Bia Narrando
- Cadê seu irmão? - perguntei assim que encontrei Rafael.
- Por que quer saber dele? - ele me olhou.
- Quero companhia. - falei próximo ao ouvido dele devido ao som estar super alto.
- Não seja por isso. - Rafael me puxou pela cintura e começamos a dançar juntos.
Guto passou por nós e nem parou pra conversar foi direto em direção ao bar, sentou lá e ficou de cabeça baixa, eu queria ir até ele e perguntar o que estava acontecendo, mas o Rafael me agarrou e não deixou eu ir.
Gustavo Narrando
- Que merda. - falei abaixando a cabeça no balcão do bar.
- Aconteceu alguma coisa meu bebê? - uma voz irritante e conhecida perguntou, levantei a cabeça para ter certeza de quem era.
- Poliana. - falei desanimado.
- Eu mesma, sua ficante mais linda e A preferida. - ela sorrio.
- Ah, claro. - olhei pra ela sem animo.
- O que houve? Tem que se alegrar Gu, isso é lapa filhão. Vem! Vamos dançar. - ela me puxou.
- Não quero dançar. - sentei novamente.
- Ai credo Gustavo, você não era assim. - ela sentou no banco ao lado do meu.
- Eu mudei. - falei seco.
- É, da pra perceber. - ela revirou os olhos. - Mas tem uma coisa que você continua igual.
- O que? - perguntei confuso.
- Lindo e irresistível. - ela se aproximou e deu uma mordidinha de leve na minha orelha.
- Polly, hoje não. - levantei me afastando dela. Ela ficou me olhando
com cara de UÉ e eu sumi no meio da multidão.
Eu fiz mesmo isso? Eu rejeitei uma rapidinha sem compromisso? É, eu mudei. - distraído esbarrei em alguém.
- Olha por onde anda playboy. - o cara tatuado me olhou.
- Desculpa, tava distraído procurando uma garota. - falei desanimado. Eu definitivamente estava frouxo até pra brigar.
- Só não me diz que é a chaveirinho barulhento que daí vou pensar que essa mina é alguma espécie de ídolo dos garotos daqui. - olhei pra ele confuso.
- Que porra é essa de chaveirinho? - ele riu.
- Uma tal de Julie. - ele falou dando um gole na caipirinha.
- Ah não. - comecei a rir.
- Era ela que você estava procurando? - ele me olhou meio surpreso.
- Sim.
- Mas que droga é essa velho. - ele falou rindo. - Eu falei só por deboche, você tá zoando né?
- Não, estava justamente procurando ela.
- Que porra, todo mundo atrás da diabinha. - o cara falou todo sem jeito e eu fiquei mais ligado.
- Diabinha? - arqueei as sobrancelhas.
- É, deixa pra lá. - ele falou rindo. - Vou indo nessa. - o cara foi se afastando e eu fiquei meio UÉ. Por que diabinha? Quem era aquele cara?
Julieta Narrando
Mel e Bia chagaram de madrugada em casa, resultado? Não querem levantar pra ir pro colégio.
- Vai Mel levanta. - falei sacudindo ela na cama.
- Só mais dois minutinhos e eu já levanto. - ela falava animada e depois dormia de novo.
- Desisto, eu vou sozinha. - falei brava e sai do quarto. A divisão dos quartos era assim, eu dormia sozinha em um quarto e Bia e Mel dormiam juntas no outro, é que antes delas virem pro apartamento eu já estava naquele quarto, enfim. Coloquei uma calça jeans de lavagem clara, meu coturno e a blusa do AC/DC, passei o de sempre: maquiagem escura nos olhos. Baguncei o cabelo e pra mim estava bom.
bem mais alto do que eu.
- Shiu. - ele fez sinal de silêncio pra mim. - É cedo ainda, tem gente querendo dormir.
- Então me solta, se não eu grito. - falei puxando meu braço.
- Se você gritar eu te pego no colo e levo você lá na chuva, esse cabelo de chapinha vai por água baixo.
- Eu não uso chapinha. - revirei os olhos.
- Tanto faz, vai ficar molhada, isso que importa. - ele riu.
- Tá, eu não grito e eu vou aceitar a carona, mas me solta. - puxei meu braço com força e ele soltou, me fazendo ir com tudo pra trás e quase cair. - Idiota.
- Vai, entra no carro. - ele abriu a porta e ficou parado esperando eu entrar. Eu tinha achado alguém pior que eu e que não se importava em levar meus milhares de foras. É eu estava ferrada. - E ai vai ficar com esse bico enorme o caminho todo? - ele perguntou quando já estávamos a caminho do colégio.
- Tô com sono, me deixa em paz. - falei brava.
- Para de graça e conversa comigo, esse joguinho de menina marrenta não cola comigo. - ele me olhou.
- Joguinho?
- É ontem eu vi os carinhas perguntando por você. Já saquei seu estilo, é daquelas que se faz de difícil e deixa os caras tudo louco atrás de você. - ele falava todo na gíria e eu não aguentei e comecei a rir.
- Os meninos daqui gostam de ser desprezados e ignorados, tá ai o meu sucesso entre os trouxas. - olhei pra ele e sorri irônica.
- Que sem vergonha, ainda chama os maluco de trouxa.. eles deviam
- Shiu. - ele fez sinal de silêncio pra mim. - É cedo ainda, tem gente querendo dormir.
- Então me solta, se não eu grito. - falei puxando meu braço.
- Se você gritar eu te pego no colo e levo você lá na chuva, esse cabelo de chapinha vai por água baixo.
- Eu não uso chapinha. - revirei os olhos.
- Tanto faz, vai ficar molhada, isso que importa. - ele riu.
- Tá, eu não grito e eu vou aceitar a carona, mas me solta. - puxei meu braço com força e ele soltou, me fazendo ir com tudo pra trás e quase cair. - Idiota.
- Vai, entra no carro. - ele abriu a porta e ficou parado esperando eu entrar. Eu tinha achado alguém pior que eu e que não se importava em levar meus milhares de foras. É eu estava ferrada. - E ai vai ficar com esse bico enorme o caminho todo? - ele perguntou quando já estávamos a caminho do colégio.
- Tô com sono, me deixa em paz. - falei brava.
- Para de graça e conversa comigo, esse joguinho de menina marrenta não cola comigo. - ele me olhou.
- Joguinho?
- É ontem eu vi os carinhas perguntando por você. Já saquei seu estilo, é daquelas que se faz de difícil e deixa os caras tudo louco atrás de você. - ele falava todo na gíria e eu não aguentei e comecei a rir.
- Os meninos daqui gostam de ser desprezados e ignorados, tá ai o meu sucesso entre os trouxas. - olhei pra ele e sorri irônica.
- Que sem vergonha, ainda chama os maluco de trouxa.. eles deviam
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