sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A caminho do Verão

Capitulo 23
"Quem disse que eu iria te machucar?" Ele me pergunta.
"Arthur, eu já vivi o bastante, ou melhor, mais que o suficiente, para saber que toda vez que eu gosto de alguém eu saio machucada no final." Explico a ele.
"Lua, você parece uma velha falando assim." Ele fala rindo, e depois acrescenta " E, na boa, eu não fiz nada que possa levar você a crer que eu irei te machucar. Ou fiz?" Ele me pergunta.
Antes de eu ter a chance de responde-lo, ele acrescenta:
" Você tem que me dar uma chance, ou melhor, se dar uma chance, só assim você vai descobrir se será feliz ou não. Caso contrario, você passara a sua vida imaginando o que teria acontecido."
Eu olho-o, penso em como ele era atencioso comigo, como era divertido, carismático, engraçado, atencioso comigo e com todos. Lembro-me da forma dele agir, sempre com boa índole, e então eu acabo não resistindo mais, beijo ele.
 Nosso beijo começa lento, inicialmente vamos com calma, mas aos poucos vamos dando vazão ao desejo, a ansiedade, o desejo e a saudade.
 Estávamos nos beijando a quase dez minutos, eu acho, quando…
Estávamos nos beijando a quase dez minutos, eu acho,super felizes, quando escuto um “toc, toc”. Eu e Arthur paramos de nos beijar, eu encaro-o e, com muito medo, olho a janela.
Na janela, estava a minha madrasta, com uma cara de “eu sabia que isso ia acontecer no minuto que eu deixasse vocês sozinhos…”. Ela sorri para gente, com um olhar malicioso, o que me faz corar, e entra no carro. Arthur vai branco feito papel ao meu lado, sem falar uma palavra sequer.  Fomos calados o caminho inteiro, apenas trocando olhares de vez em quando, e as vezes deixando que nossas mãos se tocassem.
Depois de nos deixar na rua do prédio, a esposa do meu pai foi levar a sua assistente em casa.
"Então…" Começa o Arthur.
"Então?" Eu pergunto, com uma vontade louca de começar a rir ou fazer qualquer outra coisa idiotia.
"Você resolveu me dar uma chance ou vai fugir novamente?" Ele me pergunta.
Eu me aproximo dele, pego na sua mão, e dou um beijo de leve nos lábios dele, depois disso falo:
"Vou ficar aqui com você, morrendo de medo, mas vou nos dar uma chance"
Ele sorri e me puxa para um beijo. Caminhamos até em casa de mão dadas. Nos separamos apenas quando ele chega ao prédio dele, que é antes do meu, damos um beijo de despedida e ele entra em casa.
Eu, ao chegar no meu quarto, vou direto para a janela, com o desejo de ver se ele estava no quarto dele. 
Mas, em vez disso, eu vi uma outra coisa, algo que me deixou sem palavras…

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