quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera

Capítulo 24
POV- Arthur
Quando entramos no carro, após a festa do Micael, Lua virou-se para mim e perguntou:
“Sobre o que você mentiu?”
“Eu? Ah Lua… Coisas bobas…” Eu menti, novamente.
“Por exemplo?” Ela perguntou.
“Por exemplo…. Por exemplo se eu já estava melhor ou não no dia do hotel.. o corte ainda doía ok?” Falei, rindo (nervoso).
“Ah.. Ok. HAHA.” Ela disse, rindo.
“Ah amor, mas não precisa mentir para mim.” Lua falou, beijando minha bochecha.
“Eu sei que não, e você também não precisa mentir para mim.” Eu disse.
Consegui passar mais uma vez sem que Lua descobrisse a verdade, mas cada dia a coisa ia ficando pior.
Na semana seguinte, eu e meu primo Diego Montez, nos encontramos para jogar tênis num clube.
Ele, como sempre, veio insistir para que eu dissesse a verdade.
“Cara, ela vai descobrir logo. Cada dia ela fica mais curiosa a seu respeito…”
Eu odiava admitir, mas meu primo tinha razão. Eu precisava contar a ela logo, caso contrário a perderia para sempre.
Mas, para contar a verdade, eu precisava “preparar” o terreno, ou seja, arrumar a hora perfeita para contar para Lua.
POV- Lua
Numa quarta feira qualquer, Diego me mandou um SMS pedindo que eu fosse na casa dele jantar. Como eu não tinha provas, nem outros compromissos, aceitei.
“Oi amor.” Eu disse, ao chegar na casa dele.
“Oi linda.” Ele falou beijando-me.
“Então, hoje vou me surpreender novamente com seus dotes culinários ou iremos pedir algo?” Perguntei.
“Pedi uma pizza mesmo…. Afinal, hoje é meu aniversário e eu quero curtir com você esse dia.” Ele falou.
“Seu aniversário? Parabéns amor!” Eu falei, beijando-o.
“Ok, chega de falar sobre meu aniversário.” Ele pediu. “Vamos escolher o sabor da pizza?”
Assim, escolhemos o sabor da pizza, pedimos ela e nos sentamos no sofá para pedir assistir à um filme.
POV- Arthur
Logo na hora que eu fui nos servir vinho, o interfone tocou.
“Lua, você pode pegar na minha carteira, que está no bolso da calça, o meu cheque?” érguntei, enquanto tentava arrumar o desastre que eu fizera na cozinha.
“Claro amor.” Ela disse.
Lua pegou o cheque, entregou-me e eu desci para pegar a pizza, quando retornei ela olhava-me furiosa:
“Seu canalha!” Disse, jogando o cheque em meu rosto.
“Lua, espera, o que houve?” Perguntei, sem entender.
“Acho que nada ARTHUR AGUIAR!” Lua falou, retirando o anel de namoro que eu dera para ela e colocando na mesa, ao sair pela porta da minha casa.
Tentei ir atrás dela, mas isso foi em vão…. Não consegui que ela me escutasse, nem mesmo que respondesse minhas mensagens. Conclui que ela descobriu tudo ao ler o meu nome (Arthur Aguiar) no cheque que estava na minha carteira.
Pensei que minha vida não tinha como ficar pior, mas, como sempre, eu estava completamente errado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário