sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A caminho do Verão 2

Capitulo 9
POV- Lua
Ao chegar em casa, peguei tudo o que eu possuía de lembrança do Artgur (presentes, fotos, ingresso de cinema, TUDO) e coloquei em uma caixa. Essa caixa eu coloquei dentro do deposito, e jurei JAMAIS abri-la novamente. Só não joguei-a fora pois não tive coragem.
Os meses foram se passando, e eu passei de amiga para namorada do Rodrigo. Eu gostava dele, não amava-o, mas gostava. Era agradável ficar com ele, era divertido conversar com ele, não era ruim beija-lo, mas não era nada de inlouquecedor. Mesmo depois de três meses de namoro, jamais tivera coragem de ficar intima dele.
Em junho, em uma janta que houve na minha casa, eu bebi um pouco. Um tanto alterada, aceitei ir para um quarto sozinha com o Rodrigo (jamaishavíamos ficado num lugar tão excluso a sós), para ser mais exata, eu estava no escritório da minha mãe.
Ele começou a beijar-me com mais intensidade que o normal, eu sequer reagia ou reclamava. Eu estava até gostando no inicio. Quando dei por mim eu estava em cima da escrivaninha da minha mãe, com uma das mãos do meu namorado subindo pela minha coxa, enquanto ele colocava-se, ainda beijando-me, por cima de mim.
Eu estava a ponto de chama-lo de Thur, quando lembrei-me que ele era o Rodrigo. Segurei-me com todas as forças para não murmurar o nome do meu ex, e de tanto prender-me comecei a ficar tonta.
Os beijos que antes me excitavam passaram a ser sufocantes, o teto girava sobre mim, e o hálito quente no meu pescoço me deixava abafada,sufocada, desconfortável.
Rodrigo começou a se cansar de apenas beijar-me, e eu ficava cada vez mais tonta e sem forças. Comecei então a entrar num devaneio, imaginando que o Rodrigo era o Arthur, e que em vez daquela mesa dura, gélida e desconfortável, eu estava na cama macia, quente e deliciosa do meu ex.
Quando o Rodrigo começou a abrir meu vestido eu ouvi um sonoro:
"QUE POUCA VERGONHA é ESSA LUA BLANCO? E AINDA POR CIMA NO MEU ESCRITORIO?!" Gritou minha mãe.
Olhei-a assustada, e antes mesmo de eu pudesse falar qualquer coisa ela gritou:
"Rodrigo some daqui! E você Lua, se prepara, vamos ligar pelo Skype para o seu pai! Ele deve dar um jeito em você!" Ela fala, claramente chateada e decepcionada.
Senti meu coração sair do meu peito pela minha orelha (não sei como). Corri para o banheiro, verifiquei se não havia nenhuma marca no corpo muito reveladora ou comprometedora. Tapei um pequeno roxo com maquiagem. Lavei meu rosto, arrumei o cabelo, respirei fundo e preparei-me para enfrentar meu pai.
Depois da festa acabar, minha mãe veio falar comigo (isso não foi muito depois de eu sair do banheiro):
"Como você espera que eu confie em você, para deixa-la três semanas sozinha aqui, se você me apronta uma loucura dessas? Lua que você não é uma criança eu sei, mas achei que era decente o suficiente para escolher o local e a hora certa para essas coisas!"
Eu ia responder, mas ela me interrompeu.
"Conversei com o seu pai, contei o que aconteceu. Ele aceitou ficar de olho em você enquanto eu viajo." Ela fala.
"Ele vem para o Rio?" Pergunto surpresa.
"Não, você vai para Porto Alegre. E dessa vez, você ficará de castigo la, sobre os olhos vigilantes da sua madrasta e do seu pai." Ela avisa-me.
E foi assim, que eu retornei a Porto Alegre, e reencontrei o Arthur Aguiar.

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