quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

11
Gustavo Narrando

Vi uma garota entrando no mar, o que era impossível de não notar já que estava frio e ela era a única lá perto da água. Aos poucos fui me aproximando e vi que era a Julie, ela deixou as coisas dela na areia e foi entrando no mar, até então fiquei de longe apenas observando. Talvez ela estivesse precisando ficar sozinha, então não me atrevi a atormenta-la, até que ela sumiu do meu olhar. Me levantei de onde eu estava e comecei a procura-la, o desespero começou a tomar conta de mim, tirei a camisa xadrez e minha camiseta depressa e comecei a mergulhar para encontra-la.

- Julie. - eu gritava desesperado cada vez que levantava de um mergulho sem sucesso. - Puta que pariu não acredito que isso tá acontecendo. - falei mergulhando, quando me levantei novamente vi uma coisa branca e nadei o mais rápido que pude, Julie estava com uma blusa branca, eu estava confiante que era ela. Quando cheguei perto mergulhei e vi que era ela, a peguei pelo braço e puxei até a superficíe, onde conseguia ficar de é. Ela parecia não respirar e o que me fez ficar ainda mais desesperado em tira-la dali.

Peguei ela no colo e corri com ela até a areia, coloquei ela deitada e a cobri com a minha camisa.

- Julie, fala comigo. - falei mexendo nela sem sucesso, ela continuava com os olhos fechados e com a pulsação super baixa. - Você vai me bater por causa disso, mas é por você. - aproximei dela e juntei nossos lábios com a tentativa de uma respiração boca a boca dar certo. - Vamos pequena,abre os olhos. - tentei mais uma vez e felizmente foi o bastante para ela colocar pra fora a água de seus pulmões. Ela foi abrindo os olhos lentamente e me olhou ainda lesada. - Você tá bem? - perguntei preocupado, nós ainda estávamos próximo demais e eu segurava sua cabeça.

- Por que você fez isso? Eu estava quase passando dessa pra melhor. - ela falou tirando minha blusa de cima dela.

- Você é louca? - olhei ela assustado.

- Você tem o dom pra estragar meus momentos felizes. - ela me olhou com raiva.

- Momento feliz? Julie, só lembrando que você estava quase morrendo. - falei colocando minha blusa em cima dela novamente.

- Tira isso de mim, sai! - ela jogou a blusa do lado e foi se levantando como se nada errado tivesse acontecido.

- Definitivamente você é louca, acabo de te salvar e você dá esse ataque histérico. - peguei minha blusa na areia e me levantei indo embora.

- Desculpa. - ela sussurrou enquanto eu caminhava e então que ela estava chorando. Pensei em continuar caminhando e deixar ela ali, mas eu não consegui dar mais nem meio passo.

- Tá tudo bem? Quer conversar? - falei parado um pouco mais atrás dela.

- Eu tô bem, pode ir embora. - como sempre seca e autossuficiente.

- Não vou embora sabendo que você está chorando. - caminhei até ela e me sentei ao lado dela.

- Ótimo, então fique aí. - ela falou baixo. - Eu não ligo.

- O quanto posso me aproximar para te dar o que você precisa? - sussurrei.

- Eu não preciso de nada. - ela respondeu incrédula.
- Todos precisamos de algo, e está claramente estampado em sua testa que você precisa ser amada.

- Ser amada por um galinha hipócrita que nem você? - ela me olhou forçando um sorriso sem mostrar os dentes. - Prefiro morrer sozinha.

- Você mente tanto, que passou a acreditar nessa mentira que inventou pra si mesma. Todos precisamos de amor, Julieta. - falei olhando em seus olhos. - Quando quiser parar de mentir pra si mesma me procure. - olhei pra ela e me levantei, ela ficou em silêncio e eu comecei a caminhar.

- Não faz isso. - ela falou baixo quando eu já estava um pouco longe.

- Não faz o que? - me virei encarando ela sentada com a cabeça entre as pernas.

- Não se apaixone por mim, por favor não faça isso. - ela virou a cabeça me olhando.

- Devia ter pedido isso antes. - me virei e voltei a caminhar.

Julieta Narrando

Eu continuei lá molhada, com frio e me sentindo extremamente idiota.

Juntei minhas coisas e percebi que Gustavo tinha deixado a camisa dele lá jogada, peguei ela, sacudi pra tirar a areia e guardei dentro da mochila. Fui caminhando pra casa, minha roupa pingava e eu estava cheirando a peixe.

- Julie você está molhada. - Mel falou afirmando ao me ver.

- É Mel, eu sei que estou. - fui um pouco seca.

- Tá chovendo? - ela olhou pela sacada.

- Não. - respondi indo pro meu quarto.

Eu estava pegando roupas limpas pra tomar banho, quando Bia entrou no quarto cantarolando.

- Eca, você tá cheirando a peixe Julie. - Bia falou me olhando com nojo.

- E você tá cheirando sua vida já estava de bom tamanho para mim. - ela me olhou boquiaberta e Mel deu risada. 

- Você está insuportável Julie, sério. - ela revirou os olhos e ligou a televisão. 

- Estou insuportável Mel? - falei pra irritar ela. 

- Não Ju, comigo você sempre é um amor. - nós duas rimos. 

- Vocês duas me amam mesmo hein. - Bia revidou irritada e eu e Mel caímos na risada. 

- Mas então onde é a festa mesmo? - perguntei só pra mudar de assunto. 

a banheiro de rodoviária, daqueles bem sujos e nojentos. - revidei seca e fui em direção ao banheiro.

- O que deu nela? - ouvi Bia perguntar pra Mel que mandou ela ficar na dela e me deixar em paz.

Tomei um banho demorado, deixei que a água caísse sobre mim, minha esperança era que além do cheiro de peixe a água também levasse esse sentimento ridículo que está no meu coração. Sai do banheiro ainda pensativa e fui até o espelho.

- Que droga você tá fazendo Julie? - sussurrei me olhando no espelho. - Você sabe que vai machuca-lo. - sussurrei abaixando a cabeça e encarando a pia.

Fui até minhas gavetas e procurei a roupinha que eu estava quando me deixaram na frente da igreja. O padre José fez questão de guardar e antes de falecer me entregou.

Coloquei ela em cima da cama, era um macacão lilás e branco. Deitei ao lado da roupinha e fiquei olhando para ela.

- Posso entrar? - Mel abriu um pouco a porta e ficou me olhando, fiz positivo com a cabeça e ela entrou e fechou a porta. - Tá tudo bem?

- Acho que sim. - tirando o fato de eu ter tentado me matar e aquele idiota ter me salvado, me controlei pra não falar aquilo e continuei parada sem tirar os olhos do macacão.

- O que aconteceu que você chegou toda molhada? - ela me olhou e passou a mão no meu cabelo.

- Passei na praia antes de vir embora.

- Ah sim, sozinha?

- Aham, desde quando tenho outros amigos? - falei irônica e ela riu. Mel não podia saber o que aconteceu na praia, ela ficaria arrasada comigo.

Bia Narrando

Eu não queria tomar banho e lavar a roupa que eu estava, afinal a pouco tempo Gustavo estava tocando nela. - suspirei.

Ouvi meu celular tocando e sai correndo para atende-lo.

- Alô.

- Oi Bia, é o Guto. - é claro que eu sabia que era ele, aquela voz rouquinha era inconfundível.

- Ah, oi Guto. O que houve? - perguntei agindo naturalmente, mas eu estava pulando pela sala.

- Eu deixei minha blusa com você?

- Não Guto, lembra que você não quis subir?

- Ah é, é que o dia foi tão agitado que só agora eu me dei conta que perdi. Justo ela, minha preferida. - ele resmungou.

- Ah que pena! Não faz idéia de onde deixou? - perguntei tentando parecer super interessada.

- Acho que até sei, mas já era mesmo.

- Poxa, que tenso. - falei com voz de manha

- Pois é. - ele suspirou e eu delirei no outro lado da linha. - Mas fazer o que né. - ele completou. - Bom, vou desligar.. Boa noite.

- Boa noite. - desliguei o celular e comecei a gritar e pular na sala.

- Que foi Bia? - Mel abriu a porta do quarto da Julie assustada e eu entrei lá pulando.

- Vocês não sabem quem me ligou. - falei me jogando na cama da Julie.

- Quem? - Mel perguntou me olhando.

- O Guto. - comecei a virar de um lado pro outro na cama. - Ele é tão perfeito. - suspirei.

Eu estava contando tudo a Mel do que aconteceu hoje, contei que ele me abraçou e ficamos abraçados por muito tempo, por isso sumimos da competição, contei também que ele me trouxe até em casa e viemos de mãos dadas. É claro que não contei sobre a droga, mas ela não precisa saber dessa parte. Do nada Julie se levantou e puxou algo debaixo de mim, parecia ser uma roupinha de bebê, ela guardou na gaveta e depois foi pra sala com a maior cara de brava.

- Julie voltou de cu virado da rua né. - revirei os olhos. - Que horror!

Gustavo Narrando

Que dia mais louco! Primeiro durmo na rua, depois descubro que a Bia é viciada e agora vejo a Julie se afogando. O que foi muito estranho, ela parecia ter feito aquilo de propósito.

Depois ainda rolou aquela tensão e eu meio que admite que estou apaixonado por ela. Foi a pior besteira que eu fiz, e olha que eu já fiz muitas... Agora ela vai me tratar ainda pior do que já tratava, tenho certeza.

Tomei um banho e fui assistir um filme, o que foi super idiota, já que eu não lembro de nenhuma cena do filme, passei ele todo pensando em Julie, e no nosso "semi-beijo". Tá, foi só uma respiração boca-a-boca, não tinha clima nenhum e ela nem acordada estava. Mas eu não consegui esquecer aquilo, os lábios dela eram tão macios.

Desisti da televisão e fui pro quarto dormir, me joguei na cama e não demorou muito para eu pegar no sono.

Thiago Narrando

- Olá Rio de Janeiro. - falei baixo assim que sai do avião dos Estados Unidos.

Passei os últimos anos lá e agora vim pro Rio. Por que o Rio? Porque tem muita mulher bonita, sol, praia e caipirinha. Tá bom ou quer mais?

Aluguei um apartamento de frente pra praia e lá vou ficar durante muito tempo.

Entrei no prédio e chamei o elevador, apertei o 12º andar e fiquei batendo os pés no chão até chegar.

Julieta Narrando

Acordei com um barulho insuportável vindo do apartamento de baixo, eles pareciam estar batendo algo no teto e justamente onde é o meu quarto. Pleno domingo, 8 horas da manhã e aquele barulho infernal não me deixava dormir. Levantei da cama bufando e sai do quarto só de camisetão e uma calcinha box feminina.

- Onde você vai? - Mel que já estava acordada na cozinha perguntou me olhando.

- Vou lá matar aquele vizinho. - fui até a porta e girei as chaves. Sai no corredor e Mel veio atrás de mim mandando eu entrar. Chamei o elevador e fiquei esperando sonolenta.

- Julie, você vai assim de calcinha? - o elevador chegou e eu ignorei a Mel. - Julie você não pode ficar andando por ai de calcinha, tá louca? - ela me olhou assustada.

- Eu sou o Batman, Mel. Eu posso tudo.. até passear pelo prédio de calcinha.

- Adorei esse lugar. - um rapaz todo largado olhou pra mim e depois pra Mel.

- Calado, ninguém falou com você. - empurrei ele pra fora do elevador e apertei o andar 11º

- Ai desculpa, ela acordou de mal humor hoje. - Mel tentava concertar as coisas e eu aproveitei pra sair de fininho. O elevador parou e eu sai cambaleando, caminhei até o apartamento do diabo barulhento e apertei a campainha. Um homem de aparentemente uns vinte e cinco á vinte e seis anos apareceu todo sujo de tinta e ficou me olhando.

- Meu filho tá fazendo reforma em pleno domingo? - perguntei seca. - Acho que você não leu as regras do prédio né? - olhei pra ele brava. - Se você não parar com esse barulho eu entro ai e faço uma reforma a la modê Julieta Miller.

- Desculpa. - ele me olhou. - É que aconteceu um probleminha aqui.

- Então deixa esse probleminha pra resolver depois das 11h. - revirei os olhos e ele riu. - Não estou brincando. - olhei pra ele séria e apertei o botão do elevador.

- A propósito.. belas pernas. - ele falou me olhando.

- Tá querendo ter o apartamento destruído mesmo hein. - entrei no elevador, ele ficou olhando e eu mostrei o dedo do meio, ele riu e fechou a porta.

Abri a porta do apartamento e o rapaz do elevador estava com a Mel na cozinha.

- Isso tá pior que pensão. - revirei os olhos e fui batendo os pés até o quarto.

- Ela é sempre assim? - o tipinho perguntou a Mel.

- Essa é a pergunta que sempre escuto sobre ela. - eles riram e depois não me lembro de mais nada, peguei no sono.

Samuel Narrando

Acordei cedo e fui fazer uma caminhadinha básica no calçadão, chegando ali perto do apartamento da Julie encontrei a Mel se esticando pra começar a correr.

- Mel. - falei baixo quando cheguei ao lado dela.

- Sam. - ela parecia meio sem graça.

- Tudo bem?
- T-tudo e você? - ela meio que gaguejou e voltou a se aquecer.

- Também. - olhei pra ela. - Aconteceu alguma coisa? Você tá estranha.

- Tô? - ela revirou os olhos apreensiva. - Não, não. Estou bem.

- Entendo. - falei em um tom desconfiado e ela me olhou.

- Sam, vou indo. - ela começou a correr devagar.

- Espera,vou te acompanhar ué. - comecei a correr ao lado dela. Mel tinha um corpo lindo, curvas perfeitas e um belo par de coxas e seios, entre as três poderíamos classificar Mel como a gostosa. - Mas então Melzinha, novidades?

- Ah, Julie ganhou a competição ontem. - ela me olhou rápido e voltou a olhar pra frente. Parecia estar evitando que nossos olhos se cruzassem.

- Que legal, pena que não deu pra eu ir.

- É, eu vi. - ela falou espontânea.

- Viu? - perguntei sorrindo.

- Quer dizer, me falaram que você não foi. - ela corrigiu rápido e correu um pouco mais que eu.

- Tem certeza que está tudo bem? - falei um pouco atrás dela.

- Claro, por que não estaria? - ela diminuiu os passos e eu consegui acompanha-la.

Gustavo Narrando

Acordei cedo, fiz minha higiene e tomei café. Minha mãe estava na casa da minha avó, meu pai estava viajando a negócios e Rafael estava jogado no sofá assistindo desenho. Hoje a noite combinei com o Lucas e o Rafa de ir numa festa que vai ter lá na lapa.

Durante a tarde eu fiquei vagando pela casa vazia, coloquei os pés na piscina e fechei os olhos, eu estava parecendo um gay, sentimental e o tempo todo pensando nela.

- E ai, nós vamos pra lapa hoje? - Rafael falou sentando-se ao meu lado.

- Vamos. - falei olhando pra água, pensativo.

- Você tá muito gay ultimamente Guto, o que tá rolando? - Rafa me olhou.

- Acho que tô apaixonado.

- Você tá brincando não é? - Rafael riu e quando viu que eu não tinha achado graça parou. - Por quem?

- Pela Julie. - falei baixo.

- Não, pela Julie não Gustavo. - Rafael falou com a voz irritada.

- Por que não? - olhei pra ele assustado.

- Porque você não vai fazer os seus joguinhos com ela, ela não merece ser mais uma bonequinha na sua mão. - ele me olhou sério.

- Mas eu não vou fazer isso com ela. - eu encarei a água novamente.

- Olha! Por mim tanto faz.. mas se você fizer a Julie sofrer eu esqueço que você é meu irmão e te dou uma surra que você nunca vai esquecer. - Rafael se levantou incomodado e entrou dentro de casa.

O legal é que eu sou tão cachorro que nem meu próprio irmão acredita que estou apaixonado. Isso que é união familiar. Ao invés dele falar "Não mano, tô contigo. Vou te ajudar." Não, ele dá um show e ainda diz que me bate se eu fizer algo com Julie.

Julieta Narrando

- Julie vai ter festa lá na lapa, vamos? - Mel perguntou enquanto eu passava cadarço no tênis.

- Nem. - fui seca e direta.

- Vai ficar enfiada em casa em pleno domingo? - ela me olhou séria.

- Vou ué, sair de casa pra trombar com gente desagradável pra que?

- Sei muito bem a quem você está se referindo, viu. - Bia falou sentando no sofá.

- Bia você podia fazer um favor pra mim? Vai até o banheiro e se afoga na descarga. - sorri sínica.

- Você tá com algum problema comigo Julie? Porque se tiver pode falar. - ela cruzou os braços e ficou me olhando.

- O problema é você querer se meter em tudo, se você cuidasse apenas da sua vida já estava de bom tamanho para mim. - ela me olhou boquiaberta e Mel deu risada.

- Você está insuportável Julie, sério. - ela revirou os olhos e ligou a televisão.

- Estou insuportável Mel? - falei pra irritar ela.

- Não Ju, comigo você sempre é um amor. - nós duas rimos.

- Vocês duas me amam mesmo hein. - Bia revidou irritada e eu e Mel caímos na risada.

- Mas então onde é a festa mesmo? - perguntei só pra mudar de assunto.

- Na lapa, vamos? - Mel me olhou com dois enormes olhos pidões.

- Talvez Mel, eu realmente não estou bem pra sair de casa. - deitei a cabeça no braço do sofá.

- Tá bom, então eu vou com a Bia e os meninos e tal. - ela me olhou e se levantou indo até a cozinha.

Thiago Narrando

A vizinha, acho que é Mel o nome dela, me chamou pra ir em uma festa na lapa. Lógico que eu topei né, nada melhor que uma festinha na lapa pra pegar geral e conhecer a "cidade".

Tomei banho, coloquei uma camiseta branca, uma calça jeans de lavagem escura e tênis Qix, passei perfume e fiz alguns gestos na frente do espelho. 
Quando elas estavam saindo de casa passaram aqui e tocaram a campainha, eu ainda não conhecia a do cabelo colorido. As três eram muito loucas, uma tinha cabelo colorido, a outra tatuagens e a outra tinha um pouquinho de cada, algumas tatuagens, cabelo colorido e um humor do cão. 
Cumprimentei as meninas e entramos no elevador.

- O chaveirinho barulhento não vai? - perguntei pra Mel, pois até então era a única que eu conversava.

- Chaveirinho barulhento? - ela começou a rir. - Por que?

- Achei perfeito pra ela, pequena, brava e sem educação.

- Se a Julie escuta isso ela fica louca. - a menina do cabelo colorido falou se olhando no espelho do elevador.

- Julie? Esse é o nome da diabinha. - eu sorri.

- Diabinha? Tá abusando já, se a Julie pegar você falando assim dela vai rolar porrada. - Mel falou me olhando.

- Verdade. - a outra concordou e eu apenas dei risada.

- Mas então de onde você veio? - Mel perguntou me olhando.

- Dos Estados Unidos.

- Uau! Como veio parar logo no Rio? Não é desdenhando aqui, mas EUA é muito melhor que isso. - a menina do cabelo colorido falou me olhando. - A propósito, eu sou a Bia. - ela sorriu.

Conversa vai, conversa vem quando demos conta já estávamos na tal festa. Olhei ao meu redor e tinha tanta garota de mini saia que eu fiquei até perdido. Não sabia pra qual olhar, era muita mulher gostosa juntas em um lugar só.

As meninas foram me apresentando a algumas meninas e uns caras também.

- Cadê a Julie? - um garoto com a maior cara de favelado perguntou.

- Não veio. - Mel falou toda sorridente. Mel, das três garotas parecia ser a mais natural, ela não forçava nada e aparentemente conversava com todo mundo. Era a mais soltinha também, ela foi a primeira a cair na dança quando chegamos.

Uns três caras perguntaram pela chaveirinho barulhento, parece que o humor negro dela faz sucesso por aqui.

Não demorou muito pra eu dar uma de estrangeiro e pegar geral, perdi as contas de quantas peguei desde que cheguei, até me perdi da Mel e a Bia.

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