O táxi chegou e ele me colocou no banco traseiro com cuidado.
Guilherme: Põe tua blusa. – Ele me olhou meio sério e fez um gesto com a cabeça, me fazendo olhar pro taxista, que me encarava e me secava. Eu peguei minha camiseta na bolsa e coloquei. Tentei por o shorts, mas era impossível com aquela dor no meu pé.
Rapidamente nós chegamos e Guilherme me tirou do taxi depois de pagar o mesmo. Me levou pra dentro do hospital. Logo ele fez minha ficha e um médico me atendeu.
Merda! Eu tinha quebrado o pé e foi feio. Meu pé estava super inchado ainda. O médico passou uma pomada pra desinchar e tirou raio-x pra ter certeza que tinha quebrado mesmo. Depois ele colocou gesso no meu pé. Odiei por aquele negócio. Ia estragar todos os meus planos. Merda mil vezes!
Guilherme não saiu do meu lado nem um minuto e me levou pra casa quando o médico me liberou. Me ajudou subir até o meu quarto e me deitou na minha cama. Foi um fofo.
Manuela: Obrigada mesmo, Gui.
Guilherme: Não precisa agradecer, estranha.
Manuela: Tua namorada deve ter ficado bolada por tu ter ido embora da chácara.
Guilherme: Que namorada?
Manuela: Tu sabe... Não se faz de desentendido. – Ele estava de pé e sentou-se do meu lado da cama, me fazendo me afastar um pouquinho pra ele caber.
Guilherme: A Bruna? Po, que nóia é essa? Ela não é minha namo...
Manuela: Ok. Ok. – Eu cortei-o. Impedindo dele de terminar de falar. – Tu não me deve satisfação. Namora quem quiser. Eu não tenho nada com isso.
Guilherme: Mas eu...
Manuela: Esquece isso! – O interrompi de novo.
Guilherme: Suave. – Ele ficou quieto e me encarou. Minha nossa, por que ele tinha que ser tão bonito? Ter um maxilar tão marcado? Tem lábios tão macios? Por que? – Ta olhando o que?
Manuela: Na-Nada, por que?
Guilherme: Sei não. Me olhou estranho.
Manuela: Besteira.
Guilherme: Ta com fome? Eu pego algo pra tu, se quiser.
Manuela: Vai me mimar assim e quando eu tirar esse gesso, tu ta fudido.
Guilherme: Posso aguentar. – Ele sorriu e eu fiquei admirando-o. Droga! Por que eu tinha que gostar do que era mais difícil de ser gostado? Do que podia me prejudicar?
Manuela: Quero qualquer coisa doce que tiver em casa.
Guilherme: Vou te trazer açúcar.
Manuela: Haha, engraçadão.
Guilherme: Valeu. – Ele riu e inclinou o corpo. Ele estava perto demais. Droga! Eu nem conseguia mais disfarçar o quanto ele mexia comigo. Minha respiração ficou meio abalada por ele estar perto demais. E pra piorar, ele colocou as mãos no meu rosto. Ficou me olhando e começou a sorrir. Eu respirei fundo e ele aproximou o rosto do meu. Eu mordi o meu lábio inferior de leve e ele encostou a testa na minha. Ficou me olhando daquele jeito. Eu sentia a respiração dele e a mão quente no meu rosto. Guilherme alisava o meu rosto e começou a me beijar. "Que insanidade, Manuela. Você prometeu que não se meteria com ele. Você prometeu. Sua fraca". Fala pra mim mesma, mas já era tarde. Nós já estávamos nos beijando. Eu coloquei as mãos na nuca dele e alisava devagar.
Eu não queria sair mais dali. Meu coração estava acelerado. Nós nos beijamos por um longo período de tempo. Fomos aos poucos parando o beijo e ele me olhou. Abriu novamente aquele sorriso. Ah, o sorriso.
Manuela: Tu não devia ter feito isso.
Guilherme: Tu não pareceu não ter gostado.
Manuela: Vai buscar doce pra mim, vai.
Guilherme: Folgada.
Manuela: Tu que ofereceu, oras. – Ele riu e saiu do quarto. Fiquei ali sentada. Pensando no que tinha acontecido. Eu devia ter impedido. Devia mesmo. Droga. Ele logo voltou com um pedaço de torta e me entregou. Comecei a comer ele sentou na cama da Flávia. Ficou me olhando. – O que tu ta olhando?
Guilherme: Nada.
Manuela: Aham. Claro.
Guilherme: Maluca.
Manuela: Ó pra tu... – Eu abri a boca cheia de torta mastiga e mostrei pra ele. Ele fez uma cara de nojo e me xingou. Nós rimos e eu voltei a comer.
Guilherme: Tu é muito nojenta.
Manuela: Tu não se importa de roubar beijos dessa nojenta.
Guilherme: Um caso a parte. Ei, estranha, eu vou pro meu quarto antes que a minha mãe chegue com as meninas e me pegue aqui. Bom apetite pra tu.
Manuela: Agradeço. – Ele saiu do quarto.
As meninas chegaram e Flávia veio correndo ver como eu estava. Ia ficar com o gesso por uma semana. Ou talvez, duas. Ia depender do estado do meu pé. Ia ser um saco ficar com esse negócio no pé por tanto tempo.
No outro dia, as meninas foram fazer umas compras e eu fiquei em casa. Brava, mas fiquei. Helen não me deixou ir. Disse para eu "repousar". Mulherzinha escrota. Guilherme também ficou e me fez companhia pra assistir filme.
Guilherme: Sério mesmo que tu vai me fazer assistir comédia romântica?
Manuela: Eu amo esse filme. Chama "amizade colorida". É demais.
Guilherme: Tu já viu o filme e quer ver de novo? Sério?
Manuela: Cala essa boca e assiste. – Eu dei play no filme e nós começamos a assistir. Guilherme trouxe pipoca e nós comemos durante o filme todo. Ao término do filme, Guilherme foi logo se manifestando.
Guilherme: Viu só? Da merda se relacionar assim, "sem compromisso". Um sempre acaba apaixonado pelo outro. Não adianta.
Manuela: Mas aconteceu, eles queriam só transar. Vai dizer que tu não tem ou teve uma amizade colorida com alguém?
Guilherme: Já, mas não acabamos juntos no final.
Manuela: Nem com a menina da sorveteria? – Não me contive. Tive que falar disso. Eu ainda ia descobrir quem era aquela.
Guilherme: Do que tu ta falando?
Manuela: Esquece.
Guilherme: Beleza, né...
Manuela: Queria tomar banho, mas sem a Flávia aqui vai ser difícil. Droga.
Guilherme: Quer ajuda?
Manuela: Tu vai ter que tirar a minha roupa debaixo. Acho que não vai ser muito sexy.
Guilherme: Po... – Ele riu. – Eu ajudo. Sem malicia nem nada. Juro.
Manuela: Só vou aceitar porque não consigo mesmo me virar sozinha com essa merda.
Guilherme: Bora lá, nervosinha. – Eu ia me levantando e apoiando nele pra conseguir andar, mas ele me pegou no colo e me levou até o quarto.
Manuela: Eu podia andar. Devagar, mas podia.
Guilherme: Estaríamos no terceiro degrau se dependesse de você.
Manuela: Gentil. – Ele me "desceu" no banheiro. Nós ríamos. Eu abri o zíper do meu shorts e comecei a descer o mesmo, ele ficou me olhando. Eu estralei os dedos e ele olhou pro meu rosto.
Guilherme: Que foi?
Manuela: É pra me ajudar, não me secar.
Guilherme: Posso fazer as duas coisas.
Manuela: HAHA. Vai, me ajuda. Tira o shorts do pé machucado. Não consigo. – Ele assentiu com a cabeça e me ajudou. Ele colocou um saco muito estranho em volta do gesso pra não estragar na água. – Agora xô que eu vou ficar nua aqui.
Guilherme: Por que eu não posso ficar? – Ele fez um bico e eu dei risada. – Tô zuando. Tô indo pra lá já. Quando acabar, é só gritar.
Manuela: Beleza, Gui. Obrigada.
Eu tomei banho e coloquei a parte de cima. Com certa dificuldade, consegui por a calcinha. Aí eu chamei o Guilherme e ele me ajudou com o shorts.
Guilherme: Precisa de mais alguma coisa?
Manuela: Eu queria pedir uma favor meio chato. Será que você poderia me ajudar?
Guilherme: Só mandar o papo.
Manuela: Queria ver como a minha mãe está. Ir até minha antiga casa. Mas pra olhar de longe. Vai comigo?
Guilherme: Claro. Ta pronta ja?
Manuela: Tô.
Guilherme: Bora então. – Ele novamente me pegou no colo e me levou lá pra baixo. Dali em diante, eu fui andando apoiada nele. Devagar, mas fui.
Nós fomos até o ponto de ônibus e ficamos esperando um tempo até o ônibus chegar. Demoramos uma hora e meia pra chegar até minha antiga casa. Caminhei em direção a mesma e parei do outro lado da rua.
A casa estava quieta e não havia movimentação. Pude ver meu pai chegando bêbado da esquina. Aquilo fez meu coração disparar. Ele entrou em casa com certa dificuldade. Minha mãe apareceu na janela da cozinha. Ah, minha mãe. Como ela estava linda. Quer dizer, dava pra ver, mesmo de longe, um roxo na cara dela. Guilherme estava escondido atrás da árvore comigo. Meu pai foi até a cozinha e viu minha mãe cozinhando. Ouvi gritos, mas não deu pra entender nada do que eles falavam. Ele pegou ela pelos cabelos e a jogou no chão. Meu coração quase saltou da boca. Eu desandei a chorar e Guilherme me virou de frente pra ele. Me abraçou e tapou o meu rosto para que eu não visse mais aquela cena.
Guilherme: Ei, ei. Vamos sair daqui. – Eu não conseguia falar. Não saia nada. Eu só conseguia chorar. Guilherme alisava o meu cabelo e beijou a minha cabeça. – Não fica assim. Por favor. Não quero te ver assim. Vamos embora. Faz mal pra tu ficar aqui.
Manuela: Nã-Não dá. Eu preciso que esse monstro saía da minha casa pra eu conversar com a minha mãe. Po-por favor.
Guilherme: Ta legal. Mas vamos sair de frente da janela. Seu pai vai te ver aqui ainda.
Manuela: Ta. – Eu disse entre soluços e lágrimas. Nós sentamos atrás de um carro. Ficamos esperando meu pai sair. Ele demorou horas, mas finalmente saiu.
Meu pai tinha deixado o portão de casa aberto. Eu caminhei até a casa. Guilherme veio logo atrás de mim. A casa estava aberta e eu entrei na sala. Minha mãe estava aos prantos na cozinha. Podia ouvi-la da sala. Corri até lá e ela estava deitada no chão, chorando.
Manuela: Mãe! – Eu gritei e ela me olhou assustada.
Carla: Meu Deus, é você! Eu não acredito. – Eu me aproximei dela e com cuidado, ajudei-a a levantar. Eu não tinha forças o suficiente e o gesso no meu pé não me ajudava muito, Guilherme aproximou-se e ajudou. Ela se levantou e estava toda machucada, mas pareceu não ligar pros ferimentos. Me abraçou forte e chorava muito. – Como você, meu amor? Por onde você se meteu? Por que saiu de casa e me deixou? – Ela segurou o meu rosto com as duas mãos e encheu a minha bochecha de beijos. Olhou pro meu pé com o gesso e estranhou. – O que fez no pé? Meu Deus, você está linda.
Manuela: Calma, mãe. Calma. Uma pergunta de cada vez. – Ela sorriu. – Vamos nos sentar? A senhora não está nas melhores condições, nem eu. – Ela assentiu com a cabeça e nós nos sentamos no sofá. Guilherme sentou-se do meu lado.
Carla: Onde você está vivendo, meu amor? E esse rapaz bonito? Seu namorado?– Ele sorriu pro Guilherme. Ele sorriu em resposta.
Manuela: Fica tranquila, mãe. A mãe do Guilherme me abrigou na casa dela. Ele não é meu namorado. É um bom amigo só.
Carla: Não parece. Não do jeito que ele olha pra você.
Manuela: Mãe! – Falei olhando meio feio pra ela. – A senhora ainda não mandou aquele monstro pra prisão que é o devido lugar dele?
Carla: Eu não posso fazer isso, minha filha. Não posso. Não consigo.
Manuela: Sabe muito bem o que eu penso disso.
Carla: Esquece isso. E me da um abraço. – Ela me abraçou forte e eu correspondi. Que saudades que eu estava da minha mãe. Nada foi melhor do que estar ali.
Manuela: Acho melhor eu ir agora. Antes que aquele monstro apareça e me veja aqui.
Carla: É, ele não vai gostar muito. Não depois que você fugiu.
Manuela: Ta bom, mãe. Se cuida.
Carla: Me dê noticias. Não me deixa sem saber como você está. – Nós nos levantamos e ela me abraçou de novo. Depois abraçou o Guilherme e falou pra ele: – Cuide dela, hein!? Confio em você. – Ela sorriu e ele assentiu com a cabela.
Guilherme: Vou fazer isso, pode deixar.
Manuela: Tchau, mãe.
Saímos da casa e pegamos um ônibus. Já era noite. Eu fui chorando todo o caminho de volta. Guilherme me puxou e me fez deitar a cabeça no peito dele. Ficou fazendo carinho em mim e me consolando. Não disse nada, mas ele sabia que não precisava. Era só estar ali. Era o suficiente.
Chegamos em casa e eu não estava nada bem. Guilherme me ajudou a subir as escadas. Helen estava no ultimo degrau e gritou.
Helen: Dá próxima vez que quiser fazer uma visitinha pra mamãe, não leve meu filho a tira colo.
Guilherme: Você seguiu a gente?
Helen: Não interessa. Meu papo é com a Manuela.
Manuela: De-desculpa, Helen. Eu só pedi um favor pra ele. Ele quis me ajudar.
Helen: Sai da minha frente antes que eu te empurre dessa escada abaixo.
Guilherme olhou assustado pra própria mãe e me ajudou a chegar até o meu quarto. Eu me deitei na cama e sai de lá só no dia seguinte. Chorei durante horas antes de dormir.
O outro dia foi triste. Vazio. Eu lembrava da minha mãe e chorava. Foi triste. Doía em mim ver ela sofrendo na mãe daquele monstro. Contei tudo pra Flávia e ela tentou me animar, mas não deu muito certo.
Tudo piorou quando eu lembrei do que a Helen me disse. Agora ela tinha certeza de onde minha mãe vivia. E poderia fazer mal pra ela. Aquilo me dava calafrios na espinha.
Na outra semana, eu tirei o gesso do pé. Não sentia mais dor e tinha tudo voltado "ao normal". Eu teria que fazer 10 fisioterapias, pra ter certeza que não teria sequelas. Eu estava menos triste, pelo menos, aparentava estar.
Voltei pra boate e a fila de clientes só aumentavam. A Flávia inventou de fazermos um show de máscaras. Onde os clientes teriam que nos escolher só pelos nossos corpos. Eu gostei da ideia. Ensaiamos e preparamos o show.
Na escola, havia um boato de que a Isabela tinha me feito cair e quebrar o pé. Não me esquentei com isso. Não agora. Depois aquela menina ia ter o dela. Já tinha me irritado demais.
Gabriel estava sendo fofo comigo. O que me confundia ainda mais. Quer dizer, eu sabia exatamente o que sentia, mas me confundia a ideia de ficar com ele e não ter nada que nos impedisse de ser feliz.
Vi outras vezes Guilherme e Bruna conversando pelos cantos da casa e na escola. Como ele conseguia? Ele disse pra Flávia que me queria. Ele disse. Eu ouvi. Por que ficar indo atrás dela agora? Comida de graça? Que ódio que me dava vê-los juntos. E não foi uma vez ou outra, foram várias. Que ódio. Que ódio. Que ódio mil vezes.
Amanda tinha voltado com as provocações dela. Algo que ainda me intrigava. Qual o problema daquela garota? Ela não perdia uma oportunidade pra me provocar. Além de me intrigar, ela me irritava.
O show de máscara tinha chegado. Estava animada, afinal era algo legal e novo na boate. Coloquei o vestido mais curto e que me deixava mais gostosa que eu tinha. E um salto lindo. Estava descendo as escadas e Guilherme apareceu no final da escada.
Guilherme: Nossa, velho, tu só pode ser miragem. – Eu dei risada e parei um degrau antes de chegar ao final da escada, onde ele estava.
Manuela: Sou de carne e osso, pra tua felicidade.
Guilherme: Já é difícil de ficar perto de tu normalmente, vestida assim, é mil vezes pior.
Manuela: Por que fica? – Droga! Por que eu disse isso? Não, Manuela. Não. Mas já era tarde.
Guilherme: Bela pergunta.
Ele ia colocar as mãos na minha cintura, mas recuou quando viu a Bruna descendo as escadas. As outras meninas logo ficaram prontas e a Helen nos levou pra boate.
Começamos o show perto das 10 horas. Durou meia hora e no final os clientes faziam filas pra fazer programa com a gente. Ficamos esperando a Helen nos chamar no camarim. Estava de frente pro espelho, penteava os cabelos distraidamente.
Helen: Manuela, quarto 10. Tô mandando todas direto pro quarto, sem cerimônia. Andem logo. – Eu não a respondi, porque realmente estava distraída, Helen berrou: – Vamo logo, projeto de vadia!
Manuela: Ei, não sou surda.
Helen: Não foi o que pareceu. Anda logo, queridinha.
Manuela: Tô indo. – Passei por ela e a encarei. Mandei um beijinho e pisquei pra ela. Não podia perder a oportunidade de zua-la. Entrei no quarto com pressa e nem olhei direito pro meu "cliente". Ele estava de costas, com as mãos nos bolsos. Era um homem alto, vestindo uma roupa mais formal. Fechei a porta, encostei-me na mesma e cruzei as pernas, no intuito de valoriza-las.– Psiu. – Disse "assoviadamente" e suavemente.
O homem virou, pra minha enorme surpresa e, confesso, decepção, era ninguém mais e ninguém menos do que o Otávio. Otávio, sim. O meu professor. Aquele que tinha quase me obrigado a transar com ele. Fiquei parada ali, encostada na porta. Meu coração estava acelerado. Meu sangue parecia estar fervendo. Minha cabeça latejava. Eu pensei em correr, fugir. Afinal, ele não saberia quem eu era. Eu estava de máscara.
Otávio: Olá, minha jovem. – Ele estava me encarando e depois olhou cada centímetro do meu corpo.
Manuela: Olá! – Disse seca e friamente. Ele não pareceu notar a tenção em minha voz. Melhor assim. Que droga. Eu decidi seguir em frente, mas só porque a máscara estava no meu rosto e impediria-o de me ver.
Ele aproximou-se de mim e me segurou pela cintura. Puxou-me pela mesma e fez meu corpo colar no dele. Os braços dele eram fortes e ele estava com um perfume maravilhoso. Otávio inclinou o rosto e começou a beijar a minha nuca. Eu me concentrei apenas em que desculpa dar se ele me pedisse que tirasse a máscara. Não demorou nada pra eu pensar em uma que o convenceria.
Otávio: Posso ver esse rostinho lindo? – Ele mal terminou de falar e foi colocando as mãos na máscara, no intuito de tira-la. Me apressei e o impedi.
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