quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera

Capítulo 13
POV- Lua
Decidi visitar o Arthur num dia que eu sabia que o hospital estaria vazio. Com a ajuda da Rose, empregada dele, entrei sem ser vista.
Quando fui no quarto dele, não pude evitar observá-lo. Como eu conseguira me apaixonar por um canalha como ele? Eu sabia que no fundo daquele garoto arrogante, vivia um menino carinhoso.
Eu havia posto uma caixa de chocolate, cuja marca era a mesma que nós sempre dividíamos na casa dele, quando vi que ele acordara.
“Arthur, volta a dormir.” Pedi. Caminhei até a cama dele, passei a mão em seu rosto, que estava mais magro que o normal, beijei-o a face e sai.
Depois daquele dia, Rose contou-me que o pai dele fora visitá-lo, que ao acordar ele perguntou se alguém o visitara e que ficara numa felicidade imensa ao ver os chocolates que eu deixara de presente.
Sempre que eu vi a Rose nós conversávamos. Um dia ela me perguntou sobre a faculdade, e eu respondi:
“Ah Rose, não consegui passar na federal e a particular, que eu passei, não tenho dinheiro para pagar.”
“Lua, que pena. Você tentará novamente?” Perguntou-me.
“Não sei…” Respondi.
Dias depois, recebi uma ligação de uma das melhores particulares do país. A faculdade disse que eu ganhara uma bolsa de estudos. Com isso, mudei-me para a cidade dessa faculdade, determinada a achar o amor da minha vida.
POV- Arthur
Ao meu lado, encontrava-se uma caixa de chocolate, que eu acreditava ter sido enviada pela Lua. Após muitos dias, resolvi perguntar como ela estava para a Rose, essa respondeu-me:
“Ela está bem.” Rose respondeu-me vagamente.
“Já foi para faculdade?” Perguntei, curioso e imaginando se um dia eu iria também.
“Não. Ela não conseguiu passar na federal e a privada ela não tem dinheiro para pagar.” Rose comentou.
POV- Lua 
————-1 ano depois——-
Eu já estava a um ano na faculdade. Fizera amizades como jamais pensei que teria. Sophia, Mel, Carla, Micael, Chay e vários outros viraram minha nova família.
No primeiro dia dos calouros na faculdade, fizemos um baile de máscaras. Como trote, eles seriam obrigados a pagar a despesa da festa.
Tudo ocorria muito bem, até que um dos valentões da minha turma decidiu implicar com um calouro. O que ele fazia parecia mais um bullying que brincadeira. Todos pareciam achar aquela cena deplorável maravilhosa.
“Pare!” Eu gritava, mas meus gritos e pedidos pareciam ser abafados pela gritaria que excitava a brincadeira.
Por fim, um garoto moreno, de ombros largos, mascarado, trajando um terno muito bonito, interviu.
Meu colega começou a bater nele, mas o menino conseguiu defender-se dando uma surra nele, mas saindo com o nariz sangrando.
“Você está bem?” Perguntei, puxando-o pelo braço.
 “Estou.” Ele falou, virando-se.
“Deixe-me ajudá-lo com seu nariz.” Eu disse, puxando-o em direção à enfermaria.
O menino agradeceu. Ao chegarmos à mini enfermaria, percebi que ele não era da minha turma. Após ajudá-lo com o nariz quebrado, notei nos olhos dele.
“Você me parece muito familiar. Nós já nos conhecemos?” Perguntei.
Os olhos dele lembravam-me muito o Arthur, o corpo estava diferente, mas quem sabe o que aconteceu após um ano? Eu sabia que ele havia se recuperado… Quando o menino respondeu qual era o nome dele….

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