quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Bela e a Fera

Capítulo 1
POV- Lua
O diretor do colégio, que chamara-me em sua sala, pediu que eu me sentasse em uma das grandes poltronas de couro.
“Lua, gostaria de oferecer algo a você.” Ele disse, sorrindo maliciosamente.
Eu já havia ouvido boatos dos assédios sexuais desse diretor, e, por isso, estremeci na cadeira.
“Ammm eu não estou interessada.” Falei, sem mesmo ouvir a oferta.
“Lua, espera. Você será remunerada, eu prometo que a oferta irá lhe trazer muito prazer.” Ele falou.
Olhei-o apavorada, mas como ele segurava minha mão fui forçada a ouvir a proposta, enquanto segurava minha respiração.
“A senhora Aguiar deseja que uma aluna do colégio passe as tardes conversando com o filho dela. Você além de receber dinheiro para isso, também  terá a chance de conversar com esse esperto garoto.” Ele explicou.
Quando ouvi isso passaram em minha cabeça algumas coisas: o alivio por não estar sendo assediada, a ideia que eu estaria ganhando dinheiro (devo dizer que eu precisava de dinheiro para o cursinho de vestibular que eu desejava fazer) e o fato de, até onde eu sabia, o Arthur (filho da Sra Arguiar) estava na Europa, não no Brasil.
“Diretor, mas o Arthur não estava viajando? E para que ele precisaria de minha companhia?” Eu perguntei.
“Se você aceitar a proposta a Sra Aguiar irá explicar tudo à você.” Falou o diretor.
Prometi que pensaria no caso. No dia seguinte, fui ao encontro do diretor e disse que aceitava a proposta, com isso, na tarde daquele mesmo dia, eu fui encontrar-me com a mãe do menino, que me explicaria o caso e o que desejava que eu fizesse.
POV- Arthur
Quando a pessoa que minha mãe chamou para ficar em minha companhia chegou, eu coloquei meu plano em prática. Não queria ter que ficar com uma pessoa  falsa e interesseira (era mais que óbvio que ela estava apenas interessada no dinheiro que minha mãe pagaria), nem mesmo que essa mesma fulana tivesse pena de mim. Meu estado,devo confessar, era horrível, os meus cabelos foram raspados, por causa do tratamento, meu rosto estava magro, meus olhos possuíam olheiras escuras e profundas em baixo deles enquanto minha cara estava muito pálida. O meu acompanhante era um menino, no estilo nerd. Bastaram duas frases que o coitado saiu correndo de lá.   No outro dia, para minha tristeza, minha mãe enviara uma menina, que não era feia, mas olhava-me com pena. Aquele olhar fez com que minha revolta voltasse e eu mais uma vez colocasse meu plano em prática, porém, nem tudo saiu como eu desejava.

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