quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

28
Manuela: Vamos pra lá? – Disse virando o rosto e olhando pro Gabriel. Ele assentiu com a cabeça e nós fomos pro outro quarto. Deitei-me na cama e me cobri. Ele veio e deitou-se do meu lado. Ficamos um de frente pro outro. Ele sorriu pra mim e ficou me encarando. – Ta olhando o que?
Gabriel: Como você é incrivelmente bonita. – Eu sorri e abracei-o. Deitei-me no peito dele e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo.
Manuela: Eu queria te dizer uma coisa... – Olhei pra ele e ele ergueu uma sobrancelha.
Gabriel: Pode dizer.
Manuela: Nada, esquece.
Gabriel: Tem certeza?
Manuela: Depois eu falo. Não era importante.
Gabriel: Ta legal. – Ele sorriu e eu voltei a me deitar no peito dele. 
Nós pegamos no sono depois de um tempinho ali. Só acordamos com a Flávia invadindo o quarto junto com o Felipe. Ela estava visivelmente bêbada e o Felipe também.
Flávia: Amigaaaaaaaaaaaaa. – Ela chegou gritando e pulou na cama conosco.
Manuela: Meu Deus, por que a gritaria?
Flávia: Será que da pro seu boy levar a gente pra casa do Fê?
Manuela: Ta zuando que você nos acordou pra isso? – Eu afundei a cara no travesseiro. Depois olhei pro Gabriel. – Será que da, Biel?
Gabriel: Eu levo. – Ele se levantou com um dos cobertores enrolados no corpo, foi até o outro quarto e pegou nossas roupas. Ele me entregou a minha e eu me vesti. Ele se vestiu também. Era bem tarde, umas 2 da manhã. Gabriel fechou a chácara e nós fomos pro carro. Nós mal entramos e a Flávia começou a se pegar com o Felipe.
Manuela: Ei, ei. Esperem até chegar, vai. Por favor.
Flávia: Que chata que tu ta hoje, credo.
Manuela: Larga de ser ingrata.
Logo o Gabriel chegou na casa do Felipe. Os dois saíram e a Flávia veio na janela falar uma coisa no meu ouvido.
Flávia: É grande mesmo, né!? – Olhei meio em dúvida pra ela, só depois que ela me deu um olhar meio insinuado que eu pude entender do que ela estava falando. – Eu vi! – Ela riu, me deu um beijo no rosto. – Obrigada pela carona, Gabriel!
Gabriel: Não por isso... – Eles entraram na casa do Felipe. – Do que ela falou?
Manuela: Ai, tu ouviu?
Gabriel: Sim e fiquei curioso.
Manuela: Que vergonha. – Coloquei as mãos no rosto.
Gabriel: Ei, me conta. – Ele tirou as mãos do meu rosto e ficou me olhando. – É do que eu estou imaginando? – Ele riu e eu assenti com a cabeça. – Me deixa constrangido saber que vocês estão falando do meu pau por aí.
Manuela: A Flávia me mete em casa situação constrangedora.
Ele riu, me deu um selinho e deu partida no carro.
Gabriel: Quer ir pra onde? Pra casa? – Ele disse virando a esquina. Eu olhei pra ele e fiz que não com a cabeça. – Pra onde então? – Aproximei dele, coloquei a mão na coxa dele e comecei a alisar quase perto do pau dele.
Manuela: O que você acha de irmos pra um motel? – Dei um beijinho no pescoço dele e apertei de leve o pau dele por cima da bermuda.
Gabriel: Não é uma má ideia. – Ele sorriu e começou a dirigir até o motel.
Estacionamos e entramos no motel. Ele pediu um quarto super luxuoso. Entramos no quarto e era lindo. A iluminação era toda vermelha e tinha uma cama redonda no meio do quarto. Tinha uma banheira incrível e um monte de acessórios eróticos.
Manuela: Vou pra banheira. – Disse animada.
Gabriel: Vou pegar champanhe pra gente, já vou lá.
Manuela: To esperando. – Mordi o lábio inferior e fui pro banheiro. Tirei a roupa e coloquei o produto pra fazer espuma na água. Entrei na água e me encostei na banheira. Fechei os olhos e fiquei ali. Ouvi os passos do Gabriel vindo na direção da banheira. Abri os olhos e ele estava nu com duas taças nas mãos. – Que sensual. – Nós rimos. Ele me deu umas das taças e entrou na banheira. Ficou de frente comigo.
Gabriel: Um brinde a nós. – Brindamos e eu tomei um golinho, ele também. Fiquei olhando pra ele. – Que foi?
Manuela: To muito afim de te pegar.
Gabriel: Ta esperando o que? – Eu dei uma risadinha. Deixei a taça do lado de fora da banheira e fui até o Gabriel. A banheira não era muito grande, mas cabíamos nos dóis ali. Fui pro colo dele e comecei a beija-lo.
Ele logo levou as mãos pra minha bunda e começou a apertar. Eu sorri durante o beijo e fazia carinho em um dos braços dele. Parei de beija-lo e sorri.
Eu peguei a taça da mão dele e dei um gole, depois coloquei a taça dele do lado de fora da banheira. Peguei as duas mãos dele e coloquei nos meus seios. Ele ficou apertando enquanto não tirava os olhos deles.
Gabriel: Eles são... Lindos. – Eu sorri ao ouvi-lo. Fechei os olhos pra aproveitar os toques dele sem me preocupar com mais nada. Ele era carinhoso, não me machucava, mas sabia exatamente como me tocar. Ele deixaria qualquer garota louca. Como eu consegui ficar tanto tempo sem transar com ele?
Ele inclinou um pouco o corpo e levou a boca pro biquinho de um dos meus seios. Eu amei aquilo, mas ainda mais quando ele começou a, literalmente, mamar o meu seio. Foi delicioso. Ele massageava o outro seio e depois intercalou as ações entre os seios.
Eu segurei o pau dele e comecei a bater uma punheta pra ele dentro da água. Não demorou muito pra o pau dele ficar duro. Ele parou de chupar o meu seio, segurou o meu rosto e me beijou. O beijo foi bem curto, mas bem quente.
Eu encostei a boca no ouvido dele e sussurrei: – Quer me fuder debaixo da água? – Ele riu ao me ouvir e assentiu com a cabeça. Me olhou com uma cara tremenda de safado. 
Eu fiquei meio de lado e ele ficou atrás de mim, ergueu uma de minhas pernas e foi enfiando devagarzinho o pau dele. Eu gemi bem baixinho ao senti-lo todo dentro de mim. Coloquei os braços em volta do pescoço dele e ele começou a apertar os meus seios. Ele fazia vai e vem com o pau dentro da minha buceta dentro da banheira.
Aquilo foi extremamente bom e excitante. Eu gemia feito louca e ouvia os gemidos abafados dele. Virei um pouquinho o rosto e ele me beijou.
Ele me beijou com vontade e aceleradamente. Soltei um gemido que acabou atrapalhando o beijo.
Manuela: Você é demais... – Eu sorria e eu pude senti-lo gozar dentro de mim.
Nós saímos da banheira, nos secamos e eu deitei nua na cama.
Gabriel: Assim, tu não me da descanso, Manu.
Manuela: E quem disse que eu quero que você descanse? – Eu dei risada. – Vem cá. Pegue esse chocolate quente com morango que ta aí em cima. – Ele trouxe e colocou em cima da cama. Mergulho o morango no chocolate, eu abri a boca e ele me deu, dei uma mordida e comecei a mastigar. Ele mordeu a outra parte e comeu.
Gabriel: Tu é sexy até comendo.
Manuela: Não viu nada ainda. – Pisquei pra ele e peguei um pouco do chocolate, tava bem quente ainda. Por isso, eu assoprei um pouco e depois passei pelo meu corpo. – Vem pegar um pouquinho de chocolate, vem. 
O Gabriel veio na minha direção. Apoiou os braços na cama e ficou por cima de mim. Ele ficou me encarando e depois, começou a lamber o chocolate que eu tinha passado no meu corpo. Ele lambeu meu pescoço e depois, vou lambendo os meus seios onde eu tinha jogado o chocolate. Coloquei as mãos nas costas dele e ia alisando, conforme ele lambia e chupava o meu corpo.
Quando ele chegou na minha buceta, ele mesmo pegou um pouco de chocolate e passou lá. Eu abri um pouco as pernas e ele começou a lamber numa forma bem acelerada. Confesso eu que foi maravilhoso. Eu gemia e empurrava a cabeça dele contra a minha buceta. Eu gozei, não aguentei. Aquilo foi realmente muito bom. Ele lambeu toda minha goza e depois me beijou.
Gabriel: Sua vez. – Eu sorri e me levantei. Peguei o chocolate e comecei a passar pelo corpo dele, despejei a maior parte no pau dele.
Comecei lambendo o pescoço dele, depois o peito e demorei um tempinho no abdômen pra provoca-lo. Segurei nas bolas dele e comecei a lamber todo o chocolate que tinha derrubado no pau dele.
Eu olhava diretamente pros olhos dele e ele alisava o meu rosto. Soltou gemidos roucos que me excitaram. Quando eu terminei de lamber todo o chocolate, eu comecei a chupar o pau dele. Enfiei-o todo dentro da minha boca e controlei a ânsia que sentia, por ser muito grande. Ele tirou o pau dele da minha boca e bateu com o mesmo no meu rosto. Eu ria e ele depois ele enfiou de novo o pau na minha boca. Chupei as bolas dele e depois me levantei. 
Fiquei de pé na frente dele. Ele sentou na beira da cama e começou a alisar a minha cintura. Subiu os carinhos pros meus seios e ficou apertando-os. Eu fui devagarzinho empurrando-o pro meio da cama. Encaixei o pau dele na minha buceta e comecei a rebolar no pau dele. Fiquei de frente pra ele e então, ele podia ver meus seios movimentando conforme eu rebolava.
Comecei a quicar no pau dele e não levou muito tempo para que ambos gozassem. Deitamos exaustos na cama e ficamos rindo que nem idiotas.
Gabriel: Você é incrível. – Ele me deu um selinho bem demorado.
Nós trocamos de roupas e o Gabriel me deixou em casa. Queria passar a noite com ele, mas a Helen não ia curtir muito me ver chegar só de manhã em casa. Decidi não abusar.
No domingo, as meninas e eu limpamos a casa toda. Isso fazia parte do planinho idiota delas puxarem o saco da Helen, mas eu só não queria ficar olhando enquanto elas trabalhavam. Resolvi ajudar.
Na segunda-feira, depois do colégio, a Helen nos reuniu na sala pra dar o grande aviso de quem tinha conquistado a vaga. Eu estava indiferente, sabia que eu não ia conseguir, porque nem ao menos tinha tentado.
Helen: Eu realmente me impressionei ao ver o quão puxa saco vocês são. Eu nunca disse que vocês teriam que puxar o meu saco pra conquistarem essa vaga, nunca. Mas vocês simplesmente se propuseram, acreditando que, se fizessem alguns favorezinhos pra mim, iam conseguir. Muito me impressionou a total falta de interesse da Manuela. Como sempre, ela me surpreende. Além de não se interessar, parecia indiferente pela vaga. Como se isso não fosse alterar em nada na vida dela. – Dei um sorriso pra ela, um sorriso bem irônico. Ela continuou falando. – A minha decisão estava tomada antes mesmo de eu contar pra vocês.
Lua: Então fez a gente de otária atoa?
Helen: Queria ver até onde vocês iriam...
Flávia: O que você decidiu?
Helen: A minha escolha, desde o princípio, era a Manuela. – Eu estranhei quando ela falou meu nome. Ela pirou? Eu não quero essa "vaga" ridícula.
Manuela: Muito obrigada, mas eu não quero.
Helen: Eu não terminei de falar ainda. – Olhei brava pra ela. Ela deu um sorriso sarcástico pra mim. – Mas, infelizmente, eu desisti dela pela total indiferença perante a vaga.
Manuela: Desistiu só por que eu não puxei seu saco? Uau.
Helen: Cala essa boca, putinha. – Eu fiquei com vontade de voar no pescoço dela. Maldita! – Como eu sei da briguinha interna que acontece entre vocês, eu resolvi que a menina que melhor ia administrar o meu trabalho, sem envolver a "amizade", seria a Lua. – Eu olhei pra ela com um ódio mortal. A Lua sorria e não sorria pouco. Ela não ia mandar em mim, mas não mesmo. Nem louca.
Lua: Vou ficar honrada em te substituir, Helen.
Helen: Sei que sim. Tem um grande peso nas tuas costas agora, Lua. Quero meu negócio exatamente do jeito que eu deixei. A partir da próxima segunda, o cargo é teu. Mas te cuida e toma cuidado, meus capangas vão estar de olho em vocês 24 horas por dia. Um deslize e eu pego o primeiro voo pra ca e acabo com a raça da vagabunda que der trabalho e com a família da vagabunda também. Não abusem desse período longe de mim. Vai ser melhor pra vocês mesmas.
A Helen foi pro quarto dela e a Lua começou a comemorar. Abraçou a Bruna e pulava de felicidade.
Lua: Nem acredito que consegui.
Manuela: Nós também não. – Sorri ironicamente pra ela.
Lua: Peninha que você vai ter que me obedecer agora, né, Manu!?
Manuela: Ta vendo esse sofá? Senta e espera, porque em pé, tu vai cansar. – Mandei um beijo de longe pra ela e subi pro meu quarto.


A Lua estava muito enganada se pensava que ia mandar em mim. Eu jamais ia receber ordens daquela garota. Jamais. Eu passei o resto do dia estudando. No outro dia, haveria reunião dos professores na escola, por isso fomos dispensados.
A viagem do Felipe estava marcada pra hoje, a uma hora da tarde. A Flávia acordou super cedo com a cara super inchada de tanto chorar a noite toda. A sorte que eu estava com muito sono e depois de ficar um pouquinho com ela, eu acabei dormindo e não me incomodei com o choro dela.
O Felipe ia as 9 da manhã pro aeroporto com os pais. A Flávia quis ir esse horário também. Pedi pro Gabriel nos dar uma carona, mas a mãe dele pediu o carro emprestado. Então, a Flávia combinou com o Guilherme e nós chamamos um táxi. Eu nem olhei pra cara do Guilherme. Ele foi no banco de passageiro e não trocamos nem uma palavra um com o outro.
Assim que chegamos no aeroporto, a Flávia foi correndo até o Felipe. Ela chorou feito louca e ele ficou ao lado dela o tempo todo. Eu não era tão amiga assim do Felipe, por isso deixei-o com o Guilherme e a Flávia para se despedirem melhor. Fui pra uma das lanchonetes do aeroporto, pedi uma água e fiquei sentada, observando os três.
Eu não imagino a Flávia sem o Felipe. É algo triste de se imaginar isso. Ela sempre foi louca por ele e ele por ela. Como ela ia ficar agora? Eu sei bem como é ficar sem a pessoa que se ama, mas no meu caso, a pessoa tava ali do meu lado. Eu podia conferir se ele estava bem a qualquer hora. Podia olhar pra ele a qualquer instante do dia. Ela não e ela não escolheu ficar longe dele. Nem ele.
Tomei o meu café e vi o Guilherme vindo na minha direção. Eu gelei, me levantei e comecei a andar, até que ele cruzou comigo.
Guilherme: Deixa os dois sozinhos, eles precisam.
Manuela: Não ia lá.
Guilherme: Fica aqui, vou comprar um café. Quer um também?
Manuela: Quero. – Eu sentei na cadeira onde estava e ele sentou na minha frente. Não olhei pra ele, nem conversamos. Não havia sobre o que conversar. Eu não queria conversar.
Ele pediu os cafés e logo chegou. Eu mexi o meu e ao tomar, percebi que não estava suficientemente adoçado. Comecei a por saquinhos de açúcar. Coloquei uns 3 e depois mexi.
Guilherme: Tu vai ficar com diabete de tanto açúcar que está colocando.
Manuela: Não enche. – Olhei pra ele meio brava e tomei um gole do meu café.
Guilherme: Foi mal, mas não precisa ser grossa.
Manuela: Da pra ficar quieto? Por favor. Não quero brigar e se a gente começar a conversar, é isso que vai acontecer.
Guilherme: Tu que sabe.
Ele ficou quieto, tomou o café dele em silêncio. Depois de um tempinho, nós fomos até a Flávia e o Felipe. Ele fez o check in e ia embarcar ao meio dia. Faltavam umas duas horas pra isso ainda.
Felipe: Vocês podem ir pra casa se quiser. – Ele deu um selinho na Flávia. – Você também, amor.
Manuela: Meu dia está livre, posso ficar o quanto quiser.
Guilherme: Eu também.
Felipe: Vou sentir falta de vocês. – Ele bateu as mãos com o Guilherme, como se tivesse "cumprimentando". E depois ambos deram tapinhas nas costas um do outro, seguido de um abraço. Aí ele me deu um abraço e falou meio baixo: – Cuida dela pra mim, tá!? Ela vai precisar de você. – Eu assenti com a cabeça e quando ele saiu do abraço, pude ver lágrimas no rosto dele. Não aguentei quando vi aquela cena, derramei algumas lágrimas, mas logo tratei de disfarçar, secando-as rapidamente.
Ficamos conversando até a hora do embarque chegar. Ele se despediu da gente mais um milhão de vezes, da Flávia foram uma 800 milhões de despedidas. Acompanhamos ele e os pais até os detectores de metais, depois dali, não nos deixaram mais passar. O Felipe deixou a mala dele passar pelo detector e voltou, abraçou a Flávia como se não fosse nunca mais solta-la.
Eu fiquei olhando aquela cena e meu coração estava quebrado só de imaginar o que a Flávia estava passando. Eles se beijaram e os pais do Felipe ficaram olhando.
O pai dele tentou apressa-lo, visto que já haviam chamado o voô deles.
Flávia: Vai, meu amor. Ta na hora. – Ela disse alisando o rosto dele. Ele a abraçou de novo e deu muitos beijos pelo rosto dela.
Felipe: Eu nem fui e já to com saudades de você.
Flávia: Independente do tempo, da distância ou de qualquer outro obstáculo, o meu amor por você vai continuar sendo o mesmo. Eu vou esperar por você o tempo que for. – Ela voltou a chorar. Os pais do Felipe já estavam impacientes.
Felipe: Eu te amo e vou esperar por você até o fim dos tempos, mesmo que eu esteja no fim do mundo. Mesmo assim, eu vou estar esperando por você. – Ela o beijou, agora pela ultima vez. Ele foi de costas e passou pelo detector de metal. 
Os dois choravam e ele ficou mandando beijos pra ela. Eu a abracei e ela chorava ainda mais a cada passo que o Felipe dava. Os pais dele fizeram-no andar de forma correta, mas ele virou o rosto e não tirou os olhos da Flávia.
Flávia: Amor, volta pra mim. – Ela disse correndo em direção ao Felipe, mas eu e o Guilherme seguramos-na. O Felipe ameaçou de correr na direção dela, mas foi impedido pelos pais. A Flávia se ajoelhou no chão e se derramou em lágrimas que não pareciam que iam ter fim. O Felipe saiu do campo de visão e ela continuo ali chorando no chão e olhando para algo que não parecia estar ali.
Guilherme: Flá, levanta. Por favor. Ta todo mundo olhando.
Manuela: Amiga, por favor. Eu sei que deve estar doendo, mas ficar aí no chão não vai adiantar.
Flávia: Eu quero o meu amor aqui comigo. – Guilherme e eu levantamos-na. Conseguimos fazê-la ir até um dos bancos mais próximos que achamos. Ela se sentou e ficou quieta ali. Sem reação alguma.
Manuela: Amiga, não fica assim. Ta me preocupando.
Guilherme: Eu duvido que ela vá reagir só porque tu ta preocupada.
Manuela: Por que você não tenta me ajudar, ao invés de ficar enchendo a porra do meu saco? – Disse extremamente brava com ele.
Guilherme: Ótima forma de ajuda-la. Ta super funcionando. – Ele disse ironicamente.
Flávia: Da pra vocês calarem a boca? – Guilherme e eu nos entreolhamos e depois olhamos pra ela. – Vocês só sabem brigar, brigar e brigar. Que inferno. Eu não aguento mais isso. Vocês são dois idiotas. Dois covardes. – Ela disse se levantando e secando as lágrimas. Guilherme estava sentado no banco de um lado dela e eu do outro. Quando ela se levantou, ficou um espaço entre nós. Voltamos os olhares pra ela e ouvimos o que ela tem a dizer. – Vocês ficam nessa de provocar um ao outro. Brigar um com o outro. Arrumar defeito um no outro. E sabe por que fazem isso? Porque estão completamente apaixonado um pelo outro. Sempre foram apaixonados um pelo outro. E isso não mudou só porque o Guilherme fez a droga de uma denuncia. E não vai mudar tão cedo.
Guilherme: Mudou porque a Manuela me trocou em menos tempo do que eu imaginava.
Flávia: Ah, jura!? Qualquer um nesse aeroporto vai poder te dizer a cara de babão que tu fica quando olha pra Manuela. Qualquer um vai dizer como teu sorriso abre sozinho quando ela desvia o olhar de você e depois, te olha, te fazendo desmontar o sorriso, só pra ela não notar.
Manuela: Flávia, cala a boca. Sério. Por favor.
Flávia: Não vou calar. Eu to de saco cheio de ver vocês dois brigando. Manu, qualquer um vai poder te dizer como você fica radiante quando ta perto do Guilherme. Como você muda da água pro vinho quando ele sorri. Vocês se amam, não vivem sem o outro e ficam nessa de se provocar. Não veem que assim, só vão machucar a si mesmos? Guilherme, tu não ama a Regina. Não como você ainda ama a Manu. E você, Manu, por mais legal que seja a relação que tu vem criando com o Gabriel, até os ets de marte sabem que o Guilherme bate aí nesse seu coraçãozinho teimoso. Eu não aguento mais ver essas provocações, essas brigas. Vocês tem idade o suficiente pra assumir um pro outro o que ta rolando. Ok, vocês chegaram a conclusão de que não daria mais certo, mas por isso, precisam atacar um ao outro quando se veem? Vocês eram bons amigos e mesmo que não dê pra voltar a ser isso, voltem a ter o minimo de respeito um com outro. Um deve isso ao outro. Eu tenho inveja de vocês, porque vocês tem um ao outro perto. Por mais raiva que um possa estar sentindo do outro agora, vocês se amam e sabem que ambos estão bem. Infelizes, mas bem.
Manuela: Por favor, Flávia. Para.
Flávia: Eu vou parar, mas vocês vão parar com isso de se atacarem cada vez que se veem.
Guilherme: Vou só responder da forma que a Manuela me tratar.
Flávia: Não. Tu vai ser melhor do que isso, Gui. Tu sempre foi atrás do que quis e sempre mudou o que era preciso. Você consegue trata-la educadamente e sem contra-atacar. Eu sei bem o gênio da Manu e sei que ela é bem estressadinha as vezes, mas você não precisar devolver as pedras que ela tacar em você. Recolha as pedras e entregue nas mãos dela. Não tem nada mais superior do que tratar com educação e respeito, quem te trata mal.
Flávia: Agora vocês vão agir como duas pessoas maduras e vão conversar. Eu vou no banheiro me recompor um pouco e quando eu voltar, quero vocês dois realmente conversando e se entendendo. Não to pedindo pra vocês se agarrarem e voltarem, então, por favor, se entendam. – Ela disse se virando e caminhando até o banheiro.
Eu fiquei ali, imóvel. Não olhei pro Guilherme e nem ele pra mim. Respirei fundo e quando eu decidi falar, ele começou primeiro.
Guilherme: Eu sinto muito. Errei muito contigo e cada vez que te vejo e tenho você perto de mim, eu não me controlo. Aí eu tenho que te "atacar", como a Flávia diz, pra não te agarrar e te beijar. – Eu olhei pra ele e ele estava me encarando.
Manuela: A gente parece duas crianças quando começamos a brigar. Eu não queria que fossemos assim. Mas eu também não consigo agir diferente perto de você.
Guilherme: Eu vou mudar isso. Quer dizer, vou fazer a minha parte. Vou te tratar com a educação que tu merece.
Manuela: Eu também. – Dei um sorriso pra ele e ele também sorriu.
A Flávia demorou uns 2 minutos pra aparecer depois que paramos de falar.
Flávia: Se entenderam?
Manuela: Sim, mamãe. – Falei ironicamente pra ela. – Tu está melhor, amiga?
Flávia: Não e nem vou ficar. Vamos pra casa?
Guilherme: Vou chamar um táxi.
Os outros dias, pra Flávia, foram péssimos. Ela não conseguiu se animar com nada. Tudo era motivo pra chorar. Ela vivia no telefone com o Felipe, mas assim que desligava, desandava a chorar. O clima entre o Guilherme e eu, melhorou bastante depois daquela conversa. Não tínhamos nos tornados os melhores amigos do mundo, mas agora, ele não evitada de me olhar ou cumprimentar. Nós não brigávamos um com o outro mais e confesso que eu prefiro assim. Eu não gostava dessa provocação que nós fazíamos um com o outro, mas era a forma que eu encontrei de não voar no pescoço dele ou então, de não beijá-lo.
Nada mudou entre o Gabriel e eu. Eu contei tudo a ele, eu não conseguia esconder nada dele. Ele entendeu e achou uma atitude bem madura. 
Era segunda-feira. Finalmente a Helen ia viajar e nos deixar em paz. As malas dela estavam todas na sala e ela estava se despedindo do Guilherme.
Helen: Juízo, hein, meu filho! Eu espero que você não me decepcione e nem se envolvam com essas... – Ela não falou, mas nós tínhamos entendido.
Guilherme: Pode deixar, mãe.
Helen: E vocês, se comportem. – Ela disse olhando pra gente. – Não pensem que estão livres para fazerem o que quiserem. Quero o dinheiro total na minha mão no próximo mês. Nem pensem em fugir, sei o endereço de cada uma de vocês. Seus pais vão sofrer as consequências por vocês. – Não respondemos e ela continuou falando. – Lua, quero que tome conta de tudo. Dê as ordens e exija que elas sejam realizadas. Tenha pulso firme. Espero que você não me decepcione. 
Lua: Não vou decepcionar.
Helen: É o que veremos.

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