terça-feira, 27 de janeiro de 2015

My first love

Capitulo Especial 6
POV Arthur
            Aquele dia foi normal, no fim da tarde a empresa fechou um contrato significante com uma grande multinacional e o Mica deu ideia de sairmos um pouco, colocar os papos em dia e comemorar esse contrato. Depois da vida de casado a gente acabou diminuindo esse contato só nosso, mesmo com Peu e Chay sendo meus cunhados o contato era na empresa, ou alguma social quando dava, os horários das meninas nunca eram favoráveis aos nossos e final de semana acabávamos curtindo nossa casa mesmo.
            Nem avisei nada a Luinha, afinal achei que não demoraria. Quando dei por mim já passavam das 20:00 e ela me ligava. Falei que não iria demorar, ela me disse que tinha uma surpresa pra mim, a qual eu não fazia ideia do que pudesse ser, e que apesar de ter ficado curioso resolvi permanecer mais um pouco. Na hora de ir embora Chay me pediu uma carona, pois seu carro tinha ficado com Mel hoje e como já passava do horário dela está em casa ele teria que ir de taxi. Logo concordei em leva-lo. Ao chegar a casa deles nem entrei, deixei-o ali na porta mesmo afinal a casa era distante e Luinha me esperava com sabe lá Deus o que.
            Devido a um acidente no caminho voltando pra casa, peguei um engarrafamento terrível, teria ligado pra Lua pra avisa-la pra que ela pudesse ir dormir, se não fosse o meu celular descarregar na hora em que mais precisava dele. Por que isso sempre acontece hein? Fui olhando pra todos os lados no intuito de achar pelo menos um telefone publico o que naquele caminho não seria fácil.
            Já se passavam das 22:00 horas quando cheguei. Ao adentrar em casa e ver as luzes da sala apagadas com apenas uma pequena luminária que continha ali acesa, iluminando a mesa, e eu pude ver que ali tinha alguma coisa. Mesa posta pra dois, tudo bem arrumado e uma pequena caixa com um laço vermelho em frente ao meu lugar na mesa. Tentei me recordar se era alguma data em especial, mas não era e eu tinha certeza disso.
            Ao pegar o pequeno embrulho sentir que era algo leve, mas nunca que aquilo passou pela minha cabeça. Ver aqueles pequenos sapatinhos me fez sentir o homem mais feliz do mundo, porem o mais imbecil. Minha pequena deve tá querendo me matar, e se ela não fizer isso, eu mesmo faço.
            Corri em direção as escadas e chegando a porta do quarto com um sorriso idiota que não conseguia me livrar, e me assustei em vê-la daquela forma toda encolhida numa pontinha da cama. Pude ver pelo movimento dos seus ombros que ela chorava. Como eu pude fazer isso com ela?
            - Me perdoa por estragar a melhor surpresa que você poderia fazer por mim? – comecei a falar completamente engasgado, vendo ela me olhar com aquele rosto vermelho de quem se acabava de chorar – Eu sei que eu não mereço, não mereço nenhum tipo de consideração, nenhuma palavra doce, nenhum abraço, não mereço nada do que você faz por mim, mas eu te amo! Me perdoa por te fazer chorar, me perdoa, me perdoa por favor?
            Eu me aproximei de onde ela estava, tentei tocar no rosto dela a qual o virou sem me deixar aproximar o que fez meu coração doer ainda mais. Ela me olhava com os olhos de fúria, mas com um semblante doce e inocente de quem se sentia desprezada.
            - Você é a única pessoa capaz de me fazer feliz nessa vida, cada dia mostra isso ainda mais. E eu não sou digno de nenhum desses sacrifícios seus – me levantei e fui em direção ao banheiro.
            Se eu pudesse me afogaria nesse chuveiro. Seria pouco pra mim.
* * *

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