sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A caminho do Verão

Capitulo 22

O beijo foi…Lento, seguro, apaixonado, de tirar o fôlego, deixar as pernas bambas, tão bom que me deixou nas nuvens, e justamente por isso eu até agora não compreendi o porque eu fiz o que fiz.
O beijo me deixou tão bamba, que eu perdi a noção do que estava fazendo, do tempo e da razão. A única coisa que eu consegui fazer foi sair correndo. Sai correndo, isso mesmo, fugi do Arthur, do Planeta, de tudo.
Eu fiz isso porque não queria me machucar novamente, me apaixonar e quebrar a cara logo em seguida. De forma alguma eu queria admiti que o Arthur mexera comigo como ninguém havia antes.
Eu não posso, não quero, e não vou sentir aquele amor incondicional, aquela paixão sem limites, afinal, já sei que sentir isso só leva ao desespero,a tristeza, e a solidão.
Parei apenas quando percebi que estava perdida. Então, para poder retornar á Porto Alegre,pedi auxilio para uma senhora que encontrava-se sentada no centrinho da cidade. Ela me explicou como chegava a rodoviária da cidade, e eu ao chegar lá apenas mandei um sms para Mel, avisando que um imprevisto surgiu e que eu estava retornando a capital.
Eu consegui evitar encontrar com o Arthur pelos próximo  dias, mas foi inevitável encontra-lo cinco dias depois do evento, quando estávamos, eu e ele, no banco de trás da minha madrasta, apenas separados pela minha bolsa colocada, propositalmente, entre nós.
Na parte da frente do carro estava a esposa do meu pai e a sua assistente de palco. Enquanto na parte de trás estávamos eu, Arthur, minha bolsa e um enorme desconforto. Quando faltava metade do caminho para chegarmos em casa, minha madrasta avisou que precisaria fazer uma parada rápida numa loja.
Com isso ela e assistente saem do carro, deixando-me a sós com o Arthur. A minha vontade foi de gritar, sai correndo atrás dela, ou até mesmo chorar estive evitando ficar a sós com ele a dias, e agora estava presa dentro daquele automóvel.
Assim que as duas saíram Arthur virou-se para mim, encarando-me por debaixo daqueles óculos de sol, que deixavam-o muito sexy.  Ele depois de me encarar por uns dois segundos, que mais pareceram anos, falou:
"Precisamos conversar."
E antes que eu pudesse protestar ele acrescentou:
"Você não queria ficar comigo? Por que se esse é o problema, bastava ter me avisado." Ele fala, um pouco magoado.
"Eu queria…" Confesso.
"Então por que fugiu?" Pergunta-me ele.
"Porque eu cansei de me machucar." Explico, sentindo as lágrimas escorrerem por debaixo dos meus óculos e sol.

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