quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera

Capítulo 31
POV- Lua
Quando abri a porta finalmente descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi foi o apartamento destruído, cheio de coisas quebradas.
Eu e Micael nos olhamos preocupados.
“O Arthur, temos que achar ele.” Eu disse para meu amigo, com isso, saímos a procura dele pelo enorme apartamento de luxo.
Achei-o em seu escritório, desacordado no chão, ao lado de uma caixa de remédios e uma foto que trouxe lágrimas aos meus olhos.
A foto fora tirada dois dias antes do fim do nosso namoro. Eu vira ela apenas uma vez, essa fora a vez que nós tiramos ela.
Sentei-me ao lado de Arthur, vi se ainda estava vivo, escutando os seus batimentos.
“Micael, chama uma ambulância!” Gritei com todas as minhas forças.
“Arthur, por favor, acorda. Você não pode me deixar sem que eu conte a verdade para você. Sem que eu beije você novamente, ouça sua voz, durma de conchinha novamente…” Eu disse entre lágrimas.
Sacudia-o, chorava, gritava, mas não deixava o lado dele.
Mandei uma mensagem para o primo dele, explicando que eu já estava no apartamento, mas que estávamos esperando uma ambulância.
Minutos, que mais pareciam horas, passaram-se, mas finalmente a ambulância chegou. Obviamente eu fui para o hospital junto, com o coração na boca e fiquei lá por um bom tempo a espera de noticias.
O médico, com sua cara de mosca morta, estava saindo do quarto quando eu vi-o.
“Dr, como está o Arthur?” Perguntei, assim que ele passou por mim.
“O Sr Aguiar está bem. Ele teve um desmaio por falta de comida, aparentemente ele estava sem comer à muitas horas. Mas o que me preocupa é o câncer dele. Lua, o meu paciente deseja falar com você, mas vá rápido, pois dopamos ele para poupá-lo e logo ele adormecerá.” Ele me respondeu, para o meu desespero.
Não demoraram muitas horas para o primo dele chegar, com a noticia de que a família ia forçá-lo a fazer o tratamento.
Fiquei com pena dele, mas principalmente apavorada, já que o Arthur, ao acordar, pediu para falar comigo.
“Oi Arthur, como está?” Perguntei ao entrar no quarto da UTI, onde ele encontrava-se.
“Lua, não vou falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento, pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele pediu.
“Arthur, como assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur adormecera por conta dos remédios.


Sai dali e fui direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário