quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera

Capítulo 8
POV- Lua
Quando cheguei na casa do Arthur, naquela segunda feira chuvosa, o menino pareceu estar mais cansado que o normal. Mal começamos a discutir, uma médica entrou no quarto.
Ela estava lá para comentar a respeito dos exames que ele fizera nele no final de semana.
“Oi Sr Aguiar, como está se sentindo hoje?” Ela perguntou.
“Eu estaria melhor se pudesse sair de casa, mas como não posso, não tenho como dizer que estou bem.” Explicou Arthur
A médica fez uma careta, olhou para mim e depois para o paciente.
“O sr deseja que ela saia, para que eu possa conversar com você a respeito do resultado dos exames?” A médica perguntou.
“Não a Lua deve ficar, e desejo que você cumprimente-a quando entrar aqui. Ela não é uma serviçal.” Arthur falou, deixando-me muito feliz.
Aquilo havia sido o mais próximo de um elogio que ele dera a mim.
“Ok, perdão. Olá senhorita.” A médica falou.
“Olá Dra.” Eu respondi, um tanto encabulada.
“Pois bem, Sr Aguiar, eu examinei seus exames, e conclui que talvez fosse melhor fazermos uma cirurgia.” A médica, com cara de azeite estragado, falou.
O comunicado deixou-me profundamente triste. Fiquei com uma pena horrível do Arthur. O rosto do menino que eu acompanhava caiu ao chão de tanta tristeza.
POV- Arthur
“Você já falou com a minha mãe?” Perguntou após um tempo.
“Sua mãe está muito ocupada, por isso ela pediu que eu viesse falar diretamente com o senhor.” Respondeu a médica.
Claro, ocupada… Minha mãe tinha vergonha da situação em que eu me encontrava, jamias desejara-me, verdade seja dita, ela apenas comprava coisas, jamais lembrando-se de mim.
Quando a médica saiu, Lua falou:
“Arthur você está bem? Quero dizer, bem em relação à noticia?”
“Lua, você é mais burra que eu pensava. É obvio que eu não estou bem! Eu vou fazer uma cirurgia! Eu piorei! Eu posso morrer! Obviamente, isso tudo é ruim para você, afinal, você parará de receber dinheiro para acompanhar.” Falei irritadíssimo.
“Arthur, eu me preocupo de verdade com você. Não quero que você morra. Eu gosto de você, como um amigo.” Ela falou, segurando uma lágrima na ponta do olho.
Para isso respondi:
“Para de ser falsa. Essa lágrima é a coisa mais ridícula que eu já vi. Você é apenas uma menina interesseira, vulgar, ridícula e pobretona. É incapaz de gostar de mim, se gosta de algo é do meu dinheiro. Eu tenho NOJO de você.”
Lua olhou-me incrédula. Depois disso ela virou-se para mim e falou.

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