terça-feira, 27 de janeiro de 2015

My first love

Capitulo Especial 4
POV Arthur
            Bom, agora eu me considero o homem mais realizado do mundo. Depois de tanto tempo lutando pra reconquistar a Lua, depois de tantos problemas, casar-me com ela foi tudo o que eu mais desejei. A necessidade de está sempre junto, de chegar em casa e poder encontra-la, de poder dormir abraçada sentindo o cheiro dela, são coisas que nem mesmo o tempo e a rotina me fez desejar menos.
            Lua, minha pequena, sempre muito delicada chegava em casa sempre com aquele sorriso lindo me falando sobre as crianças com quem ela lidava todos os dias no hospital. Quando ela chegava tensa, logo eu sabia que alguma daquelas criaturinhas não estava bem. Com o nascimento de Lara, filha de Peu e Gabi, meu lado paterno foi despertado também. Impressionante como aquela pequena menina foi capaz de me fazer ficar com inveja de Peu.
            - Amor, eu acho que tá na hora da gente encomendar um priminho pra Lara – falei abraçando-a.
            - Thur, não sei se tá na hora ainda, a gente tá juntinho agora, curtindo ainda o casamento, eu trabalho o dia inteiro, você também. Acho que a gente deve esperar mais um pouco – ela falava irredutível, se afastando logo de mim.
            - Ei pequena, calma! Se você não quer eu entendo, mas não precisa fugir de um simples abraço. – dei uma de ofendido, sabia que ela não resistiria muito tempo a isso.
            - Desculpa?! – ela pediu voltando a me abraçar – Só tenho medo de que a gente se adiante demais. Vamos deixar acontecer.
            Depois daquela conversa eu sabia que não seria fácil convence-la de engravidar. Ela se entregava ao trabalho de certa forma que não conseguia se ver distante daquilo. Era um desejo meu, mas eu tinha que respeitar a vontade dela.
            Dois meses se passaram e nossa rotina continuava da mesma forma. Não que isso me cansasse. De forma alguma. Tê-la em meus braços todos os dias era magico, era sempre como se fosse o primeiro, era sempre com paixão, era sempre único.
            Numa terça feira em especial, Lua saio pra trabalhar mais cedo que o normal, eu achei estranho ela nem ter me acordado. Imaginei alguma emergência no hospital e resolvi que assim que chegasse a empresa ligaria pra ela.
            LIGAÇÃO ON
L: - Alô!
A: - Bom dia minha pequena!
L: - Bom dia meu amor! Desculpa ter saído sem falar com você, mas você estava dormindo tão lindo que fiquei com pena.
A: - Faz mais isso não. Fiquei preocupado e com saudade.
L: - Thur, como você tá com saudade se a gente passou a noite inteira juntos?
A: - Pois é, mas desde a hora que eu dormir não te vi mais.
L: - Manhosooo – risos – Mas mesmo assim me encantando sempre com essas suas manias!
A: - Sim, mas por que foi trabalhar mais cedo hoje? Algum problema ou foi saudade das suas criancinhas?
L: - Apesar da saudade das minhas criancinhas, foi só um adiantamento no meu horário de plantão mesmo, devo sair um pouco mais cedo pra compensar, mas nem sei ainda.
A: - Um dia quero ter saudade das minhas criancinhas quando sair pra trabalhar também.
L: - Meu príncipe… calma, tudo tem seu tempo.
A: - Eu sei, só pensei alto, desculpa.
L: - Não precisa pedir desculpas. Chega no mesmo horário hoje?
A: - É, já que minha pequena não vai almoçar em casa, eu devo ficar por aqui mesmo e as 19 eu devo está em casa.
L: - Ok então. Te espero.
A: - Beijo minha pequena.
L: - Beijo príncipe.
LIGAÇÃO OFF
POV Lua
            Tá ai uma coisa que nunca mudaria. Arthur seria sempre meu príncipe. Toda aquela vontade dele de ser pai, só me deixava com uma certeza, seria o melhor de todos. Resolvi naquele dia mesmo que ele sugeriu “encomendarmos” um primo pra Larinha, parar o uso de remédio, mas nem falei nada, não queria alimentar uma ansiedade nele, pois sei que quando se faz uso de anticoncepcionais por algum tempo pode ser difícil conseguir engravidar de imediato.
            Após o primeiro mês sem prevenir e tendo as noites mais prazerosas da minha vida, vi que não tinha conseguido ainda. Mas agora no segundo mês, quase terceiro eu estava atrasada. Nada que confirmasse, mas o suficiente pra ter a suspeita. Decidir não falar nada com Arthur seria alimentar demais a esperança dele pra depois vê-lo decepcionado.
            Decidi então que entraria mais cedo aquele dia no hospital, assim poderia adiantar meus atendimentos e conseguir uma pequena folguinha pra um rápido exame de sangue. Não queria que fosse feito no laboratório do hospital, minha queridíssima cunhada Mel trabalhava lá também, e eu não queria que ninguém suspeitasse de nada.
            Conseguir um intervalo entre alguns atendimentos devido a uma paciente que teve alta e foi ai que me dirigir até o laboratório mais próximo. Após feito era só esperar. No final da tarde mesmo já teria o resultado disponível. Passei o dia inteiro ansiosa, verificando se o resultado já estava disponível pela internet durante todo o dia. Assim que o vi disponível gelei.
* * *

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