sábado, 14 de fevereiro de 2015

A Lucíola moderna

Capítulo 10
Lua, sem conseguir dormir, foi para sala de estar, onde, trajando um vestido branco, puro, sentou-se a beira da janela e pôs-se a cantar uma canção triste.
“Você canta?” Perguntou Arthur ao entrar na sala, assustando-a.
“Acho que está na hora de você partir, já descansaste e recuperaste a lucidez.” Afirmou Lua.
“Eu simplesmente não entendo você.” Afirmou Arthur, cruzando os braços e encarando-a.
“Perdão?” Falou Lua.
“Em um momento parece que finalmente compreendeste que gosto de você, mas logo em seguida parece odiar-me.”
“Arthur, não é que eu não goste de você, a verdade é que odeio a mim mesma.” Afirmou Lua.
“Por que você se odeia?” Perguntou ele.
Ela não respondeu-o. Ele então, aproximando-se cuidadosamente dela, falou:
“Deixe-me ficar com você.”
E pela primeira vez, em muitos anos, Lua permitiu que ele abraçasse-a. Surpreendentemente ela corou, e ele apenas pôs-se a sorrir.
“O que somos?” Ele então perguntou.
“Acho que nada, como podes ser algo de alguém como eu?”
Arthur não respondeu-a, mas ao sair da casa dela encontrou-se com um de seus amigos atletas.
“Arthur! Que bom encontrá-lo, estava justamente querendo falar com você.” Afirmou o amigo.
“é mesmo?” Surpreendeu-se Arthur.
“Irei dar uma festa essa noite, quero sua presença.” Afirmou o outro.
“Eu não sei se terei como ir…” Comentou Arthur.
“Lua estará lá.” Afirmou-lhe o amigo.


Com isso, naquela noite, Arthur seguiu para casa de Teresópolis de seu amigo. Chegando lá…

Nenhum comentário:

Postar um comentário