com força. Finalmente ele gozou. Eu ainda não tinha gozado. O cara me chupou divinamente e fez Flávia me chupar junto com ele. Aquilo foi extraordinariamente bom. Eu gozei muito e estava com a respiração muito ofegante. Ele nos beijou e foi pro chuveiro.
Nós duas estávamos exaustas, mas tinha valido a pena. O cara era bom. Flávia e eu estávamos estiradas na cama. Ela me olhou e riu.
Flávia: Amiga, tu tem certeza que só tinha transado com um cara antes de ser garota de programa? – Ela riu e eu ri em seguida.
Manuela: Boba!
Flávia: Tu é boa pra caralho. Agora entendo a fila pra fazer programa com você!
Manuela: Cachorra. – Eu dei risada e subi em cima dela. Ela ria e me encarou. – Ta olhando o que?
Flávia: Como tu é gata.
Manuela: Ih, apaixonou? – Nós rimos alto.
Flávia: Será que tenho chances? – Ela fez um biquinho e eu dei um selinho nela. Foi impulsivo. Mas ela não achou ruim. – O que foi isso? – Eu ia responder, mas não deu tempo. Ela segurou na minha nuca, fez meu rosto aproximar do dela e me beijou. Me pegou de surpresa, porque eu realmente não esperava. Foi bom e eu não me esquivei. Estávamos no clima e estávamos sendo pagas pra isso. Ela envolveu minha língua na dela e eu chupei a língua dela. O cara saiu do banho e pegou a gente se beijando.
Bernardo: Vocês são cachorras mesmo, né!? Gostosas. Eu ficaria a vida toda fodendo com vocês. – Paramos de nos beijar assim que ele começou a falar. Eu saí do colo da Flávia e comecei a me vestir. Ela fez o mesmo.
Manuela: Paga pra isso que a gente pensa no caso. – Eu pisquei pra ele. Dei um selinho nele e saí do quarto junto com a Flávia.
Flávia: Amiga, você é demais. – Nós rimos e voltamos pro camarim.
Helen estava parada na porta, com uma expressão nada boa.
Helen: 20 clientes, Manuela. Vinte. E tu demora tudo isso com apenas um? Vou descontar de você o meu prejuízo se tu não atender todos eles.
Manuela: A buceta é minha. Não se mete. – As meninas me olharam apavoradas quando me ouviram. Eu não tinha medo da Helen.
Helen: Como é que é, garota? – Eu percebi que tinha falado merda quando ela me respondeu. Droga!
Manuela: Desculpa, Helen! Não foi minha intenção ser grossa. Desculpa mesmo. Saiu sem querer.
Helen: Primeira e última vez que tu me responde, Manuela. Ta tudo bem. E vai pra mesa 5. Rápido dessa vez. – Assenti com a cabeça e fui atender o próximo cliente.
Não enrolei e atendi os 20 clientes da noite. Estava acabada. Voltamos pra casa e tudo que eu queria era tomar um bom banho e me jogar na cama. Foi o que eu fiz e dormi até tarde. Tão tarde que quando acordei, não tinha ninguém em casa. Na estante do quarto tinha um bilhete: "Amiga, te deixei dormir porque tu deve ta morta. Descansa. Beijo, Flá".
Fiquei feliz por não ter ido pra escola hoje. Precisava realmente de uma folga, depois da noite anterior. Me lotei de comida e enfiei a cara nos livros. Fiquei estudando até quando todo mundo voltou do colégio. Flávia veio correndo pro quarto e me assustou quando entrou.
Flávia: Amiga! – Ela falava saltitante. Eu ria.
Manuela: O que foi, Flá?
Flávia: Boatos de que o Felipe vai me dar uma aliança.
Manuela: Jura, amiga? – Eu levantei-me da cama e abracei. – Parabéns! Vocês são muito fofos. Se eu não for madrinha, te espanco.
Flávia: Quem mais seria? Que tal a Amanda? – Nós rimos.
Descemos e almoçamos. No almoço, Bruna começou um assunto que não me agradou nem um pouco.
Bruna: Ai, gente, sabiam que tem um boato de que o professor de inglês de vocês, anda assediando umas alunas lá da escola? – Flávia olhou pra mim, meio séria. Eu bebi um gole do meu suco e fingi que nada estava acontecendo. – Umas três meninas foram reclamar que ele fica olhando, dando indiretinha e uma até falou que ele passou a mão nela.
Jack: Nossa, mas ele é tão gato, que eu deixaria ele passar o que quisesse em mim.
Lua: Safada. – Elas riram. Não achei graça, nem a Flávia. Demos um sorriso pra não ficar na cara que não gostamos do assunto.
Almocei e subi pro meu quarto. Peguei o meu celular e tinha uma mensagem de um número desconhecido: "Senti tua falta hoje. Topa vir na minha chácara com geral hoje? Chame as meninas também". Flávia entrou no quarto e eu a chamei.
Flávia: Ta louca? Eu que dei essa ideia. – Ela riu. Bora tomar um bronze. Tô muito pálida.
Manuela: Amiga, deixa eu te perguntar uma coisa... O pessoal na escola sabe que a gente mora juntas?
Flávia: Sabem.
Manuela: E qual a desculpa que vocês usam?
Flávia: Que a mãe do Guilherme é uma mulher incrível que nos recebeu e nos ajuda, porque nós temos problemas com os nossos pais e tivemos que sair de casa.
Manuela: Ela fica como boa moça na história ainda? – Falei meio revoltada.
Flávia: Pois é!
Resolvi esquecer aquilo, pra não ficar com mais raiva ainda de Helen. Coloquei um biquíni lindo e minusculo. Ia mostrar pra aquelas idiotinhas apaixonadas por Guilherme e Gabriel, quem é que mandava.
Passei protetor solar e bronzeador. Ajudei a Flávia a passar protetor nas costas dela.
Nós esperamos todas ficarem prontas e o Guilherme conseguiu demorar mais do que nós 6 juntas. A Amanda não era da turma, mas a Flávia ficou com "pena" de não levá-la. Todo mundo já conhecia. Pelo menos, todo mundo da nossa série. Apertamo-nos em um taxi e fomos pra chácara do Gabriel.
Estava com um shorts pequeno e um top cropped que dava uma valorizada nos meus seios e deixava a minha barriga amostra. Mal entramos na chácara e todo mundo olhou pra gente. Estávamos lindas. Guilherme foi conversar com os amigos dele e Gabriel veio na minha direção.
Gabriel: Tu é de verdade mesmo? – Nós rimos e ele deu um beijo no meu rosto. Ele estava sem camiseta e com a bermuda.
Manuela: Haha, que bobo! – Eu sorri, parecia estar envergonhada, mas tinha gostado do elogio do Biel. – Não entrou na piscina ainda?
Gabriel: Fui buscar as bebidas. Aí nem deu tempo.
Manuela: Entendi. Vou me trocar então. Aí tu entra comigo.
Gabriel: Fecho, gatinha. – Ele sorriu e eu passei pro ele. Puxei a Flávia pelo braço e nós fomos pro banheiro feminino.
Manuela: Amiga do céu, o Gabriel é muito gato, né!?
Flávia: Tu não me engana. Nem tenta.
Manuela: Tu podia fingir que sim, né!?
Flávia: Tu não consegue mentir nem pra si própria. – Nós rimos e eu resolvi não insistir no assunto. Tirei a minha roupa e coloquei na bolsa. Flávia fez o mesmo. Nós guardamos as bolsas no armário do banheiro. Abrimos a porta e saímos devagar
Fomos caminhando devagar em direção a piscina e quando chegamos, todos os meninos tinham voltado os olhares pra nós. Todos.
Isabela e Regina estavam conversando com dois garotos que foram os primeiros a nos olharem. Elas cruzam os braços e fizeram uma cara emburra.
Guilherme me olhou dos pés a cabeça. Ficou com a boca entre aberta. Ele percebeu que eu estava olhando pra ele e pronunciou: – "Já peguei". Eu fiz uma cara meio séria pra ele e depois eu ri. Gabriel apareceu do meu lado. 
Gabriel: Manuela, assim tu me mata. – Eu dei risada e entrelacei as mãos na nuca dele.
Manuela: Ah, é!? Bom saber. – Eu fingi que ia beijá-lo e o joguei na piscina. Ele mergulhou e depois foi pra superfície.
Gabriel: Isso não vale. – Ele veio pra beira da piscina e ficou me olhando. – Se bem que, a visão daqui é mais privilegiada.
Manuela: Idiota. – Eu dei risada.
Flávia e eu pegamos duas caipirinhas e sentamos em duas cadeiras pra tomarmos sol. O dia tava lindo.
Fiquei uma hora sentada ali, em paz. Foi bom pra relaxar. Eu peguei mais bebida e depois, entrei na piscina. Gabriel entrou também e veio em minha direção.
Gabriel: Ta sozinha aí por que?
Manuela: Não estou mais. – Eu sorri.
Gabriel: Boa! – Ele sorriu e foi se aproximando de mim. – Será que eu posso te beijar publicamente? – Ele dei um riso.
Manuela: Será? – Eu ergui uma sobrancelha e dei risada. – Isso foi um "fica comigo?". Porque não foi criativo. – Eu dei risada e me aproximei dele. Ele segurou na minha cintura e me puxou pra perto dele. Eu olhei pros olhos dele e ele sorriu.
Gabriel: Linda.
Eu fiquei sem jeito, mas tinha gostado do elogio. Gabriel aproximou-se mais de mim e encostou os lábios nos meus, mas ao começar a me beijar, alguém pulou na piscina e nos "atrapalhou". Virei o rosto pra ver quem era o engraçadinho. Ou melhor, era a engraçadinha. Isabela. Menina insuportável. Que coisa infantil.
Manuela: Lindinha, se não quisesse que ele me beijasse, era só ter dado um gritinho. Não fazer essa cena. Desnecessário.
Isabela: Hã? Ta falando do que? Nem vi vocês aí. – Ele foi extremamente cínica.
Manuela: Você realmente acha que engana alguém?
Gabriel: Ei, ei... Deixa dela. – Ele segurou o meu rosto e alisou o mesmo com o polegar. Eu sorri e ao olhar pro lado, eu vi Guilherme, meio cabisbaixo conversando com a Flávia e o Felipe. Aquilo me cortou o coração e Gabriel tentou novamente me beijar, mas eu travei. Não consegui. Não com o Guilherme encarando.
Gabriel entendeu e nós nos afastamos um pouco. Óbvio que eu não falei que não queria beija-lo por causa do Guilherme.
Eu sai da piscina e fui pegar bebida pra mim e pro Gabriel. Na volta, eu estava andando tranquilamente quando ouvi um barulho estranho. Dei um passo a frente e tropecei. Cai de boca no chão e derrubei as bebidas. Senti, imediatamente, uma dor enorme no meu pé. Várias pessoas vieram do meu lado pra ajudar. Isabela me olhava satisfeita e com um sorriso estranho no rosto.
Meu pé doía muito e eu fui me sentando aos poucos.
Flávia: Tu ta bem, amiga?
Manuela: Tô. Só o meu pé que ta doendo pra caralho.
Gabriel: Deixa eu ver. – Ele colocou a mão na minha perna e virou um pouquinho o meu pé pra poder olhar. Estava horrivelmente inchado. Uma bola. – Cara, isso ta muito feio. Acho que tu quebrou. Vou apertar aqui pra ver se dói. Porque se foi torção, tu não vai sentir tanto.
Manuela: Ta legal. – Eu tapei os olhos e ele apertou. Parecia que tinham derrubado uns 10 tijolos no meu pé. A dor era enorme. Eu dei um grito e ele tirou as mãos. – Para, para. Não faz mais isso. Ta doendo muito. – Eu olhei com cara de dor pra ele.
Gabriel: Tu tem que ir pro hospital agora, Manu. Antes que isso piore.
Flávia: Amiga, aqui é longe demais. A Helen só vem mais tarde. E agora?
Guilherme: Eu levo ela. – Ele surgiu no meio das pessoas que estavam em volta de mim. Segurou entre os meus joelhos e nas minhas costas. Me pegou no colo.
Flávia: E como pretende fazer isso? No seu caro? – Ela foi irônica.
Guilherme: Enquanto vocês viam se tinha acontecido algo, eu chamei um táxi. Deve estar chegando. Eu levo ela.
Gabriel: Pera aí... – Ele me olhou com um olhar meio triste e meio bravo ao mesmo tempo. – Po, eu podia ligar pra minha mãe e ela viria.
Guilherme: Já cuidei disso. Relaxa e curte aí. Afinal, a chácara é tua. Tu tem que tomar conta. Falou... – Ele nem deixou o Gabriel responder. Flávia entregou minhas coisas pra ele e saiu andando comigo em seu colo da chácara.
Manuela: Obrigada, Guilherme.
Guilherme: Não precisa me agradecer. Como viu, qualquer um faria isso também.
Manuela: Mas você quem fez.

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