sábado, 14 de fevereiro de 2015

A Lucíola moderna

Capítulo 2
As mãos deles encostaram-se na maçaneta da porta, e Arthur, educado como sempre foi, ofereceu que ela pegasse o táxi, pois uma mulher não deveria andar na rua sozinha numa hora daquelas, já que a cidade era extremamente perigosa.
“Que tal dividirmos o táxi, você está indo para onde?” Ela perguntou.
“Mas você nem sabe se estou ou não indo para a mesma direção que você.” Comentou Arthur, lembrando-se das advertências dos amigos.
“Não faz mal, eu moro em todo lugar e lugar algum. Você vê, eu sofro de insônia, minha ideia é vagar de táxi até a lua esconder-se.” Explicou-lhe.
“Então vou proporcioná-la um passeio e minha companhia, em troca de saber qual o seu nome.” Falou Arthur, que desejava ouvi-la falar o próprio nome, com aquela voz angelical.
“Lua, Lua Maria. E o seu, qual é?” Perguntou-lhe ao entrar no táxi. Nesse momento, ele aproveitou para ter uma melhor visão do corpo da menina.
“Aguiar, Arthur Aguiar.” Ele falou, imitando a forma do James Bond de apresentar-se. Ao mesmo tempo, ele estava tentando não demonstrar que estava demasiadamente interessado nela.
O taxista, que já estava cansado daqueles dois só conversarem e gastarem o tempo deles, pediu que informassem-lhe o destino.
“Botafogo.” Falou Arthur, fazendo a Lua sorrir.
“Sou mais o Vasco.” Ela falou rindo.
“Lua, Lua, assim você me faz parar de gostar de você. Eu sou flamenguista até morrer.” Ele falou.
Os dois riram, e chegaram mais perto. A Lua, surpreendendo o Arthur…

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