segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

14
No dia seguinte fomos as três pro colégio, Bia estava de bico comigo e a Mel estava super alegrinha, e passou a semana toda assim, acordava cedo e ia pra escola sem reclamar de nada, ao contrário de mim que ia parecendo um dragão. Não vi Gustavo durante a semana inteira, também me esforcei ao máximo pra isso, fugi dele igual o diabo da cruz, mas sabia que sábado na aulinha de skate eu teria que encara-lo. Já eu e Tico estamos cada vez mais amigos, ele foi quase todos os dias levar as meninas e eu no colégio e hoje sexta-feira me buscou no serviço.

- O que vamos fazer hoje? - ele me olhou e começou a batucar no volante, ele e sua mania irritante.
- Ai! To cansada, queria assistir um filme, comer uma pipoca e só isso. - falei olhando a rua pela janela do carro.
- Seu desejo não é uma ordem, mas vou quebrar seu galho e hoje vamos fazer isso. - ele virou na rua da locadora.

- O que vamos assistir? - perguntei olhando os filmes na prateleira.

- Comédia? - ele mostrou o dvd.
- Ah não. - voltamos a olhar os dvd's.
- Terrorzinho bem leve? - ele me olhou.
- Demorou, qual?

Nós escolhemos três filmes, um de terror, um de desenho e um de guerra que o Tico fez graça que queria assistir.

- Se for ruim eu te mato. - falei olhando a capinha do filme de guerra.
- Para, ouvi fala que é moh foda e mesmo que não seja você vai assistir comigo do mesmo jeito.
- Alguém já te falou que você é folgado pra caramba? 
- Sempre, minha mãe sempre
fala. - ele riu.

Fomos pro meu apartamento e estava o maior barulho lá, Bia ouvindo música, Mel estava na cozinha fazendo um bolo. Então decidimos ir pro apartamento do Tico, jogados as almofadas no tapete da sala, ele fez pipoca de micro-ondas e deitamos os dois no chão pra assistir os filmes. 

- Puta que pariu o que aquela idiota tá fazendo ali? Ela não viu que o cara entrou ali? Que burra. - eu falava agitada, por conta da mocinha do filme.
- Calma chaveirinho, é só um filme. É assim mesmo. - Tico falava rindo.
- Que filme de merda, ela viu que o assassino entrou ali e ela entrou também, tá achando que vai matar o cara com o secador de cabelo dela. - revirei os olhos.
- Para de gritar, escuta lá o filme. - ele tacou uma almofada em mim.

O filme de terror acabou e decidimos descer pra pista de skate, Tico falou que ia me mostrar como ele mandava bem e eu cai na risada falando que eu andava muito melhor que ele.

...

- Você tá sabendo que vai ter showzinho de rock na praça hoje, não é? - Mel falou quando entramos no apartamento.
- Não, nem sabia. Que banda? - olhei toda empolgada.
- Cover do capital, falaram que é legal. - ela nos olhou. - Ah, oi Tico. - Mel falou quando viu o Tico.
- Oi gatona. - ele piscou e foi sentando no sofá.
- Bom, então vou me arrumar e nós vamos pro showzinho Tico. - ele me olhou e concordou.

Fui pro quarto , tomei um banho e me arrumei, coloquei uma saia estilo tutu preta, uma camisetinha do Ramones, jaqueta de couro e um all star cano médio. Maquiei bem
os olhos de preto e ao invés de esmalte preto, passei um roxo bem escuro. Soltei o cabelo, peguei a chapinha da Bia e fiz uns cachos grandes nas pontas do meu cabelo. Ótimo, eu estava pronta. 

- Estou pronta, vamos? - falei entrando na sala. 
- Uau!. - Tico falou se levantando. 
- Nem pensar Julie, você vai me esperar. - Mel saiu correndo pra dentro do quarto. 
- Vai logo então. - gritei. - Gostou? - falei dando uma voltinha. 
- Tá gata. - Tico falou dando uma analisada nas minhas pernas. 
- Idiota. - dei um tapa nele. - Tá pronta Mel? - gritei. 
- Quase. - ela respondeu aos berros. 

Tico e eu ficamos assistindo tv até a Mel sair do quarto toda fofinha, ela estava com uma calça jeans clara, coturno vermelho e uma camisetinha com um decote super favorável, que deixava suas tatuagens todas a mostra. 

- As meninas dessa casa detonam hein. - Tico falou se levantando e eu e a Mel rimos. 
- Mel, você tá muito meiga. - falei olhando ela. 
- Pra mim esse decote tá sexy e não meigo. - Tico falou dando uma olhadinha nos seis fartos da Mel. 
- Calado. - falei rindo. 

- Quer pegar também, Tico? - Mel falou rindo. 
- Se você fizer questão eu nem discuto. - nós rimos. 

Assim que chegamos na praça ainda não estava lotada, mas certeza lotaria, o povo aqui é tudo arroz de festa, sempre estão em todas. Só espero que dessa vez não apareça nenhum pagodeiro, porque da outra vez deu uma puta briga porque um pagodeirinho ligou o som mó alto e os caras
mais doidão saiu tudo pra cima dele. Foi bem louco. Logo foi juntando o pessoal conhecido, tipo Sam, Rafa, Bruno, umas menininhas lá do colégio e a Bia também apareceu lá com o Gustavo, me pergunto que tanto eles ficam de segredinho. Tico e eu fomos procurar bebida e o pessoal ficou lá. 

O show começou a rolar e os caras até que tocavam bem, não fazia muito meu estilo mas fazer o que né. Bia se esfregava toda hora no boyzinho e a Mel e o Sam engataram em uma conversa sobre tartarugas marinhas. Estava um tédio. 

- Tico a gente devia ter ido pra pista. - falei apoiando a cabeça no braço, aquela típica posição de tédio, sabe? Então. 
- Pode crê chaveirinho, isso aqui tá miado demais. - ele me olhou e sentou do meu lado. 

A bandinha lá começou a tocar Só você e os casais que estavam lá começaram a fazer ceninha, dançando juntos e Tico e eu ficávamos rachando o bico de tudo aquilo, começamos a imitar um casal que estava lá dançando, parecia baile de forró. Estava tudo só alegria quando eu olho a Bia beijou o Gustavo e o cafajeste não parou, continuou o beijo. 

- Que filho da puta. - sussurrei. 
- Que foi? - Tico perguntou, mais assim que olhou para os dois se beijando ficou de boca aberta. - Que isso hein. 
- Tico. - falei olhando pra ele. 
- Que? - ele me olhou. 
- Me beija. - falei baixo. 
- Nem pensar. - ele olhou assustado. 

- Me beija logo caralho. - coloquei os braços em volta do pescoço dele. 
- Ai merda. - ele fez uma cara tensa e se aproximou de mim super apreensivo. 
- Finge que não sou eu, qual é sou
tão feia assim? - assim que terminei de falar isso ele me puxou com força pela cintura e me lascou um beijo DAQUELES. Aos poucos fomos parando e encerrando o beijo com selinhos. - Foi tão ruim assim? - sussurrei. 

- Foi como beijar a minha irmã. - ele fez uma cara super tensa e nós rimos. 

- Idiota, não foi tão ruim assim vai. - dei um tapinha nele e dei uma olhadinha pra ver se o Gustavo estava olhando. Dito e feito, ele estava com uma cara de raiva, sentou no banco lá e emburrou o resto da noite, um bico maior que de um elefante, foi até que bonitinho ver ele daquele jeito, ainda mais sabendo que era por causa de mim. 

Quando estávamos indo embora o Tico começou a me questionar sobre minha atitude, e eu até que estava um pouco arrependida. 

- Achei que você nem ligasse pra ele. - ele falou quebrando o silêncio. 
- E-eu não ligo. - gaguejei no começo e logo falei mais firme. - É que eu não quero que ele ache que estou interessada nele, tenho a impressão que ele faz as coisas só pra me irritar sabe, impressão não... Tenho certeza disso. 
- Talvez porque ele goste de você de verdade, já parou pra pensar nisso? - ele me olhou. 
- Não, ele não gosta de mim. - falei apreensiva. - E mesmo que gostasse até parece que eu ficaria com um boyzinho que nem ele, de boa Tico o cara deve precisar de empregada ate pra por comida no prato, sério... Não faz o meu estilo. - falei desconversando. 
- Ah Julie, você devia parar de desdenhar tanto ele. Nem preciso te dizer aquele velho ditado de quem desdenha quer... Já sabe né. - ele riu. 

- No meu caso eu desdenho e não quero nada com



ele, chega desse assunto. - ajeitei a jaqueta e sai caminhando na frente.
- Tá, vou parar. - ele ficou em silêncio. - É de madrugada, você tá de saia e tá super escuro aqui, acho melhor você andar do meu lado.
- Eu sou grandinha, sei me cuidar. - falei toda sequinha.
- Tá bom, então não olhe agora mas tem uns caras ali na frente olhando pra você.
- Onde? - falei procurando.
- Ali, olha. - eu olhei e vi um grupo de homens, pareciam estar todos meio mamados e por incrível que pareça eles estavam me vendo e começaram a mexer comigo. Eu olhei pro Tico e sai correndo na direção dele. - Não é grandinha? - ele falou rindo de mim.
- Sou, é que eu quero conversar. - falei tentando disfarçar.
- Sei. Com esse 1,60 de altura, aqueles caras te colocam no bolso. - ele falou rindo.
- Sem graça. - passei o pé na frente dele com a tentativa de faze-lo tropeçar.

Gustavo Narrando

Cheguei em casa muito bravo, não acredito que a Julie tá ficando com aquele cara. - O que ela viu nele? O cara parece um boi com aquele piercing no nariz. - falei baixo.
- Falando sozinho? - Rafael falou sentando no sofá.
- Não, quer dizer... Tava pensando porque a Julie tá ficando com aquele cara. - falei mudando de canal.
- Você beijou a Bia, você falou pra mim que estava gostando da Julie, não entendi nada. - ele mudou de assunto.
- A Bia me beijou mano, te juro que eu não queria, só que eu fico meio assim de rejeitar a Bia.
- falei olhando pra ele. 
- Meio assim por que? Você prefere perder a Julie pra outro do que rejeitar a Bia? Que gostar é esse? Não te entendo Guto. - ele começou o sermão. 
- Você não entende cara, a Bia já foi muito rejeitada e ela não aceita muito bem isso. - eu me segurei pra não abrir o jogo e falar que a Bia se drogava e eu tinha medo de que ela fizesse algo errado se eu a rejeitasse. 

- Não entendo mesmo, mas se você continuar com esse joguinho com a Bia, não vai conquistar a Julie nunca, ela é diferente e você sabe disso. 
- Eu sei disso, mas não sei o que eu faço, é complicado. - passei a mão na barba rala. 

- Complicado? É simples, chega na Bia e fala que só quer a amizade dela e se empenha em conquistar a dona marrentinha. - ele riu. 
- Não posso falar isso pra Bia. - olhei pra ele e me levantei indo lá pra fora na piscina. Sentei numa espreguiçadeira e fiquei encarando o céu estrelado. Já devia ser mais de 3h da manhã e logo eu teria que ir pra pista, eu nem sabia se iria mesmo, estava tenso demais pra ver a Julie. 

Acordei cedo, quer dizer eu nem dormi direito, se dormi 1h foi muito, coloquei uma bermuda preta e uma camiseta branca e um tênis que eu comprei só pra andar de skate. Sai de casa antes que minha mãe acordasse e ficasse o tempo todo atrás de mim pra saber onde eu estava indo. Quando cheguei na pista a Julie estava sentada com a cabeça baixa, parecia pensativa, ou com sono talvez, não sei. 

- Tá tudo bem? - perguntei caminhando em sua direção. 
- Poderia estar melhor. - ela falou se levantando. - Mas, vamos a aula. - ela pegou o skate e mudou totalmente de assunto, começou a me explicar onde eu colocaria o pé e como remava. 
- Os meninos, cadê? - perguntei olhando pra ela. 
- Eles não vem hoje. - ela falou desanimada e eu me liguei que a tristeza dela tinha alguma coisa a ver com os meninos. 
- Aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupado. 
- Pra que você quer saber? - ela perguntou sentida. 
- Porque eu fiquei preocupado ué. 
- Preocupado? Você é tão falso Gustavo, você tem tudo e duvido que algum dia você fez alguma coisa pra ajudar alguém. - ela falou seca. 
- Eu estou tentando mudar Julie, mas isso não acontece assim de uma hora pra outra, mas eu estou me esforçando, por favor me fala o que aconteceu. 
- É assunto meu, você não tem nada a ver com isso. - ela falou incomodada. - E você está aqui pra aprender a andar de skate, então vamos a aula, afinal você tá pagando por isso. - ela falou super fechada e voltou a me ensinar.
Aquilo realmente me preocupou, ela não parecia estar bem, era visível e o fato dos meninos não terem ido foi realmente muito estranho. Assim que a aula acabou ela foi no caminho oposto ao do apartamento, então decidi segui-la, ela ia caminhando com os fones de ouvido e cantarolando baixinho, quando ela dava algum toque que olharia para trás eu me escondia em algo. Ela não andou muito até chegar em uma casa grande, o que parecia alguma espécie de colégio, não sei. 
Assim que ela entrou eu entrei atrás, ela entrou em uma sala e eu fiquei olhando para ver o que ela faria, o lugar era estranho e cheirava a naftalina. 

- Oi Maria. - Julie falou pra uma senhora e a beijou, pareciam já se conhecer a um tempo. 
- Que bom que você veio, os meninos estão muito chateados pelo diretor não autorizar mais a aula. - a senhora falou. 

- Esse cara tá tirando uma né? Nós concordamos que os meninos todo sábado iriam até a pista. Agora ele tá dando pra trás por que Maria? - ela falava nervosa. 
- Eu não sei filha, mas é melhor você deixar isso pra lá, tenho medo dele fazer alguma coisa com os meninos. - a senhora falou como se tivesse medo do tal cara. 
- Nem pensar Maria, nem que eu tenha que quebrar a cara dele, ele combinou uma coisa comigo e eu não sou de deixar as coisas pra lá. - Julie saiu nervosa e entrou em uma porta grande. Eu fui atrás dela e a Senhora acabou me vendo. 
- Quem é você? - ela me olhou. 
- Sou um amigo da Julie, vim com ela pra garantir que o cara lá não vai fazer nada a ela. Sabe como ela é esquentadinha. - menti o melhor que pude. 
- Entendo. Pode ir então. -
ela sorrio e abriu a porta pra mim. 

Assim que entrei vi o que a grande porta escondia... Aquilo era um orfanato, sem dúvidas alguma. Tinha várias crianças em um pátio, perdi Julie de vista mais logo depois vi ela com o Pedrinho no colo. 

- Você comeu hoje Pedrinho? - ela perguntou preocupada. 
- O café hoje foi quatro bolachas e um copo de leite quente. - ele falou todo sorridente. 
- E vocês comeram? - ela perguntou para as outras crianças que formavam uma rodinha em volta dela, eles pareciam se conhecer bem, eram íntimos. 
- Eu comi. 
- Eu também. - uma menina moreninha respondeu sorrindo. 
- Então tá bom, tem que comer mesmo, se não fica doente. - ela falou olhando pras crianças. 
- É se não fica igual o Zico. - a menina moreninha falou. 
- O Zico ainda está doente? - ela perguntou olhando a menina. 
- Tá sim, e o Dr. Raul deixou ele na enfermaria. - ela falou fazendo gestos. 
- Então que tal a gente ir lá visitar ele? - ela falou colocando Pedrinho no chão. 
- Vamos. - as crianças gritaram juntas. 

- Mas antes vamos passar na casa do teatro e pegar acessórios. - ela falou indo pra uma porta e as crianças foram seguindo ela. 
- É mas o Dr. Raul não gosta que pega as coisas daqui sem pedir pra ele. - Pedrinho falou receoso. 
- Mas eu to falando que pode Pedrinho, hoje eu mando aqui. - assim que ela liberou as crianças pegaram óculos, pompons, luvas, mascaras, nariz de palhaço.
Julie colocou um nariz de palhaço e um laço colorido enorme na cabeça, ficou toda fofa e diferente da Julie que TODOS conhecem. Julie olhou pra trás e eu me escondi atrás de um grande pilar. Ela continuou andando com as crianças e entrou numa porta e eu corri atrás, queria ver mais. 

Julieta Narrando 

Peguei as crianças e fui até a enfermaria ver o Zico, ele sofre de asma e vire e meche vem parar aqui, sempre passa muito mal. Chegamos no quarto que ele estava e começamos e pular e cantar, ele ficou super feliz, porque geralmente quando ele fica na enfermaria os amigos não podem vê-lo. 

- Julie. - Zico gritou ao me ver. 
- E ai Zico, tá melhor amigo? - parei ao lado da cama dele. 
- To melhorando né. - Zico ajeitou o óculos. 
- Então vamos agitar isso aqui. 

Gustavo Narrando 

- Vai Pedrinho, mexe esse esqueleto. - ela falou pegando na mão dele. 

Olhei pro corredor e estava vindo um homem de terno, ele tinha cara de severo, botava medo em qualquer um, até em mim. Me escondi e ele entrou onde Julie estava. 

- Que bagunça é essa aqui? - assim que ele falou as crianças pararam e correram pra trás da Julie. 
- Era com você mesmo que eu queria falar. - Julie alterou a voz. - Por que os meninos não foram hoje? 
- Porque eles tem coisas mais importantes pra fazer do que ir naquela pista nojenta. - ele falou grosso. 
- Mas o nosso combinado era esse, você não honra com suas palavras. - ela falou brava. 
- Você é uma nojentinha mesmo né Julieta, acha mesmo
que tem o direito de vir ao meu orfanato e falar assim comigo? - ele gritou com ela. - Tudo isso aqui é meu. - ele falou rindo sarcástico. - E todos eles estão sobre a minha autoridade, eu faço o que eu bem entender. - ele gritou com ela de novo e eu não me aguentei. 
- Abaixa a bola ai cara. - falei saindo do meu ''esconderijo''. 
- O que você tá fazendo aqui? - Julie me olhou brava e ao mesmo tempo assustada. 

- Deixa que eu resolvo isso. - entrei na frente dela e fiquei de cara com o tal sujeito. - Primeiro que você não tem o direito de gritar assim com ela, seu covarde. - falei irritado. - Segundo que eu vou falar com o meu pai e vou meter um processo em você, o que você faz com essas crianças não está certo. - ele me olhou. - Que criança toma de café da manhã quatro bolachas e um copo de leite? Tá louco? 

- E quem é você? Seu pirralho. - ele falou sarcástico me olhando. 
- Sou Gustavo Maia. - falei o sobrenome, pois sabia que meu pai era temido por aqui. 

- F-f-filho do Dr. Maia? - ele afrouxou. 
- Sim. - encarei ele. - E espero que você tenha bons advogados porque vou levar isso a justiça. - Peguei na mão da Julie e sai puxando ela de lá. - Vamos crianças. - falei chamando eles, eles olharam pro tal Raul. - Pode vir. - chamei de novo e eles saíram correndo de lá. O tal cara saiu atrás de nós querendo concertar a situação. 

- Você é louco? Como veio parar aqui? - Julie me olhou. 
- Eu segui você e antes que você comece a falar alguma coisa, saiba que eu só segui porque fiquei preocupado. - ela me olhava.

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