sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A caminho do Verão

Capitulo 32
(POV- Lua)
Não imaginava que o Arthur passara por tudo aquilo, mas ficava feliz em saber sobre a vida dele, além de poder dividir com alguém minha historia (coisa que eu só fizera para a Mel e pra Sophia, depois de muita insistência delas, quando acabei o namoro com o Thur).
Eu estava apavorada. Aceitara passar a noite na casa do Arthur, meu namorado, completamente sozinha.. 
Preciso dizer mais alguma coisa? (Detesto quando começo a falar comigo mesma, mas nesse momento ligar pra minha mãe e falar que eu estava a sós com o Thur ano era uma boa ideia  nem ligar pra meus irmãos ou para as meninas…). Eu admito estar, em parte, muito feliz e animada, e que desejava passar a noite com ele, afinal o Thur era meu namorado (como é bom falar isso), e ele era uma das pessoas que eu mais confiava, então não havia problema. Apenas com ele eu me sentia segura.
Na hora do jantar, fui surpreendida pelo o Arthur, que se mostrara um excelente cozinheiro.
 Depois de jantarmos, fomos assistir um filme. Aproveitei a desculpa que estava frio passar o filme inteiro abraçada nele, mas a verdade era que eu queria apenas ficar coladinha nele.
Quando o filme acabou estava na hora de dormir, afinal no dia seguinte teríamos que trabalhar na escola de teatro, e eu tinha aula de atuação às oito e meia da manha.
Mas, na hora de dormir, surgiu algumas questões não planejadas: nos dormiríamos juntos? Eu usaria que roupa para dormir? Iríamos realmente dormir, ou ele planejava algo mais?
Meio sem graça, para não dizer completamente, eu perguntei ao Arthur:
"Thur, com que roupa eu vou dormir?" Falo, sentindo minhas bochechas ficarem mais vermelhas.
Ele me olha, sorri sem graça, e fala:
"Se preferir dormir na sua casa eu compreendo." Ele me responde, já imaginando que eu não queria dormir na casa dele.
"Não! Eu quero dormir com você!" Falo isso, e assim que acabo a frase penso: "Puts, falei de tal forma que mais parece que eu quero outra coisa."
Arthur fica me encarando, meio surpreso, mas, ao mesmo tempo, sorrindo.
Então, para evitar qualquer mal entendido, eu decido reformular a frase
"Am, o que eu quero dizer é que… Eu quero dormir aqui na sua casa."
Ele me olha, e, depois de uma risadinha sem graça, fala:
"Você se importa de dormir com a minha camisa?"
"Claro que não." Respondo.
Claro que não MESMO, afinal, tudo que eu mais queria era dormir sentindo o cheirinho dele.
Depois de trocar de roupa e escovar os dentes, fui para o quarto do Thur, vestindo a camisa dele. 
Chegando la, vejo-o deitado num finíssimo colchão no chão. Ele estava, na hora que eu entrei, olhando vidrado para o teto (coisa mais estranha impossível). Olhei-o, e depois para cama de casal, arrumadinha e fofinha. Respirei fundo e falei:
"Thur…" Respirei novamente, "Dorme na cama comigo." Peço, e acrescento " No chão é horrível."
Ele finalmente me olha, e fala:
"Lua, se eu me deitar com você não poderei me responsabilizar pelos meus atos."

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